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A DISCUSSÃO AFUGENTA OS PORCOS

31-01-2020 - Rabim Saize Chiria

Eu não sou bom em contar histórias, mas as vezes é necessário para reforçar e motivar o leitor ou mesmo o repertório, em caso de um processo diafónico. Aliás, o sábio dos s á bios (a figura de Nazaré), a quem eu venero tanto, sempre usava parábolas como uma forma de transmitir a sua pedagogia espiritual. Eu, como discípulo vou tentar a mesma sorte do mestre para ver se a moda pega.

Era uma vez dois caçadores que faziam a mesma rotina matinal. Um belo dia, logo de manhã saíram de casa como de costume e dirigiram-se a um matagal, onde havia uma quantidade considerável de capim alto. No meio da mata tinha um caminho estreito que dividia a mesma em duas partes. Pois, a noite do dia anterior tinha chovido torrencialmente. E por coincidência, durante amadrugada uma vara tinha atravessado o caminho para outro lado da mata deixando um rasto.

Os dois caçadores seguiram o rasto cautelosamente, logo depois encontraram a vara numa arvore frondosa, e, os dois começaram a fazer um plano de ataque. Um disse em surdina as seguintes palavras: “Os porcos sairão do lado esquerdo”. Outro respondeu em tom um pouco elevado dizendo essas palavras: “ não, eles sairão do lado direito”.

Neste caso, o primeiro que tinha falado em surdina ficou chateado e desta vez falou em tom mais elevado. Pois, disse essas palavras: “não, eles sairão por alí”. Desta vez o segundo respondeu em voz alta, quase gritou dizendo as seguintes palavras: “ não eles sairão de acolá”.

Aos poucos as vozes de discussão foram-se aumentando. Como consequência, os porcos ouviram o barrulho das vozes e fugiram antes que os caçadores assinassem as armas. Os dois ficaram a sois, porém, com as armas nas mãos a se olharem um para o outro e a rependidos. De seguida, um disse as seguintes palavras: “ se soubéssemos não teríamos disponibilizado o nosso rico tempo em nos opor numa disputa acesa, mas sim, ataca-los logo à priori! Mais uma vez, a discussão afugenta os porcos!

Com essa pequena narrativa, eu queria chamar atenção ao governo de Moçambique, que a disputa interna afugenta os investidores externos na exploração dos recursos naturais disponiveis, que trariam receitas para o desenvolvimento do nosso pais em todos níveis. Para terminar usaria as seguintes palavras do rei Davi no seu leito da morte, só para superpontuar este último paragrafo. "Um governo justo e sem confrontos é como a uma luz da manhã ao nascer do sol, é como numa manhã sem nuveis. É como a claridade depois da chuva que faz crescer as plantas da terra". Meditem nisso!

Rabim Saize Chiria

Licenciado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane

 

 

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