O fenómeno insular

04-07-2014 - Francisco Pereira

Há muito que a Madeira destronou o conhecido entroncamento ferroviário, que era famoso pelos seus fenómenos, os fenómenos que aparecem naquele arquipélago, suplantam quaisquer outros, que surjam em Portugal, quer pela bizarria, quer pela frequência e pela qualidade. Ao já muito conhecido e debatido mistério do Triângulo das Bermudas, instamos a National Geographic, a estudar e elaborar criteriosos documentários sobre os Mistérios da Madeira.

Daquela zona insular desaparecem, como por milagre, há cerca de quatro décadas, milhares de milhões de Euros, engolfados por uma qualquer corrente oceânica que faz evaporar as notas. Outro milagre de longevidade é o personificado pelo conhecido marchante carnavaleiro e por vezes governante do arquipélago Alberto Jardim, este sim um fenómeno digno de sério estudo, pessoal da NGM esta é de borla.

O conhecido AJJ, é um fenómeno de longevidade, de diarreia verbal e de outros excessos que recentemente vem cometendo em menor número, acreditamos que seja da idade, de maneira misteriosa esta criatura consegue estar no poleiro quatro décadas, durante esses quarenta longos anos, em que já suplantou o recorde de Salazar, o folião desbragado AJJ ficou conhecido como a personificação do povo superior da Madeira, ficou também conhecido pelas bojardas que profere, pela noção muito particular de Democracia e pela colossal dívida que os seus governos acumulam.

Acolitado por outro fenómeno, um antigo vendedor de sanitas que entretanto se tornou ao que parece um magnata local, um verdadeiro nababo insular, construindo um império de maneira misteriosa e impensável, um grande mistério este senhor das sanitas, um verdadeiro fenómeno das correntes oceânicas do Atlântico.

Habituados que estamos às barbaridades que se passam na Assembleia Regional, onde toda aquela facécia faz lembrar as “republicas bananeras” da América do Sul dos anos sessenta do passado século, ainda assim ficamos espantados com a proposta dos deputados do PSD/Madeira que propuseram a extinção do Tribunal Constitucional. Apesar de tudo nem tudo é mau naquela proposta, também apelam à instituição de círculos uninominais e à redução do número de deputados.

Mas o que há de bom naquela proposta, não disfarça a malvadez que lhe está inerente, todos sabemos que foi encomenda, todos sabemos que já não é de agora que algum do chamado “trabalho sujo” é muitas vezes prestado pelos mercenários insulares a troca de mais uns milhares para o erário das ilhas da fantasia, onde o ogre despesista reina a seu bel prazer e onde a sua corte de mentecaptos corruptos esbanja a bom esbanjar.

Por outro lado se o Governo deseja que o constitucional não lhe chumbe a diarreia legislativa, basta elaborar leis que respeitem a Constituição, verá que não será o Constitucional a colocar obstáculos à sua implementação, acaso prosseguiam esta senda da sendice e do despautério inepto que até aqui vem revelando é certo e sabido que irão continuar a ser enxovalhados, como uma súcia que realmente são.

Francisco Pereira

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