O sobe e desce
04-07-2014 - Francisco Pereira
O nosso (des)Governo é uma hábil trupe circense habituada ao malabarismo do artificial, foi assim que foi ludibriando a Troika, é assim que tenta ludibriar todos aqueles que por cá vão vivendo. Surgem estas considerações a propósito do gáudio expresso no rosto do senhor Coelho e do seu ministro “Zé da Lambreta” que por estes dias deram as suas medonhas carantonhas pelos ecrãs televisivos para vomitarem as costumeiras farsas sobre a descida da taxa de desemprego.
Em abono da verdade, teremos de anuir com uma efectiva descida da taxa do desemprego. Essa é a parte de verdade. O grande drama, surge porém se percebermos os critérios discutíveis quando não verdadeiramente dúbios, de que se socorrem estas avantesmas do (des)Governo, para produzirem tais resultados.
Tudo não passa de malabarismo, de duplicidade e quiçá de mentira. Acaso o (des)Governo, contabilizasse todos os cidadãos nacionais em idade activa que; emigraram, estão no RSI, com baixa médica, em formação, em programas operacionais, em estágios profissionais e outras medidas de esclavagismo com ar modernaço e nomes pomposos, fazendo recordar o célebre palonça “bate punho” que o Relvas quis contratar, ou que deixaram de receber prestações de subsídio de emprego, se tudo isto for contabilizado, então a tão aplaudida baixa da taxa do desemprego, será vista com os olhos da verdade e estará desmascarado mais um embuste, desta súcia de embusteiros profissionais que alegadamente se dedica a (des)governar Portugal.
Este sobe e desce, as declarações alucinadas dos (des)governantes, o seu ar completamente patético de criaturas possuídas por demónios alienígenas, faz rir, não fosse trágico, seria uma grande anedota, tentar perceber quem é que estes tipos querem convencer, fazem lembrar o ministro da informação de Saddam, que gritava para as câmaras de televisão “…tanques americanos…quais tanques, não existem aqui tanques americanos…” enquanto ao fundo se viam os primeiro MBT’s do tio Sam a entrar pelos portões do palácio.
E foi hilariante ver o senhor Coelho declarar, na Assembleia da República a propósito do debate do estado a que isto chegou, que o seu objectivo é um país de emprego pleno, este tipo de fantasias, bem como o facto de, conforme captado pelas câmaras de televisão, ter tido de ir a correr para a casa de banho, vindo de lá com um ar mais satisfeito a dizer que “estava congestionado”, levam-nos a ter serias preocupações sobre o estado de saúde do senhor Coelho, as alucinações, este tipo de obstipação não augura nada de bom e se aquilo sobe como tem subido à cabeça pior. No entanto gostei de ouvir o senhor Coelho dizer uma única coisa acertada durante todo o dia, “isto começou há muito tempo”, a propósito deste buraco onde estamos, respondendo a Seguro que o acusava, e muito bem, de ter lixado completamente a geração dos avós, dos pais e dos netos, avançando a passos largos para os bisnetos acrescentamos nós.
Efectivamente isto começou muito lá atrás, começou com Cavaco, começou com os governos do PSD liderados por essa personagem maléfica, com o completo malbaratar de um país, foi aí que isto começou, mas isso o senhor Coelho e seu gabinete, fingem não ver, sabem-no bem, pois muitos dos seus apaniguados sãos os mesmos que desde 1990 sugam a teta e enchem o traseiro com as vigarices e falcatruas que todos conhecem. Assim anda este (des)Governo do senhor Coelho.
Francisco Pereira
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