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UNS DIAS SIM OUTROS NÃO

17-05-2019 - Henrique Pratas

Nós não nos devíamos admirar face à qualidade dos políticos que temos, num dia tivemos a votação favorável da contagem de tempo nas carreiras profissionais dos professores, agora devido a diferentes manobras de bastidores e sabe-se lá o que mais vamos certamente ter o CDS/PP e o PPD/PSD a votarem de forma contrária ao que fizeram inicialmente.

É difícil viver num País assim onde as pessoas mudam de opinião como mudam de camisa, ou provavelmente votaram sim para obter algumas vantagens que a mim não me interessam o que é importante é a coerência e desta meus caros não há vestígios sequer, há até quem defenda o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira.

Deste modo não vamos a lado nenhum, porque existe falta de carácter, de princípios, de valores de coerência e de honra no processo de tomada de decisões e eu questiono como é que podemos ter pessoas com estes predicados a fazerem normas legislativas neste País e a tomar conta do nosso destino, não podemos escrevo eu porque não e revejo neste tipo de atitudes, na falta de coerência e de tudo o mais que é elementar para um representante dos cidadãos.

Para os Bancos que faliram e outros senhores supostamente da alta finança, existem dotações orçamentais para cobrir os desmandos que praticaram, para quem trabalha na Administração Pública, pura e simplesmente não há dinheiro para aumento de vencimentos há mais de 10 anos. O Estado está a matar famílias inteiras com as medidas que implementou, não venham dizer que o rendimento disponível das famílias aumentou porque é mentira, as famílias estão sufocadas em pagamentos de impostos que vão dar cobertura aos desmandos que se praticaram na Banca e que são do vosso conhecimento. Alguém se lembra dos agricultores que vão precisar de ajuda devido a escassez de água que se adivinha? Alguém pensa nos industriais sérios que os há e que estão na contingência de ter que fechar portas? Mas todos sem exceção pensam em “tapar” as atividades de especulação bancária que foram realizadas e que correram mal e que agora nós portugueses estamos a pagar.

Gostaria de introduzir aqui uma nova questão qual é o papel do Banco de Portugal no meio da atividade financeira, na minha maneira de ver as coisas não é nenhuma, limita-se a ser uma gaiola dourada para ex-secretários de estado, para filhos de pessoas influentes e o que é que fazem em prol dos cidadãos, nada, escrevo eu. Antes de entrarmos para a União Europeia ainda emitiam moeda hoje muito sinceramente não sei o que fazem, são mais um organismo de pouca utilidade que a meu ver e considerando as funções que lhe estão atribuídas deveriam ser os supervisores da atividade bancária e a entidade que dá a autorização para que empresas no ramo financeiro pudessem exercer as suas funções no mercado português. Pois a mim parece-me que nada fazem, qualquer empresa financeira de vão de escada entra no mercado financeiro português sem os requisitos que deveriam ter, porque não basta ter apenas uma estrutura de negócio é muito importante saber como vão operar no mercado português, refiro-me há estrutura de pessoas que essa organização vai ter e quando fazemos essa análise o que detetamos é que essas empresas para não ter muitos custos, entregam esta atividade a call-centers, que como é sabido neste País têm crescido desmesuradamente, atualmente dão emprego (precário) a mais de 50.000 pessoas a pagar o salário mínimo nacional e a explorar quem lá trabalha de uma forma desmedida.

Eu não sou nada contra estas mudanças o que eu vos escrevo é que uma empresa que presta serviços para uma entidade financeira não pode, nem tem os meus conhecimentos do que a primeira, porque senão a lei de proteção de dados, pomposamente publicada e implementada é outro logro. A empresa prestadora de serviços não pode, nem deve ter os mesmos dados que a instituição financeira que lhes dá serviço tem, porque se isto acontece estão a ser facultados dados que não são possíveis de ser transmitidos.

A situação a que chegámos anda muito próximo do fim, tamanho é o descrédito, falta de confiança nas organizações e nos políticos que gerem os nossos destinos, como dizemos muitas vezes, isto é uma coisa que anda para aqui ao sabor do vento ou sabe-se lá do quê.

Perdemos o tino, o rumo, a desorientação é total, entretanto vão morrendo pessoas há custa desta incompetência, ou laxismo e novos horizontes não se vislumbram em lado nenhum a não ser para os que são bafejados pela sorte de serem primos, tios, cunhados ou algum grau de parentesco com algum membro governativo ou pessoa com influência nesta sociedade, dita democrática.

Henrique Pratas

 

 

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