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E AGORA SENHOR COSTA?

10-05-2019 - Henrique Pratas

Servindo-me da forma como o nosso Coordenador trata o Primeiro-Ministro, coloca-se a questão o que é que vai var apresentar a demissão ou vai entender que o Povo português não aguenta mais as medidas economicistas do seu Ministro das Finanças.

A realidade do País é outra não é aquela que os seus Ministros, ou Secretários de Estado lhes segredam ao ouvido, o País não está tão bem como o senhor afirma.

Ontem pela primeira vez, independentemente das cores políticas de cada um dos Partidos que compõem a Assembleia da República votaram a favor de um dos mais elementares dos direitos dos professores, a contagem de todo o tempo de serviço. Os trabalhadores da Administração Pública não são descartáveis, ou a maior parte deles não o são, não se usam e deitam fora, o Estado deveria ter um comportamento exemplar com os seus trabalhadores e não tem como é sobejamente conhecido. As injustiças são mais do que muitas existem trabalhadores que há mais de 10 anos não têm qualquer tipo de aumento salarial, acha que isto é justo quando por outro lado se vão aumentando segmentos de trabalhadores da mesma Administração Pública só porque têm mais poder de influência ou exercem funções em setores que são mais melindrosos.

O seu Governo viola sistematicamente o princípio da igualdade de oportunidades e de tratamento dos cidadãos, quando em discursos mais ou menos elaborados defende completamente o contrário, afinal em que ficamos?

Tendo sido aprovada a reivindicação dos professores para a contagem do tempo de serviço, o que é que vai fazer com os outros trabalhadores da Administração Pública, certamente e não acredito que os vá tratar de forma diferente, porque pura e simplesmente o senhor afirma-se como socialista e defensor da social-democracia.

Ontem pela primeira vez e independentemente das cores partidárias representadas na Assembleia da República na minha humilde opinião os deputados votaram de forma coerente sem olhar às obediências partidárias, não sendo ingénuo, também sei ler que o fizeram para dizer ao governo que ele não Governa sozinho, há que ter em conta a opinião dos diferentes partidos.

Se ao longo dos diferentes anos os partidos que compuseram o Plenário da Assembleia da República se tivessem comportado como o fizeram ontem não teríamos chegado ao que chegámos, independentemente de todas as interpretações que se possam fazer, eu quero crer que os representantes dos partidos que votaram favoravelmente a proposta dos professores, votaram-na em consciência, sem obediências partidárias, com coerência e com a isenção que deveriam ter exercido ao longo dos diferentes anos.

Os partidos podem e devem divergir, o Plenário serve para isso mesmo, mas no que diz respeito a princípios, valores, coerências e verticalidade esses estão acima de tudo, acompanhado das Garantias e Direitos dos cidadãos portugueses consagrados na Constituição da República Portuguesa.

O senhor pôs-se a jeito, sofreu as consequências, não se pode espremer uma Nação inteira mais do que têm feito e na minha opinião continuaram a fazer o que os eurocratas lhes mandaram fazer, isto é não temos opinião própria, nem a nossa voz se faz ouvir, vamos a Bruxelas prescrevem-nos uma receita e nós voltamos ao País e aplicamo-la mesmo que não seja a mais adequada, salva a devida comparação é como um doente que vai ao médico e que se queixa da dor num pé e ele prescreve-lhe qualquer coisa para a cabeça.

Vou-me atrever a escrever e a questionar para que é que serve o Governo Português ou os outros Governos Europeus, mais-valia que ocorressem apenas eleições para um Governo Europeu, que fazia a gestão dos diferentes Países da União Europeia a partir de um lugar qualquer e composto por diferentes representantes de cada País que compõe a União Europeia e acabávamos com o Governo em Portugal, porque se este só faz o que lhe mandam fazer então para que serve para criar lugares aos detentores de cartões das diferentes cores politicas? Nós portugueses devíamos conhecer melhor o nosso País, mas não é isso que acontece e não nos conseguimos fazer ouvir, nem sequer nos ligam nenhuma, somos mais um, que para ali está e que pode falar, falar mas que ninguém liga.

Isto senhor Costa nos últimos tempos não lhe tem estado a correr nada bem, tivemos o caso daquela sua representante do Parlamento Europeu, que foi sancionada por assédio moral, mas disto não se deu notícia, recordo que a mesma senhora foi Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social num dos Governos do seu partido, excelente exemplo este para quem se diz socialista, agora esta dos professores para não lhe elencar uma série de dislates e peripécias ocorridas e muito bem conhecidas de todos nós que com dificuldades cá vamos sobrevivendo neste País.

Sendo o senhor filho de quem é, sendo o senhor defensor de teoria social-democrata próxima dos partidos nórdicos, acha que tem conduzido o País por forma a alcançar esses objetivos?

Termino escrevendo que independentemente dos programas de cada partido, de cada ideologia que cada um deles defende, os interesses do Povo e da Nação portuguesa não deveriam ser relegados para segundo plano, não se podem, nem devem esquecer que os senhores deputados foram eleitos para representar o Povo e fazer cumprir o que se encontra consagrado no que resta da I Constituição da República portuguesa que também esta devido a interesses particulares, se encontra perfeitamente desmembrada é só fazerem o exercício de compararem a atual Constituição com a I Constituição da República Portuguesa, as alterações que foram introduzidas foram para quê? Para isto, não era necessário podiam-no ter feito na mesma sem que tais tropelias tivessem ocorrido.

Maus caros leitores se os nossos políticos quiserem tirar alguma lição do que aconteceu é que a sua maneira de atuar não pode, nem deve continuar a ser a mesma, porque nós comuns cidadãos estamos fartos e cansados de habilidades, de ser enganados, faltas de coerência, dignidade, palavra, chicos-expertimos e demais práticas não aconselháveis aos Homens que se propõem fazer a gestão da coisa pública, penso e quase que tenho a certeza que ninguém os obrigou a enveredarem por esta carreira, agora se a fizeram, há que assumi-la com todas as responsabilidades inerentes ao exercício da mesma.

Henrique Pratas

 

 

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