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PRECISAM-SE MINISTROS DA ECONOMIA

03-05-2019 - Henrique Pratas

Esta não é só uma necessidade nacional é também Mundial.

O que existem são MINISTROS DAS FINANÇAS, que mais não do que malabaristas, habilidosos, que se limitam a tirar do bolso direito para colocar no esquerdo e vice-versa e a verificar se o deve é igual ao haver e perspetivas futuras não têm, porque a única visão que têm é a de agora, ou daqui a uma dia ou semana.

Independentemente de as economias dos diferentes Países se terem tornado mais voláteis é possível, cada um dos Países pensar onde é que quer estar daqui a 10 ou 15 anos, mas para isso é necessário que existam pessoas que tenham uma visão global e não individual do estado em que querem que um País fique.

O deficit é importante, a criação de emprego e consequente baixa nos níveis de desemprego também o são, assim como a diminuição da dependência externa dos outros Países também o é, mas para que isto aconteça é necessário pensar em “grande” ou para a frente se quiserem, não são medidas avulsas subordinadas a interesses individuais, ou a economias dominantes que um País se desenvolve, se assim for não existem medidas para resolver nada, andamos sempre com cuidados paliativos e não atacamos a doença a fundo, urge tomar medidas hoje que só vão produzir efeitos daqui a 15 ou 20 anos, mas isto só pode ser feito se não existir pressões politicas as medidas a tomar terão que ser necessariamente técnicas, sem qualquer espécie de subordinação.

Isto que vos acabo de escrever é de difícil aplicação tanto mais que estamos inseridos na União Europeia, onde os Países ricos impõem aos pequenos as suas regras e aqui já se começa a entornar o caldo e depois existem os outros, como nós que face a medidas que nos são impostas ainda queremos ir mais além do que nos é pedido, será que não temos vontade própria, ou o que é que queremos demonstrar, não se entende.

Nós em Portugal temos excelentes condições para criar melhores condições de trabalho e de vida a todos os cidadãos deste País, mas não o fazemos porque historicamente sempre tivemos Ministros das Finanças com poder a mais a meu e Ministros da Economia sem poder nenhum, se fizerem o exercício de se recordarem dos nomes dos Ministros da Economia que o País teve não se vão recordar de nenhum ou lembrar-se-ão de um ou outro e nada mais, porque de facto o que existe em Portugal é Ministros das Finanças com poderes exagerados e que dominam toda a atividade de um País e reduzem os problemas estruturais há redução do deficit orçamental e pouco mais.

Estamos no século XXI, já era altura de tentarmos inverter o atual estado de coisas, mas não se vê jeitos, a avaliar pelas medidas que vão vindo na comunicação social e que resultam de estudos encomendados, por esta ou aquela personagem e que resultam normalmente no agravamento das situações já existentes, veja-se o caso do aumento da idade da reforma para os 69 anos, este é mais um dos erros crassos, porque qualquer ser pensante, v que isto não vai dar bom resultado, porque ao aumentar-se a idade da reforma não se criam novos postos de trabalho, com potenciais candidatos a uma maior carreira contributiva, o que se vai aumentar é a precaridade e a prática de salários baixos, medidas tão defendidas e preferidas pelos empresários portugueses, de uma maneira geral, apostamos na mediocridade e na clivagem que se estabeleceu entre ricos e pobres, estes últimos estão cada vez mais pobres enquanto os primeiros estão cada vez mais ricos, mas isto não é conseguido à custa da criação de riqueza e ao seu reinvestimento, isto apenas resulta da precaridade e dos baixos salários e reformas que se pagam em Portugal.

Esta prática tem por como suporte a teoria malthusiana que se baseia de uma forma muito sintética no seguinte:” alguns terão que morrer, para que os outros possam sobreviver. Cavaco Silva, é um dos grandes defensores desta teoria foi-o quando foi Primeiro-Ministro e não deixou de o ser, por isso vem agora a terreiro defender a passagem da idade de reforma para uma idade perfeitamente descabida e sem nexo nenhum e só o pode fazer baseado naquilo que acredita e que quer colocar em prática novamente, a teoria malthusiana.

Face ao exposto resta-nos a esperança que surja alguém com capacidades para ser Ministro da Economia, na verdadeira aceção da palavra e retire o peso excessivo e contraproducente que o Ministro das Finanças tem na economia portuguesa, esta situação já dura do tempo de Salazar e não conseguimos dar o salto qualitativo durante este período de tempo até há presente data apenas se fizeram operações de cosmética, quando na minha opinião era necessário ter ido mais longe, mas como costume afirmar mais vale tarde do que nunca, chega de habilidades e de informações enganosas há que fazer o “comboio” entrar nos carris que nos levarão a um País de prosperidade e onde todos os cidadãos gostem de habitar e tenham melhores condições de vida, trata-se apenas de criar mais riqueza e fazer a justa distribuição da mesma.

Henrique Pratas

 

 

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