Edição online quinzenal
 
Quinta-feira 25 de Abril de 2024  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

69 NUMA PENSÃO? BOM, SE A GAJA FOR BOA PORQUE NÃO!

19-04-2019 - José Janeiro

A Fundação Francisco Manuel dos Santos, encomendou um estudo a uma equipa da Universidade de Lisboa, sobre a sustentabilidade do sistema de pensões, quem quiser pode ler aqui: https://www.ffms.pt/publicacoes/grupo-estudos/3838/sustentabilidade-do-sistema-de-pensoes-portugues?fbclid=IwAR11yEPHIrjPhFiHYKD4dJbPm4EUfQTGtMBN4JT6winBPt5dRK60NvOqT8E, confrontei-os com o seguinte comentário na pagina do Facebook: “é impressão minha ou vocês vivem num pais diferente do meu. O vosso estudo sobre o aumento da idade da reforma foi feito com os pés, não foi? Ora confessem lá.” Recebi como resposta: “Caro José Janeiro, o estudo foi iniciado há 4 anos e foi feito com grande rigor metodológico por uma equipa de investigadores da ULisboa. Pedimos-lhe que durante uns minutos consulte o estudo, que está acessível no site da Fundação, porque talvez fique com uma impressão diferente (segue o link acima indicado)”.

Confesso que li até aguentar tanta generalidade, depois desisti, na verdade, podemos constatar que tal pseudo estudo enferma de um conjunto de princípios sociais que se podem resumir em duas grandes linhas: cultura latina e nível de vida. Estas duas realidades não podem ser transpostas e comparadas com a restante europa. Dito isto, o estudo em causa deve ser impresso no melhor papel higiénico que consigam encontrar e talvez aí tenha utilidade.

Vejamos então: Demoraram, segundo dizem, 4 anos a investigar e escrever este conjunto de non sense, o que grosso modo dá 30 paginas por ano, o que deve ter sido muito cansativo. Mas o engraçado do estudo é que aconselha o sistema Sueco como solução milagrosa, também faz um “paralelo” com os diferentes sistemas de Segurança Social dos outros países, mas deixa de fora o sistema Suíço, porque não deve interessar por ser mais agressivo para com os que encomendaram o estudo.

Mas até podíamos encontrar algum paralelismo entre o sistema Sueco e o Português, vamos ver os pontos de encontro: Na Suécia a carga fiscal é realmente elevada, por lá consideram um crime bárbaro fugir ao fisco, por lá não há privilégios, mordomias e primos no governo, ali também o eleitor pode pedir satisfações aos eleitos e são expostas as suas despesas, os políticos ali não se reformam aos 40 anos e podíamos continuar, ou seja como se vê a Suécia tem um enoooorme paralelismo com Portugal, porque por cá é exactamente igual, não é senhores iluminados do estudo?

Então vejamos em grande resumo o que esta gentinha de cérebro minúsculo e desconhecedores da realidade propõem: sistema misto de segurança social com publico e privado, tal como a Suécia e aumento da idade da reforma, para, segundo eles, o sistema ser sustentável, para 69 anos, numero curioso e que nos leva a boas recordações da vida. A estas conclusões qualquer analfabeto chega e não precisa de ser um pseudo investigador. O difícil não é dizer disparates, o difícil é encontrar soluções e elas estão á vista de todos, exceptuando-se 4 iluminados em busca de agradar a alguém, porque como é logico, esses a quem vão agradar, querem ardentemente investir num sistema privado de pensões para continuarem o seu percurso copioso.

As soluções são evidentes, e não passam por aumentar a idade da reforma:

Comecemos por melhoria económica – naturalmente mais emprego e melhores ordenados (distribuição justa de riqueza), contribuem para o equilíbrio do sistema, pelo pagamento de contribuições;

E a melhoria social - há muito que se sabe que se a evolução do salario mínimo tivesse em conta o crescimento inflacionista, estaria por agora nos 1000 euros, tal permitiria uma melhoria de vida e que em conjunto com investimento em apoios á infância permitiria um saldo positivo na natalidade e sustentação por essa via;

Continuemos com os sistemas sociais – os diversos sistemas sociais criam portugueses de primeira e de segunda, a sua fusão seria por demais evidente e necessária, bem como a sua uniformização e limitação de tectos de reforma, que permitiriam a melhoria das reformas mais baixas, pela distribuição justa dos valores disponíveis;

Sobre os limites temporais – a idade da reforma deve ser anulada e ser referenciada com os anos prestacionais, 40 independentemente da idade parece ser um bom indicador, tal provocaria o crescimento económico por duas razões objectivas: melhoria financeira dos reformados e crescimento do turismo sénior com os reflexos económicos facilmente entendidos;

Como se verifica não necessitamos por certo de aumentos idiotas de idade da reforma, não necessitamos de sistemas cruzados de segurança social, apenas necessitaremos de coragem politica para tomarem as decisões sem “pagamentos” a clientelas e justiça social.

Sei bem que os críticos deste artigo dirão que não consigo provar com números e estudos de 4 anos o que digo, mas deixem-me dizer apenas isto: não tenho dados que comprovem a logica, mas a logica é isso mesmo razoabilidade e a razoabilidade não precisa de comprovação porque a razão está nos olhos de todos, porque bem sabemos que essa é a realidade e não precisamos de masturbações matemáticas para comprovar o que está á vista de todos. Mas talvez os iluminados que fizeram o estudo dos 69, se entusiasmem e comprovem o que está dito e venham pedir desculpa pela incompetência.

Parece que há um premio para quem encontre a solução, pois bem aonde me dirijo, porque estou totalmente convicto que esta é a solução.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome