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PROCESSOS DE ADMISSÃO

19-04-2019 - Henrique Pratas

Nunca tinha visto nada assim e a minha indignação foi maior do que nunca.

O processo de recrutamento para guardas-florestais do Estado, encerra em sim uma série de restrições ou condicionalismos, como quiseram entender que são perfeitamente inconstitucionais e eu manifesto o maior desprezo, já que outras medidas não posso tomar pela “luminária” que o elaborou.

Assim no referido processo de recrutamento menciona-se que candidatos que seja carecas, que tenham falta de dentes e situações em que existam problemas com a pigmentação da pele, não se podem propor a guardas-florestais.

Isto se não fosse sério até dava para rir e bem que gostava de conhecer a “luminária” que criou estas restrições, porque não deve ser uma pessoa é mais um incompetente, irresponsável e peçonhento, talvez prima de uma tia de um cunhado, da irmã que condiciona e restringe o acesso ao exercício destas funções a causas que são perfeitamente desajustadas. Mas isto é o resultado da incompetência de quem lança estes processos, talvez fosse bom perguntar-lhe onde é que fica a igualdade de oportunidades, valor tão defendido e subsidiado pela Comissão europeia através de Fundos Comunitários com o intuito para esbater esta disfuncionalidade.

Provavelmente quem o fez não sabe do que estou a escrever, ou estamos perante um erro de casting o que se pretende são guardas-florestais e não pessoas com outras capacidades para enfrentar situações de guerra extrema e sem limites, onde as exigências são necessariamente outras.

Com o máximo respeito e consideração pelos guardas-florestais o que se pretende, como a designação que lhes foi atribuída é que “guardem “ a floresta portuguesa voltada ao abandono e que sejam o elo de ligação com outras forças de intervenção em caso de desrespeito ou de uma atrocidade cometida e em que será necessário chamar especialistas para a sua resolução.

Eu não vi o anúncio público, mas a avaliar pelo que ouvi nas notícias não se me afigura que exista uma compatibilidade entre o vencimento que se pretende atribuir a estes novos guardas-florestais, com as exigências que lhes estão a ser feitas há partida.

Este processo de recrutamento viola claramente os princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses e é simultaneamente um elemento que promove a desigualdade de oportunidades, pior não podia existir.

E responsabilidades de quem cometeu este ato que considero perfeitamente inqualificável vão ser apuradas e responsabilizar quem os praticou, ou vamos continuar a empurrar a incompetência com a barriga para a frente e a proteger esta cambada de mentecaptos que grassam nos organismos públicos deste País?

Quem ler o processo de recrutamento vai pensar que queremos Homens para o exercício de funções como as dos rangers, ou comandos, acho que estamos a pecar por excesso e uma vez mais a violentar os mais elementares princípios básicos do saber estar e ser. É certo que as pessoas a contratar o mínimo de condições para o exercício das funções que se pretende mas não exageremos, porque se os candidatos não têm a dentição por completo a primeira e última responsabilidade é do estado e da politica de saúde oral que não existe neste País e que não se vê jeitos que alguém com poderes para o fazer se preocupe com esta situação, sobre as outras de tão ridículas que são nem sequer me pronuncio, pelo carácter caricato que demonstram.

A preocupação deveria ser na minha humilde opinião ter guardas-florestais para exercer as funções que foram desprezadas há uns largos anos e que “desmobilizaram” todos estes trabalhadores e que eram a preservação da floresta, não queremos modelos os estereótipos de pessoas que nos agradem há vista queremos seres competentes e que desempenhem as funções para as quais são designadas para o exercício das suas funções, o façam com o maior profissionalismo possível e desejado, será que entre os diferentes níveis de graus familiares dos políticos “encartados” não existem putativos candidatos que reúnam as condições exigidas, já que a fonte de recrutamento que tem sido seguida tem sido esta, porquê interrompê-la agora.

O organismo responsável por este processo de recrutamento dever-se preocupar com outras coisas, primeiro selecionar os candidatos que se adequam mais ao exercício das funções pretendidas, depois seria bom que em vez de fazer a descriminação á partida lhes criassem as condições necessárias e suficientes para lhes proporcionar o que há partida lhes é exigido e a sua manutenção de um saúde física e mental, estabilizada, satisfazendo os padrões de exigências que são pretendidos. Este deveria ser o principio pelo qual se deveria reger este processo, porque para além de não fazer sentido nenhum as exigências e discriminações que são feitas há partida melhor seria que se preocupassem em criar e manter essas condições aos candidatos que pretendem admitir já que eles são oriundos da população portuguesa que como sabem não tem acesso aos mais elementares cuidados de saúde e a questão fica como é que se pode exigir atributos ou predicados nu processo de seleção quando o Estado, principal responsável pela Saúde destes mesmos candidatos nada faz para que os mesmos reúnam estas condições.

É estranho, mas chegámos a este nível, ou desnível, ou contradições fúteis e completamente descabidas, mas neste processo de seleção as exigências são mais apertadas que no tempo da outra senhora, porque quando eu fui há inspeção militar, ficámos todos apurados para cumprir o serviço militar obrigatório até um camarada meu que se movimentava utilizando canadianas, pois padecia de uma doença que lhe tinha paralisado os membros inferiores, mudam-se os tempos mudam-se as vontades, mas os critérios de exigência sem que deem nada em troca, são mais apertados ou seletivos.

De facto começa a não haver paciência para tanta calinada, falta de senso ou o que quer que queiram, não há paciência para tanta burrice……

Henrique Pratas

 

 

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