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HISTÓRIAS DE 1º DE ABRIL

05-04-2019 - José Janeiro

Enquanto andávamos entretidos com os passes sociais, respectivo teatrinho do eu-vou-de-transporte-publico-e-volto-de-carro-com-motorista, com as historias dos 11 motoristas do gabinete do PM e com as famílias no governo, uma vez mais e á socapa, os nossos ilustres incompetentes, que sustentamos, fizeram aprovar mais uma filha putice: os deputados aprovaram a alteração legislativa que permite, que eles, possam pertencer às sociedades de advogados.

Ora a historia que parece do dia 1 de Abril conta-se assim: A comissão de reforço (notem bem a palavra reforço) de transparência aprova a meio dos trabalhos a alteração do artigo 21º do estatuto dos deputados. Esta proposta foi manuscrita pelo deputado do PSD Álvaro Batista ( ver aqui quem é o bicho ) que é licenciado em direito e socio da  Álvaro Batista & Associados, Sociedade de Advogados, R.L., que como sabemos está a decidir em causa própria o que é interdito por lei e nem isso respeitam, estando portanto tudo dito. Ora apenas com os votos do PSD e a abstenção conveniente do PS para tentar ficar bem na fotografia, foi possível tal sacanice. Mas a“favor” deles, dizem que não podem emitir pareceres directamente em assuntos relacionados com o Estado, como se isso fosse impeditivo de alguma merda. Na verdade com esta brilhante“solução” ficam a tentar pegar a merda pelo lado limpo. As Universidades de Verão são muito interessantes no ensino das filhas putices, têm portanto a escola toda.

Outra historia do dia 1 de Abril foi a audição dos “não me alembro” do actual e ex-governador do Banco de Portugal sobre a Caixa Geral de Depósitos. Fiquei com a clara impressão que o Alzheimer ataca em força nas comissões de inquérito seja que comissão for. Estes sentem-se confortavelmente intocáveis, por terem consciência que as comissões de inquérito são apenas umas coisas para os papalvos entenderem que deputados trabalham muuuuito e merecem tudo. Ainda não vi uma comissão de inquérito que desse em algo útil para a descoberta de qualquer coisa e que fosse objecto de processo-crime por filha putice.

Enquanto um sabia tudo sobre politica económica e BCE, nas palavras dele, nada se lembrava das toneladas de papel que teve que ler e passava-lhe tudo ao lado, no Banco de Portugal, o outro sobre a Caixa Geral de Depósitos, só sabia que ia às comissões de credito para fazer numero e jogar pokemon no telemóvel, portanto nada sabia nem parecia querer saber. A vergonha desta gente é, como se dizia na minha terra, igual ao toro da couve, que veio o burro e roeu-a, a analogia está perfeita porque a vergonha não existe e os burros que somos nós adoooramos gente desta.

Mas o 1º de Abril este ano foi prodigo em histórias que parecem mentira, uns bacanos do PS (talvez por não terem conseguido levar as famílias para o governo), criaram uma ONG fantasma, a L’Atitudes — Associação para a Dinamização de Projectos e Redes Globais de Cooperação e Desenvolvimento — ONGD, essa ONGD tem como trabalho meritório o sacar 350 mil euros e um edifício para NÃO funcionar em lado nenhum, que nem estatutos tem. Nada de novo portanto, apenas uns artistas portugueses. Esta brilhante ideia, veio de uns autarcas socialistas da Camara de Castelo Branco, que entre eles, vereadores e afins, todos faziam parte dos órgãos dirigentes da tal ONGD e isso não os impediu de aprovarem o saque. Mais uma vez e para que fique tudo em família, imitaram os deputados com os seus tachitos nas sociedades de Advogados e decidiram também eles em causa própria, ilegal portanto.

Como verificamos estamos rodeados de bons rapazes que zelam pelo bem-estar dos cidadãos, a que eles chamam “serviço publico”, e nós o que fazemos? Nada! Porque somos alérgicos a exigir transparência e preferimos saber das doenças dos que sofrem de “aparencidite aguda”, que vêm para o espaço cor-de-rosa dizer disparates só porque sim e todos acham isso mais importante do que estes temas candentes da sociedade.

Merecemos! Merecemos, porque não queremos saber. Merecemos, porque não queremos votar contra o sistema. Merecemos, porque os políticos gozam com a nossa cara porque sabem bem que ficamos todos sentados a assistir de bancada aos acontecimentos e passado pouco tempo ninguém se lembra e fica tudo como está. Somos um povo de anormais amorfos que esperam sempre que os outros façam, atirando muitas vezes pedras e escondendo a mão porque ainda têm a síndrome dos PIDES que por aí andam e levam ao acobardamento das pessoas.

Pensem nisso!

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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