UMA SUMIDADE
05-04-2019 - Pedro Barroso
O senhor Administrador usa fato e gravata. Ao entrar, é sempre muito cumprimentado. Senhor Doutor, baixando os olhos, cumprimenta o Antunes.
Uma sumidade, dizem todos, baixinho.
Mas não lembra. O Sr Constâncio "não se lembra". A coisa parece ser epidémica, pois nem passados, nem presentes, nem futuros Governadores parecem nunca saber grande coisa dos milhões que esburacantemente desaparecem. O Bava não conhecia. O senhor Costa também já disse que não sabe.
Confiam crédito neste e naquele; B erardo ou Bernardo, pouco importa. Mas logo por má sorte, são dos que não pagam. Quem diria?
Mas enfim. Uns tostões sem importância. O que são afinal, milhares na roda da sorte sempre generosa dos amigos? Nada.
Fica o previsível amigável calote. Azar. Paciência. A coisa resolve-se.
"Não se pode saber tudo". E um verdadeiro senhor das Finanças como eles, nunca se atrapalha. Um foi promovido para o Banco europeu. Outro não sabemos.
Resultado. Eu, por exemplo.
Desejo um empréstimo a fundo perdido para fazer a Casa Museu prevista conforme protocolo com a CMTN - coisa como deve ser. Respostas urgentes, magnânimas e sem espinhas.
Tudo em talha dourada e com sotaque de Cascais.
Ou da Madeira, tanto faz. Eu quero é o pilim. Depois decido.
Aprés moi... le déluge! Ou seja, alguém q feche a porta.
Pedro Barroso
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