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LA FAMIGLIA

29-03-2019 - Francisco Pereira

Portugal é um buraco infecto muito mal frequentado, com elites patéticas e povinho patego, fartos de saber isto estamos nós, por isso nada de novo se passou nas recentes nomeações “em família” protagonizadas pelo actual governo, é mais do mesmo, há séculos que andamos nisto.

Em defesa do Governo , os seus cães de fila avençados logo esgrimiram vários argumentos com por exemplo o argumento da “confiança política”, o que quer que isso seja, afinal o que será a confiança política? Pois é aqui a porca torce o rabo porque ao preferirem uma “confiança política” cega que mais não é do que uma clara sobre dose de Nepotismo, à competência, à decência e à honestidade moral e intelectual, os senhores do Governo mostram mais uma vez que traem a confiança política que o povo que os elegeu devia ter neles, logo são apenas mais uns traidores indignos, mas andando isto sou eu a pensar.

Diga-se que esse argumento da “confiança política” tem provado vezes sem conta que é uma falsa questão, até porque os políticos nacionais fazem certo gáudio em rodear-se de néscios, de gente medíocre, incapaz, incompetente e inepta é a “confiança política” no seu melhor, provas? Basta olhar para os Governos, para os Municípios, para as Juntas de Freguesia, para os restantes organismos públicos para constatar isso diariamente.

No entanto a palma de oiro pela defesa mais estapafúrdia e pela utilização dos argumentos mais labregos para defender o actual nepotismo governamental vai para o senhor César, ouvi-lo dizer que “certas famílias têm apetência para a política” é como estar a ouvir um daqueles senhores bolorentos do tempo do senhor Oliveira a enaltecer a União Nacional, tenham vergonha!

O actual Governo e o partido a que pertence, não fazem porém nada de novo, a administração pública está cheia de nomeados, de todos os partidos, que ocupam quase todos os cargos de chefia, gentalha medíocre oriunda da partidocracia, miseráveis patetas sem eira nem beira que não fora o cartão partidário nem porteiros de urinol público conseguiriam ser. Já constatei em pessoa essa realidade quando me apresentaram o senhor director de um instituto público, que era nem mais nem menos do que um dos mais rematados imbecis do meu tempo de faculdade, que deve o cargo apenas ao cartão de filiação política e à tal “confiança política”.

Temos assim Directores, subdirectores, chefes, presidentes disto e daquilo, administradores e assessores; os tais cargos de “confiança política”, que mais não é que um subterfúgio para gerir o clientelismo, a corrupção e a mediocridade institucional de que Portugal é exemplo flagrante.

A pobre administração pública está também prenhe dos filhos, netos, primos e afilhados da camarilha politiqueira e das suas tentaculares máfias de interesses, nomeados e contratados à socapa em “concursos” forjados, mas legais até publicação em Diário da República possuem, são às centenas, provavelmente milhares, cachopos acabados de sair das universidades, que depois de andarem uns tempos aos caídos e percebem que o Mundo é mesmo cão, lá recorrem aos serviços do papá que é administrador nomeado por “confiança política” ou da tia que é deputada ou ainda do primo que é ministro ou da mamã administradora, é assim que as empresas públicas, os institutos públicos e os órgãos da Administração Pública estão cheios de avençados do clientelismo partidário.

A roçar o cu pelas esquinas dos gabinetes ministeriais e dos secretários de estado encontramos hordas de “assessores”, de “confiança política”, que faz toda esta gente? Nada, apenas alimenta a burocracia criada para justificar os seus cargos, permitindo assim continuarmos a vergar o povinho pateta. O actual governo neste aspecto não é pior nem melhor que os anteriores, PS, PSD e CDS fazem parte desta santa trindade da pulhice nacional, sendo muito bem acolitados pelo PCP e pasme-se que até o BE já dá os primeiros passos na direcção certa.

A “confiança política” é uma outra forma de dizer corrupção, nepotismo, compadrio e clientelismo, é apenas mais uma prova de que a polarização extrema da Democracia entre Esquerda e Direita mais ou menos iguais e que se socorrem quase sempre dos mesmos métodos variando apenas a cosmética que aplicam aos mesmos, fez com que as sociedades perdessem a confiança nos políticos, o melhor de todos os maus sistemas está moribundo, opções e ou soluções não tenho, apenas sei como dizia o outro que por aí não quero ir, porque Portugal está transformado num antro miserável de gentalha medíocre, de gentalha corrupta e temo bem dificilmente daqui sairemos.

Francisco Pereira

 

 

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