JUSTIÇA
08-02-2019 - Joaquim Jorge
Armando Vara foi efectivamente punido com prisão, mas não nos podemos esquecer que já tinha estado preso preventivamente. Mas há outros casos, têm que ter um desfecho, a maioria dos portugueses está à espera, contudo tenho um pressentimento que muitos casos vão deixar de sê-lo.
Houve mudanças de pessoas na Procuradoria-Geral da República, no Conselho Superior de Magistratura, no Conselho Superior de Magistratura do Ministério Público, no Supremo Tribunal de Justiça e na PJ.
Faço votos que os processos em curso estando em causa políticos: ex-primeiro-ministro, ex-ministros, ex-secretários de Estado, ex-deputados e autarcas, cheguem ao fim com uma sentença. Ao nível económico e financeiro poderosos banqueiros, empresários e gestores, não esquecendo dirigentes dos maiores clubes de futebol portugueses.
Mas não estou muito crente, antes céptico. Há sinais e pairam algumas nuvens negras que não auguram nada de bom. Tenho a sensação que algo de fora de vulgar se vai passar para tudo acabar sem consequências. Temo que tudo fique em águas de bacalhau, seja um malogro, fique em nada e não se realize. Se tudo que foi feito até agora, se perder, ficar sem efeito, será uma enorme frustração para a maioria dos portugueses. A justiça estava a seguir um rumo e, de repente, seguiu outro! É de desconfiar e os portugueses têm todo o direito de questionar e perguntar o porquê desta situação?
Os portugueses tinham esperança de encontrar respostas para algumas perguntas que os inquietam.
Portugal está transformado num país de ladrões. Ultimamente é demais: Armando Vara, CGD, Novo Banco, e-toupeira, hacker Rui Pinto, turismo do Norte, etc. A Operação Marquês vai entrar numa nova fase.
Portugal bem precisa de um Sherlock Homes do séc. XXI, com a habilidade para desvendar crimes aparentemente insolúveis e na resolução dos seus mistérios.
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores
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