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MORTALIDADE À NASCENÇA

01-02-2019 - Henrique Pratas

Foi com grande espanto que no dia de hoje os diferentes meios de comunicação social informaram que a taxa de mortalidade à nascença aumentou em Portugal e ficou tudo muito admirado, nomeadamente o nosso Célinho, que espera que o Instituto Nacional de Estatística lhe dê as explicações por que razão isto acontece.

Das duas ou anda tudo muito distraído ou querem fazer daqueles que andam mais atentos, parvos.

Os rendimentos das famílias não aumentam para muitos há anos, o desemprego real é uma chaga que atormenta a maior parte dos portugueses, o Serviço Nacional de Saúde, desceu para os níveis que todos conhecemos, não existem médicos, nem profissionais de saúde, em quantidade necessária e suficiente para que as parturientes sejam devidamente acompanhadas, muitas delas passam fome o que como sabem não dá muita saúde ao feto que transportam dentro de si e ainda se admiram de a mortalidade à nascença ter aumentado, se não fosse triste esta constatação, até não se deveria dar a devida importância.

Hoje, o nosso Célinho depois de se ter deslocado ao Porto num camião de transporte de mercadorias, conduzido por uma mulher e de ter comentado que o que lhe fazia mais confusão era ela ter que mudar uma roda quando tivesse um furo, não comentou o aumento da taxa de mortalidade à nascença pelas razões que lhes indiquei, mas não deixou de afirmar que estando em causa uma das conquistas de abril era preciso averiguar as suas causas. E as outras conquistas que abril nos deu senhor Presidente da República, não lhe merecem as mesmas interrogações?

É certo que este aumento é preocupante, mas não constitui novidade nenhuma face às medidas que foram implementadas pelo anterior Governo e pelo atual Governo, aliás tanto num como noutro tivemos Ministros das Finanças muito cáusticos que me fizeram recordar aos tempos de Salazar que como sabem antes de ser o Primeiro-Ministro e dono deste País, exerceu as funções de Ministro das Finanças e o que tenho reparado é que os Ministros das Finanças têm sempre mais poder e influência que os Ministros da Economia, quando na minha opinião deveria ser ao contrário. Os Ministros da Economia têm uma visão mais lata da situação económica do País, enquanto os Ministros das Finanças de limitam a aprovar e a cumprir com um orçamento que constroem de acordo com as suas convicções politicas e para resolver os problemas do equilíbrio orçamental, são limitados, diria mesmo que são merceeiros a uma escala de maior dimensão porque o que fazem é tirar de bolso para colocar os meios financeiros no outro, enquanto os Ministros da Economia deveriam ter a preocupação de avaliar o País e fazer crescer os setores para que a economia do País crescesse de uma forma sustentável e criasse a riqueza necessária para que os Ministros das Finanças fizessem a sua distribuição. Mas não é tudo ao contrário os Ministros das Finanças fazem orçamentos e obrigam os portugueses a viveram com aquilo que criam, muitas das vezes sem atenderem à realidade do País, mas se lhes mandam fazer o que fazem eles cumprem, nem sequer pestanejam ou colocam em causa as diretrizes da União Europeia ou de técnicos enviados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Daqui resulta o peso para mim excessivo dos Ministros das Finanças em qualquer Governo, quando estes apenas se deveriam limitar a fazem a designada contabilidade da “casa”, isto é procederem aos lançamentos a débito e a crédito e deixarem para o Ministro da Economia o desenvolvimento das medidas de política económica, mais adequadas para o País. Mas como constatam não é isto que se passa ao longo dos anos e os Ministros das Finanças têm sempre um papel mais ativo e preponderante do que os Ministros da Economia, provavelmente porque colocam neste lugar pessoas que não têm nem competências adquiridas, nem perfil para o exercício de tais funções, por isso temo-nos limitado a ter “um contabilista” a gerir a economia do País, sim porque é isso que os diferentes Ministros das Finanças têm feito ao longo do tempo gerir, mal, acrescento eu a contabilidade interna do País.

As causas estão à vista para que a taxa de mortalidade à nascença tenha aumentado, só não vê quem não quer, sem maternidades, ou a funcionarem com deficiências, quer profissionais, quer funcionais, “misturando” as carências que as famílias têm sofrido ao longo dos últimos anos, incluindo o Governo anterior o que é que esperavam “milagres”. Não podemos deixar que as coisas aconteçam pr elas próprias sem que se criem condições para que as mulheres e os homens deste País sejam pais é preciso que tenham condições o serem, mas essas condições não foram criadas e agora admiram-se do quê e admiram-se, só que porque descemos na tabela na escala criada ao nível mundial para posicionar os diferentes Países no que concerne ao indicador de mortalidade infantil?

Henrique Pratas

 

 

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