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QUAL É A COR DO TEU COLETE?

07-12-2018 - José Janeiro

Imparável. O movimento dos coletes amarelos, foram ocupando o espaço livre da revolução e da demonstração do verdadeiro poder do povo. Conseguiram não desmobilizar, conseguiram fazer sentir o grito da revolta dizendo, alto e bom som aos políticos que não se vergam perante ameaças porque têm a suprema razão do seu lado.

Nós por cá, que nos intitulamos “nação valente e imortal e um nobre povo” vamos untando o buraco do cu com vaselina e vamos estando a jeito para sermos consecutivamente enrrabados e ainda aplaudimos, num acto de subjugação. Não sei se é falta de dignidade, se é medo do papão, se é conformismo, se é sado masoquismo, ou se é apenas a expectativa que os outros façam por nós, porque não me quero expor ou preocupar, mas seja o que for, a verdade é apenas uma: não sei que mais broncas ainda devem acontecer neste país para demonstrarmos a nossa revolta, será preciso aumentar o preço da vaselina com que untam o cu?

Fonte: “anonymous Portugal

O que é preciso acrescentar mais à lista? Não raras vezes leio frases icónicas como: “no dia em que o povo acordar eles não conseguirão dormir”, frase no mínimo interessante, mas desconheço quem são “eles” e o que é “acordar”.

Os Franceses deram um soberbo exemplo ao mundo, de união, de consistência, de fazerem entender os seus governantes que assim não pode ser e que quem manda é o povo. Ouvi e li as mais variadas cronicas sobre este tema e entre as analises bacocas dos que olhavam, invariavelmente para o “fenómeno” como critica à componente da “guerra campal”, que segundo, os do costume, seria um aproveitamento dos populistas (curiosa expressão), mas nenhum, mas mesmo nenhum, parou um segundo para pensar que se por acaso a manifestação pacifica teria chegado aos ouvidos do Macron e seus apaniguados. Sim, lamentavelmente esta é a única linguagem que eles entendem, a formula pacifica cai no esquecimento e na indiferença, tal e qual o ditado: “eles ladram e a caravana passa”. No dia em que os políticos tiverem medo de ligar o seu carro porque não sabem se faz um “big bang”, teremos políticos interessados nos problemas dos governados, Pavlov explicou bem isso com o seu cãozinho. O resultado da revolta foi o recuo do idiota na decisão tomada, VENCERAM os “Gillets Jaunes”, porque como dizia um cartaz de uma manifestante: “Macron, se de noite sentires 4 testículos, não te aches um Hércules, é apenas um Colete Amarelo a enrrabar-te”, isto espelhou bem o sentimento de revolta e também queremos que por cá gritar: “arrêter de nos emmerder”.

Enquanto o sofá for mais confortável que a LUTA, enquanto que o conformismo for maior que os direitos, enquanto que o futebol for mais importante que a vida, enquanto as novelas forem a suposta vida real, enquanto o amorfismo for o principal desporto nacional, nada, mas nada, mudará na sociedade Portuguesa. Os nossos heroicos antepassados que deram o corpo ás balas e que nos levaram aos quatro cantos do mundo, por certo se revoltam nas suas tumbas pelos que fazem da indiferença a sua luta. Isto não é o Portugal, histórico que me ensinaram na escola, estes não são os descendentes de Viriato, de D. Afonso Henriques, de Camões, de Vasco da Gama, do soldado desconhecido e de tantos outros que lutaram pela dignidade e grandeza do meu país, estes de hoje, que se envergonham da nossa historia, são os idiotas que estão a transformar este país num sitio pouco recomendável para viver, sob a batuta de uma civilização falseada e disforme.

JE SUIS GILLET JAUNE, e desejo que os meus concidadãos acordem para a realidade em que este país se está a transformar, num suicídio coletivo, em prol de costumes que não são nossos, mas de uns quantos que se acham donos da verdade e da civilização.

QUE MAIS É NECESSARIO PARA QUE NOS JUNTEMOS E ENVERGEMOS O NOSSO COLETE? Eu estou pronto e tu?

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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