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(IRA)DOS OU UNG(IRA)DOS?

23-11-2018 - José Janeiro

Afinal ficámos a saber que os PAN(eleiros), têm uma braço armado, em parvos, um tal IRA (nome curioso tendo em conta a origem), que se deliciam, quais seres ungidos por uma força superior, a aterrorizar quem eles entendem que tratam mal os seus animais. Vale tudo!

O PAN, que se intitula Pessoas-Animais-Natureza, entrou, pela mão dos votos concentrados estrategicamente em Lisboa, para o Parlamento com uma agenda pobre e das três forças do seu nome apenas os “animais” contam. Não estou contra o tratamento digno dos nossos seres co-terrenos, mas sim contra a humanização dos mesmos por moda, porque é bonito e fica bem, para que todos saibamos que somos bonzinhos, ou porque os que assim pensam são pobres no contacto com a natureza por serem citadinos. Não me admiraria nada que os eleitores do PAN, pensem que os ovos não são expulsos pela cloaca da galinha, ou que o leite não se desenvolve em pacotes tetra pack, ou mesmo que o leite com chocolate não se desenvolve em vacas castanhas. Sim esta gente que apenas conhecem os prédios habitacionais que lhes tapam o sol, o supermercado aonde vão buscar produtos, a poluição que lhes ataca o cérebro, ou os jogos do faz de conta das play stations, armam-se em paladinos de causas, apenas porque têm uma visão arrevesada da sociedade. Têm muitas certezas e poucas duvidas, nem se preocupando em saber a origem das coisas mais elementares, são os merdosos ignorantes civilizacionais. São uns pobres de espírito.

Escondidos por detrás de mascaras, ao velho estilo revolucionário, que assim desonram os velhos revolucionários que lutaram pelo direito de hoje terem opinião e com um acrónimo usado pela Irish Republican Army da Irlanda do Norte, leva estes idiotas mentecaptos a uma pseudo revolução na busca justiceira de quem, na opinião deles, possa tratar de forma displicente os seus animais. A lista de mimos que publicaram em video como detentores da verdade suprema, leva-nos a reflectir sobre os exageros e a estupidez dos pseudo paladinos da causa animal:

  • quem não tem músculo pode usar um machado ou uma marreta;
  • só aceitamos quem cumpriu pena na ala B de Alcoentre;
  • ser nazi ou traficante não é tão mau como ser activista de sofá (saudação nazi);

entre outros princípios brilhantes. Mais tarde, argumentaram que o vídeo seria uma sátira, ou ironia, ou uma brincadeira, ou seja a defesa dos animais, para estas bestas é apenas uma gozação.

Argumentam que as autoridades não actuam e têm que ser eles a fazer “justiça”, para a defesa cega de um argumentario que tem tanto de imbecil como de ilegal. O grupo encapuzado, actua desta forma bizarra porque a ambição suprema é serem mentecaptos,chegando a estruturar perseguições armadas, ameaçam, entram nas casas e ameaçam de morte quem os enfrenta.

As redes sociais incendiaram-se após a divulgação destas pérolas, e foi interessante reparar em duas realidades: a defesa destas bestas e a teoria da conspiração, que seriam interesses pró toiro que estariam envolvidos nesta trama. No limite, li argumentos que estaríamos perante Fake news, para denegrir quem defende a nobre causa dos animais, irracionais, entenda-se, porque a racionalidade destes animais é bem pior do que aqueles que defendem. Estas posições cegas, demonstram bem o quanto a populaça se deixa envolver em modas sem se preocuparem em refletir um minuto sobre a lógica da situação gerada. O numero de pessoas inconscientes que subscrevem estes actos, é suficientemente elevada para que fiquemos preocupados com o rumo que a sociedade está a tomar, na substituição de afetos.

O endeusamento de actos de barbárie e de irresponsabilidade, sob a capa de actos de evolução civilizacional, devem preocupar todos aqueles que bem apetrechados de bom senso defendem a lógica e não a estupidificação dos novos detentores da verdade. Um dia talvez encontram um insano, igual a eles, armado com uma caçadeira ou outra fonte de justificação armada e dar-se-ão mal, porque entenderá que a sua integridade física está ameaçada e teremos a solução para estes idiotas.

O animal-centrismo como arma de arremesso em tudo o que lhes seja desfavorável atinge a raia do fundamentalismo temerário para com quem ouse pensar diferente. Um só deputado com uma agenda de princípios difusos e pouco claros, na sua essência e nos argumentos, conseguiu sitiar um parlamento com base numa “ementa” única e centrada na bicharada de forma ridícula e mal informada, mas sempre com balelas, pseudo progressistas fazendo tábua rasa de tudo o que cheire a tradição, porque as tradições não são civilizacionais. Mas os nossos queridos idiotas têm apenas nos cães e gatos a centralidade da sua luta, ainda que as lagostas e os caracóis tenham merecido um reparo por serem cozinhados vivos, qualquer dia serei considerado criminoso pela quantidade de mosquitos que estão no para brisas do meu carro e na frente dele, já falta pouco.

Lembremo-nos dos “combates” contra o uso de cavalos de tiro em charretes, a possibilidade de levar o tareco e o boby a jantar, do uso de animais em circos, das touradas, das garraiadas, dos cães de companhia dos sem abrigo e o que ainda mais sairá das cabeças doentes destes idiotas que não têm a mínima noção do que é viver em convívio com a natureza. Penalizam-se assim, por estarem orfãos desse meio ambiente, de mãos na terra, de convívio com animais, de cheiros que nos ficam na memoria, dos sabores e do carinho dos avós. Pobres doentes que só conhecem o betão, o alcatrão, o desajustamento das famílias que não têm tempo para lhes ensinarem a razão da vida e olham para os outros com o desprezo próprio dos ignorantes.

A “luta” centrou-se assim numa só vertente da triologia, quem não se recorda que nos incêndios que devastaram o país e aonde morreram pessoas, o PAN, nada disse, quem não se lembra que não mexeram um dedo para ajudar os animais que nessas áreas ficaram sem forragem, quem não se lembra que quando se decidiam a “ajudar” centravam-se mais uma vez nos cães e gatos dos locais ardidos e nem pessoas, nem os outros animais, nem a natureza mereceram uma singela palavra para esta gentalha.

E agora, novos terroristas da sua verdade, acham-se no direito de agir como ditadorzecos de costumes, impondo aos demais a sua ilusão de princípios de vivencia em sociedade. Não aceito estes que assim pensam ou agem, irritam-me profundamente porque são apenas uns ignorantes que se julgam donos da verdade e da democracia.

NOTA FINAL: duas desgraças se abateram neste país: 5 pessoas morreram em Sabrosa e outras tantas na derrocada de uma estrada em Borba, na primeira as pessoas não tinham dinheiro para pedir a ligação elétrica à EDP e na segunda a estrada, segundo parece, estava “legalmente segura”, por decreto portanto. Não me contenho: puta que pariu esta gentalha que está a colocar o meu país nas ruas da amargura, já o Ministro da Ambiente, acha que a forma de reduzir o IVA na energia, não é baixar o dito mas sim a potencia instalada, mas que raio de gente é esta que nos governa?

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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