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MONTEPIO GERAL- quadro de Adidos do PS

16-11-2018 - Henrique Pratas

O Montepio Geral - Associação Mutualista, como sabem é uma associação de base mutualista. Com cerca de 630 mil associados, é a maior associação deste tipo em Portugal. É fundador e o maior acionista da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), uma instituição bancária portuguesa. A associação tem no seu universo, diversas empresas participadas (Grupo Montepio), procurando com a sua gestão garantir um papel ativo no âmbito da economia social.

O Grupo Montepio integra hoje, para além da dimensão associativa, uma instituição financeira entre os líderes no plano nacional e um conjunto de empresas especializadas na gestão de fundos de pensões, investimento, planos de proteção, seguros, residências assistidas.

O conjunto de empresas que o constitui tem por objetivo auxiliar a realização dos fins da Associação Mutualista, através de resultados que reforçam os proveitos das modalidades subscritas pelos associados.

O Montepio Geral foi fundado em 1840 por um grupo de funcionários públicos liderados por Francisco Álvares Botelho, professor e funcionário da Contadoria da Junta do Crédito Público, com o objetivo de apoio mútuo e assim colmatar a ausência de um quadro público de apoio social (Previdência do Estado) em Portugal.

À data, a designação adotada foi a de Monte Pio dos Empregados Públicos, denominação alterada para Montepio Geral em 1844, quando foi realizada a primeira reforma estatutária e constituída a Caixa Económica Montepio Geral.

Hoje, esta associação que nasceu sob o princípio do mutualismo, disponibiliza, entre outros, planos de poupança de proteção, complementos de reforma e proteção da juventude, centros residenciais para seniores e assistência domiciliária.

Esta era a natureza substantiva e as atividades a que o Montepio se dedicava, mas decorrente de “boas” práticas de gestão este entrou como muitos dos outros bancos em situação de rutura.

Depois de ter ouvido de soslaio o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, porque já não tenho paciência para escutar tanta aldrabice e que é um dos interessados em entrar com capitais próprios para poder ajudar os menos carenciados e dada a importância que foi dada a semelhante entrevista/explicação não solicitada pelos cidadãos para que lhe explicassem por que razão a Santa Casa da Misericórdia pretende entrar com capitais próprios para o Montepio, a não ser interesses que a médio e longo prazo se virão a conhecer e que consistem em interesses individuais, acabámos por ouvir um discurso linear sem hesitações porque a entrevistadora não se atreveu a questionar o entrevistado como é que iria operacionalizar muitas das medidas anunciadas, se o tivesse feito a “entrevista” terminaria” imediatamente, porque isto é estarem a atirar mais farinha para os olhos dos portugueses. Aliás que deixar aqui bem claro que não reconheço qualquer competência técnica, financeira e profissional na pessoa que desempenha o cargo de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é mais um dos políticos oportunistas que “bajula” os diferentes Governos do PS para obter benefícios ou catapultar a sua imagem é uma pessoa que não é grata, apenas sabe servir o seu dono.

Não contente com isto fui confrontado com uma noticia do jornal de Negócios onde se anuncia com pompa e circunstância que Tomás Correia perfila-se para ser o novo Presidente do Montepio, quer dizer um homem que já deu provas da sua incompetência e falta de profissionalismo, que não merecedor do avale do Governador do Banco de Portugal, embora vos escreva que tê-lo ou não a diferença a diferença não seria muita, porque o Governador do Banco de Portugal que foi corrido do Banco Comercial Português pela sua incompetência, “alguém” lhe arranjou um lugar ainda melhor, quero eu dizer, neste País a incompetência é reconhecida meritoriamente e lá colocaram o senhor durante o Governo de Cavaco Silva e muito dificilmente o tiram de lá apesar das tropelias que ocorrem ao nível bancário é a pessoa certa no local certo não faz ondas e obedece a quem deve, se fosse outro já se tinha pronunciado contra a candidatura de Tomás Correia à Presidência do Montepio, porque motivos não lhe faltam.

Na primeira parte deste texto não vos mencionei que o atual Provedor da Santa Casa da Misericórdia durante a entrevista manifestou o apoio à lista de Tomás Correia, será que são capazes de adivinhar por que razão o fez?

Mas voltando à lista apresentada por Tomás Correia à Presidência do Montepio, vamos encontrar nomes como Idália Serrão, a exercer funções de secretário na Assembleia da República e sendo designada como a” uma violinista e política portuguesa”. Não lhe chega as funções que exerce na Assembleia República ou será que o País está assim tão carente de “cérebros” para a gestão do Montepio?

Podemos ainda encontrar um outro nome, este que me faz doer a alma de o ver metido nestas andanças, Carlos Beato, eu sei que a vida está difícil para todos, mas onde é que ficaram os princípios que o fizeram acompanhar o Capitão Salgueiro Maia, como seu braço direito aquando do 25 de abril de 1974, ribatejano, que já assumiu a Presidência do Município de Grândola, pelo PSD, não lhe chega é preciso mais?

Recordo-lhes uma posição assumida em 24 de abril de 2013 que transcrevo do Jornal Expresso: “O braço direito de Salgueiro Maia na revolução dos Cravos diz que estar presente nas comemorações do 25 de Abril no Parlamento era como aplaudir a política do Governo.

O adjunto de Salgueiro Maia no 25 de Abril, Carlos Beato, disse em entrevista à Antena 1, estar solidário com as personalidades que vão faltar ao 39º aniversário do 25 de Abril no Parlamento.

"Tenho que aceitar, tenho que reconhecer que a presença dos militares de Abril naquelas galerias era de alguma forma caucionar soluções e caminhos que de facto não são aqueles que Abril abriu", afirmou Carlos Beato, numa entrevista à Antena 1, que será transmitida na sexta-feira.

Segundo o responsável, a ausência nas comemorações oficiais serve para mostrar a contestação face às políticas erradas do Governo.

"Estou solidário com Mário Soares, com Manuel Alegre e com os militares de Abril, mais uma vez, e que nessa posição simbólica afirmam a sua contestação àquilo que têm vindo a ser as soluções que têm sido encontradas para Portugal e para os portugueses", acrescentou.

O adjunto do capitão de Abril revelou ainda que Salgueiro Maia escolheu os 240 homens que o acompanharam de Santarém a Lisboa pela música que ouviam.

"Éramos escolhidos pelas músicas que ouvíamos...e quem não gostava das músicas do Zeca Afonso, do Adriano, do Francisco Fanhais, do José Mário Branco não era contactado, mesmo que fosse um grande democrata e um grande revolucionário", rematou. “

Ora uma pessoa que afirma isto que foi deputado pelo PRD, quando este inexplicável encheu as bancadas da Assembleia da República e quando se seguiram as novas eleições legislativas fez toda a força que o PRD se diluísse pelo PPD/PSD como outras personagens que por lá pulularam e que se dizem defender os valores de abril, estão a ser coerentes ao participar e fazer parte ativa de processos que são completamente contrários aos valores de abril, ou será que estamos a lidar com cachopos. A coerência é um valor que deve ser respeitado, mesmo que isso nos custo e nos traga alguns dissabores ou menores proveitos, por que corremos o risco daqueles que contribuíram para restitui a Liberdade a este País o empurre para ideologias neoliberais emergentes no norte da Europa e que rapidamente chegarão ao nosso País se não se atalhar caminho. A meu ver já se cometeram erros de mais e continuam a cometer diariamente erros atrás de erros crassos e que desvirtuam o que foi consagrado na Constituição da República Portuguesa, resultante das alterações provocadas pelo 25 de abril de 1974 e que os partidos que não a aprovaram na altura, têm paulatinamente e assim que podem dar “machadadas” na mesma e eu no meio disto tudo vejo pessoas que na minha opinião não se deveriam envolver nestes processos por todas as razões e mais uma.

Escrevo-lhes uma mensagem não se esqueça que estão a estragar tudo o que fizeram de bom, se é que era essa a intenção e que ficarão na história pelos piores motivos, isto é, os “importadores” dos neoliberais ou nazis mesmo para o nosso País.

Desta lista faz parte também Maria de Belém Roseira, ora se ela não foi capaz de manter em funcionamento o SNS, no exercício de funções de Ministra da Saúde como é que tem competências para o exercício de Presidente do Conselho Geral do Montepio, no Conselho Fiscal estará Ivo Pinho e para compor a “banda” só lhe faltava juntar Vítor Melícias, pessoas que auferem reformas de miséria e que necessitam de receber mais umas mordomias, para manter uma vida acima da maior parte dos portugueses, porque provavelmente no meio destes não haverá pessoas tão “qualificadas” para o exercício das funções em causa e são aquelas que nos restam para que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa funcione convenientemente de acordo com os dogmas e interesses das classes que dominam este País.

No meio desta salganhada toda Tomás Correia ainda afirma no Jornal de Negócios que: “ Candidatar-me ou não é, de facto, uma opção minha. Sendo que a decisão de me candidatar, como foi ao longo da minha vida, é sempre uma opção de serviço. Não é uma opção que resulte do meu interesse pessoal. Eu cedo os meus interesses pessoais perante a necessidade de servir.”

Apesar disto afirma que se candidata porque “infelizmente, os candidatos que se têm perfilado, não têm sido candidatos à altura de servir o Montepio.”

No que concerne às investigações judiciais e do Banco Portugal, sobre a sua atividade quando exerceu o cargo de presidente da Caixa Económica Montepio Geral, participada no grupo mutualista, afirma que está completamente tranquilo, pudera o governador do Banco de Portugal nem tuge nem muge.

São estas as pessoas que abnegadamente, sem interesses de espécie nenhuma, se esforçam e dão o melhor de si em prol dos “coitadinhos”.

Quero-vos deixar a nota que o novo Código Mutualista já entrou em vigor, mas a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), ainda não tem a supervisão financeira do Montepio, que ainda carece de confirmação formal do Governo, daí ontem quando questionado, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que quando é que o modelo de gestão que agora foi preparado para administrar esta entidade, que contribuirá com capitais próprios para o Montepio, respondeu que até ao final do ano será presente ao Governo para aprovação e ainda dizem que não há coincidências.

Henrique Pratas

 

 

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