Edição online quinzenal
 
Sexta-feira 29 de Março de 2024  
Notícias e Opinião do Concelho de Almeirim de Portugal e do Mundo
 

DIREITOS TORTOS

26-10-2018 - José Janeiro

Abordo novamente esta semana a estupidificação do politicamente correcto. Já tive oportunidade de referir que este facto, a acrescer à forma mentecapta com se tratam os temas fracturantes da sociedade, está a levar as pessoas ao cansaço e a abrir espaço aos que os políticos chamam erradamente “populistas”, que conotados mais com a direta vão tomando conta do eleitorado.

Na verdade os políticos do politicamente correcto, não entendem que as suas gentes estão fartas da estupidez que debitam e que se reflectem não raras vezes no pilar social, a justiça, levando ao mais doloroso absurdo por ir contra a mais elementar lógica social.

Vamos falar de três casos de justiça e direitos tortos que dominaram esta semana:

  • As fotos dos fugitivos que foram recapturados, trouxeram à praça publica a imbecilidade dos defensores das amnistias e dos supostos direitos humanos. A indignação nessas hostes, que invariavelmente aparecem a defender as ditas minorias, os bandidos e os energumenos sociais, levam as pessoas que se sentem desprotegidas perante estas bestas a olhar os populistas como a derradeira esperança na justiça. A indignação é mais dolorosa quando não houve o mesmo principio, de indignação, para com as vitimas dos que praticaram os actos escabrosos na pessoa dos mais frágeis que foram as suas vitimas. A amnistia, o governo, e as organizações dos supostos direitos humanos, não têm uma palavra de apoio ás vitimas, mas aos bandidos.
  • No tribunal de Aveiro foram colocados em liberdade um novo grupo de assaltantes violentos a idosos, talvez, digo eu, para terem uma nova oportunidade de reinserção social com novas vitimas. O desrespeito pelas vitimas destes actos ignóbeis leva-me a acreditar que os nossos juízes não estudaram os princípios de convivência social, ou foram violentados por terem sido obrigados a dar um beijo na face enrugada da avó e tal leva-os hoje homens adultos a vingarem-se nos antepassados dos outros.
  • Um homem apedrejou o seu gato e teve 2 anos de prisão efectiva. Se tivesse roubado uns milhões, se tivesse sido pedófilo, ou se tivesse agredido uns idosos a pena seria suspensa porque coitados são umas vitimas da sociedade. Não desvalorizo a importância do acto, mas comparo os crimes entre si e a conclusão é evidente.
  • Um outro tentou (não consumou o roubo) tentou, dizia, roubar um cofre no Pingo Doce e é condenado a 6 anos de prisão efectiva, mais uma vez temos a comparação entre crimes que nos leva a refletir.

Pelo que acabámos de ler, a aplicação da lei e os respectivos códigos são de leitura subjectiva pelos senhores juízes, levando a que a sua aplicação seja conforme o estado do tempo, o ciclo menstrual, a disposição do julgador ou as chatices que tiveram no transito pela manhã. Não se entende e por mais “parlapié” que utilizem para justificar tamanhos absurdos, o resultado é sempre o mesmo: o ridículo das decisões.

Tantas vezes as decisões judiciais têm o supremo objectivo de reintegração na sociedade, mas como todos bem sabemos, aquele palavreado bonito da lei não se reflecte na pratica por falta de um conjunto de instrumentos reintegradores dos que prevaricam na lógica social. Gosto de ouvir os tudologos deste país a debitarem a verborreia esterqueira com que nos presenteiam, sem terem a mínima ligação com a realidade do terreno e baseados em estatísticas para gladio dos que lideram as instituições na tentativa de mostrarem obra feita, senão a porta da fim da “comissão de serviço” (coisa interessante) escancarasse e vão para novo tacho.

Sim, 90 cêntimos, resolvem tantos problemas sociais, este é o custo de uma munição de 9 mm, os supostos direitos humanos, os supostos deveres cristãos para com o semelhante ditam a regra do não há pena de morte, claro entendo, mas e as vitimas? Tiveram os mesmo direitos dos que lhes tiraram a vida? Os mais estudiosos dizem que os países que ainda praticam a pena de morte não viram as estatísticas do crime diminuírem, até será verdade, mas a escumalha da sociedade não tem os mesmos direitos dos que pretendem viver em comunidade, os direitos humanos são para os humanos, para a escumalha não deve haver direitos dado estarem no patamar inferior de qualquer espécie terrena, é-lhes retirado o rotulo de humano e passa a ser uma coisa, e as coisas não têm direitos são iguais a um papel que amarrotamos e atiramos ao lixo.

Podem nesta fase, dizerem que estou a virar direitolas ou outro rotulo imbecil com que me queiram presentear, mas é tempo de agir, já que a permissividade legislativa ou a sua interpretação é tão subjectiva e pouco clara que permite o absurdo.

Estamos a viver uma fase social que os novos ditadores dos bons costumes levam à adjectivação de quem pensa diferente, com os piropos mais idiotas que possamos imaginar. A permeabilidade dos usos e costumes ás modernices idiotas levam-nos a caminhar a passos largos para a anarquia colectiva da moldagem cerebral, numa tirania de usos e costumes nada consonantes com a lógica humana de uma sociedade equilibrada, baseada em milénios de aprendizagem.

O erro actual da evolução, leva os de espírito lógico a pedirem o “resert” social, porque afinal o caminho trilhado, deu merda e é tempo de repensar que sociedade queremos: se governada por idiotas, se governada por ditadores que pretendem limpar as franjas sociais que entendem como escumalha social. As opções não são brilhantes.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

 Voltar

Subscreva a nossa News Letter
CONTACTOS
COLABORADORES
 
Eduardo Milheiro
Coordenador
Marta Milheiro
   
© O Notícias de Almeirim : All rights reserved - Site optimizado para 1024x768 e Internet Explorer 5.0 ou superior e Google Chrome