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O BANDO

19-10-2018 - Francisco Pereira

São 4 da manhã, estou sem dormir, malvada insónia, na rua alguém berra como se fosse pleno dia, nada de novo, nesta terra o respeito pelos outros está quase sempre ao nível da sarjeta, ou talvez ainda mais baixo, espreito pelos buracos dos estores tentando perceber quem faz aquela barulheira. Como vejo muito mal e a luz é pouca, demoro a perceber quem são, finalmente topo-os, são cinco miúdos, todos abaixo dos 14 anos de idade, conheço-os da escola onde anda o meu filho, de quando em vez andam por lá.

O que andam cachopos com esta idade a fazer aquela hora pela rua? Como é possível que crianças de tão tenra idade andem assim ao abandono? Que raio de pais são estes, que gente é esta? Que raio de país é este? Como é possível que um país permita este tipo de coisas?

Actualmente por aqui vegetam dois ou três destes bandos, pelo menos, iguais a este, quem quiser pode comprova-lo basta dar uma volta pela terreola para perceber, composto por crianças com 10, 12 ou 13 anos, que percorrem a cidade de lés a lés, são avessos à escola e ao trabalho, conforme aos exemplos que colhem em casa, começam desde cedo a tentar roubar os miúdos que vão a caminho das escolas, recorrem à coação e às ameaças, daqui a cinco ou seis anos, teremos quinze ou vinte tipos com 17 ou 18 anos que vão começar a precisar de dinheiro, que querem comprar coisas, a quem vão dar o RSI, que não vai chegar, claro está. São avessos ao esforço, excepto o necessário para roubar, trabalhar estará fora de causa, pouco respeito têm pela Lei nem pela observância das regras de civismo e respeito pelos outros, daqui a cinco ou seis anos, teremos um problema grave de segurança, porque ao invés de fazermos aplicar a Lei, fazemos de conta e deixamos esta gente andar ao Deus dará.

Provoca-me imensa confusão por exemplo que um tribunal dê razão para que seja permitido que crianças abandonem a escola por causa de uma alegada “tradição”. Portugal tem ou não leis bem definidas? Somos ou não todos iguais perante a Lei? Pois como no caso do triunfo dos porcos, em Portugal também parece que somos todos iguais mas uns são mais iguais que os outros.

Provoca-me imensa confusão que um tribunal liberte criminosos que torturam velhos para os roubar, que tipo de país querem construir ao permitir semelhante coisa? Provoca-me imensa confusão que um Estado que a mim me obriga e força a tudo, a outros só dê benesses, a outros permita tudo, um Estado que atira dinheiro para cima dos problemas e não exige cumprimento das regras que o próprio Estado concebe.

Portugal é um país absolutamente medíocre governado por inconsequentes intelectuais, disso não tenho nenhuma dúvida. Infelizmente a população na sua grande maioria são um miserável bando de degenerados, uma pobre súcia de patetas insalubres que voga ao sabor das ondas, vivem de festarolas, onde vão empanzinar-se e beber até cair de quatro aproximando-se assim das bestas que realmente são, prova-o por exemplo os números assustadores das mortes na estrada.

Prova-o também o desleixo com se tratam as crianças ou o desprezo que votam aos velhos, prova-o o abandono em que anda este bando, e pergunto-me quantos mais bandos iguais a este não existirão por esse triste país fora. Onde andam essas comissões todas, onde andam os tribunais as polícias e toda essa panóplia de instituições pagas com o nosso dinheiro? Pois andam no faz de conta, esse grande jogo nacional onde todos se afadigam a fazer de conta que realmente fazem alguma coisa sem nada fazer.

Francisco Pereira

 

 

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