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Mal informados ou talvez não

05-10-2018 - Henrique Pratas

A semana passada ouvi o Ministro das Finanças de Portugal e Presidente do Eurogrupo afirmar que não sabia quantos funcionários existiam na Administração Pública, nem quanto auferiam.

Estranhei esta informação, questionei-me será que ouvi mal, fui certificar-me e li vários jornais, para me certificar do que tinha ouvido, cheguei à conclusão de que era verdade o que tinha ouvido, aí fiquei mais incomodado, e questionei como é que é possível que o Ministro das Finanças na possua esta informação tanto mais que o seu Ministério tutela a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, não possua esta informação, tudo isto é muito estranho, só se poderá entender esta comunicação de duas formas, foi mais uma “atoarda” para baralhar o comum dos cidadãos ou então é mesmo verdade a afirmação que produziu, coisa que em meu entender não era passível de ser produzida por alguém que exerce um alto cargo na Administração Pública, concomitantemente com o exercício do cargo de Presidente do Eurogrupo, estamos bem representados, estamos.

Independentemente de ter confirmado esta informação em diferentes órgãos da comunicação social não deixo de pensar que haverá segundas intenções na produção desta afirmação, pois como já escrevi anteriormente entendo que um Ministro, seja ele de que pasta seja, no pleno exercício das suas funções e com a quantidade de assessores e chefes de gabinete para as diferentes áreas da pasta da tutela têm, em meu entender, que prestar ao Ministro informações corretas.

A veracidade desta informação só demonstra o estado a que chegámos e a partir daqui ou de muito atrás vale tudo ou quase tudo. Esta desinformação valida todos os atos de informação e contrainformação que correm nos nossos meios de comunicação social e nós nunca chegaremos a saber a verdade, porque a noticia só o é de facto numa situação de desgraça, de catástrofe ou de uma decisão politica, os acontecimentos daí decorrentes sejam eles bons ou maus nunca vão constituir noticia porque importa são as audiências e as vendas das primeiras páginas, vamos andar sempres a chafurdar em porcaria, porque é isso que vende.

Aproveitando este meu texto faço uma pequena alusão às munições que a Marinha Portuguesa, “perdeu”, caiu ou aconteceu lá o que seja, no transporte terreste entre o cais onde o navio findo de uma missão na Lituânia, atracou e o Alfeite.

Julgo que o transporte desta quantidade de munições feito por esta via é composta por três veículos, um camião de transporte pesado de mercadorias e dois jeeps, formando uma coluna com um dos jeeps à frente do camião e outro atrás para fazer a proteção do material que é transportado.

Julgo também que os dois jeeps assinalam a passagem do camião, não entendo ou não me explicaram muito bem como é que uma quantidade enorme de munições devidamente acondicionados dentro de uma caixa com as devidas dimensões, cai o jeep que deveria acompanhar a camião pesado na sua retaguarda, não dá por nada, e não fosse um cidadão atento ter dado pelo facto e ter chamado a PSP para que as mesmas ficassem à sua guarda, até que a Armada Portuguesa as fosse buscar, teríamos ou outro caso semelhante ao de Tancos. Nunca esta pequena aldeia foi tão falada com é agora, se algum dos políticos tivesse previsto que este episódio acontecesse decerto que se colocaria na primeira linha para que simultaneamente se promovesse à custa deste episódio rocambolesco, cujo desfecho esperamos ocorra com a maior brevidade possível e com o apuramento ad verdade, bem que Tancos poderia ficar para a História por outros motivos.

Assim vão as coisas cá neste pequeno País que teima em trilhar caminhos ínvios em desfavor de outros que nos conduzam a um clima de estabilidade, paz, crescimento e criação de riqueza, não saímos da cepa torta.

Henrique Pratas

 

 

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