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ESTRADAS, VIAS RÁPIDAS E AUTOESTRADAS

28-09-2018 - Henrique Pratas

Durante o meu período de férias estive ausente do País e aí experimentei conduzir em estradas que são responsabilidade de cada zona onde não existem portagens, mas que são muito melhores do que as nossas autoestradas. As autoestradas por onde andei são caras mas não têm nada a ver com as nossas, porque são seguras, têm os Quilómetros devidamente assinalados que batem certo com os do GPS e que indicam as estações de serviço que são sempre fora da estrada ou autoestrada, nada é como cá. As informações são precisas e concisas para além do controlo de velocidade que fazem nos pontos de maior sinistralidade, também controlam o tráfego por via aérea e fazem chegar aos condutores os percalços que poderão vir a ser confrontados e sugerem alternativas, tal e qual como cá.

A segurança é uma segurança ativa, não é passiva como cá, não se vê um condutor colocar-se na faixa mais à esquerda e não deixa ultrapassar ninguém. Quando fazem uma ultrapassagem têm sempre o cuidado de olhar para os espelhos retrovisores e se vêm que vem algum condutor a ultrapassar deixam-se ficar na sua faixa deixando passar o outro condutor. O condutor que vai a ultrapassar assinala a manobra acionando o pisca da esquerda e assim que completa a ultrapassagem, coloca-se no lado mais à direita da faixa de rodagem, estão a ver isto cá? Eu não, faço muitas vezes o trajeto Lisboa-Santarém e com 3 (três) faixas de rodagem apanho “maduros” que se colocam na faixa mais à esquerda, sem assinalar a manobra e que não saem de lá, por vezes tenho que ultrapassar pela faixa do meio quando esta se encontra livre, aqueles assim que me vêm passar é que saem da faixa mais à esquerda, eu às vezes interrogo-me se os condutores não irão a dormir, porque uma das regras básicas que aprendemos quando começamos a tirar a carta de condução é que devemos circular pela faixa mais à direita. Falando desta situação com algumas pessoas arranjam-me justificações o mais estapafúrdias possíveis que é o facto do piso da faixa da direita ser mais irregular, já experimentei, pode ser verdade em algumas situações mas noutras não, esta desculpa cai por terra.

Na minha opinião a atitude dos condutores só reflete a sua maneira de ser e de estar, o civismo, a educação e os princípios que os norteiam, alguns atrás de um volante assumem a agressividade que noutras circunstâncias não são capazes de assumir, esta matéria é para mim muito importante e as escolas de condução deveriam “investir” mais neste tipo de comportamento e tentar que ele mudasse, mas isto tem muito a ver com a educação de muitos de nós. Acresce a isto tudo que temos uma Divisão de Trânsito da GNR que não ajuda nada há festa, antes pelo contrário, faz atuações que não deve e o que deve não faz, por exemplo “pisar” um traço contínuo, é grave, mas não ligam, um carro a circular que gasta mais óleo do que combustível é grave, como é que esta viatura passou na inspeção e como lhes escrevi por coisas mesquinhas, chateiam a cabeça a um cidadão. Aliás tive conhecimento que alguns comandantes de postos da Divisão de Trânsito da GNR, traçaram os seus subordinados objetivos, com o intuito de serem promovidos, de imporem um plafond de multas que teriam que passar mensalmente, isto é perfeitamente inacreditável e sei que muitos dos subordinados não se sujeitaram a esta pressão dos números e dos dinheiros daí provenientes.

Como vêm no nosso País as coisas são todas a contrário do que deveria de ser, começando nas estradas, a acabar nos agentes da autoridade que supostamente deveriam ajudar quem necessita e cair em cima dos que prevaricam, nada disto acontece.

Aliás no País que vos escrevo as estadas têm melhores condições que as nossas autoestradas, com a vantagem de não se pagar nada e o condutor circula com a mesma ou mais segurança do que circulasse numa autoestrada em Portugal.

Foi esta a decisão que tomámos, por isso não nos podemos queixar.

Henrique Pratas

 

 

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