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A miragem

31-08-2018 - Francisco Pereira

Li numa destas semanas passadas, uma notícia sobre um acto deveras reprovável mas que quadra bem com a caterva de javardos que compõem a sociedade deste país. Dizia a notícia que um indivíduo, sentindo as urgências da natureza, não foi de modas, pespegando uma valente mijadela no interior de um autocarro, pertença de uma Junta de Freguesia que o havia cedido para transportar já não me recordo quem para fazer qualquer coisa. Dizia ainda a notícia que estava a rapaziada lá da tal Junta de Freguesia muito indignada com o mijão, e muito bem, porque aquilo não é coisa que se faça.

Não querendo desculpar o homem, não estando na posse de todas as informações, podemos aduzir no entanto em sua defesa a existência de alguma patologia que conduza a tal acto, filho de pouca reflexão. A não existir tal condicionante ou outra qualquer maleita que o justifique, o senhor mijão é só mais um javardo, dos muitos que fazem desta grande sociedade de suínos que somos.

Basta observar o parque de estacionamento próximo da rua onde resido, entre velhas porcas e velhos porcos com cães a mijar e a cagar por todo o lado, senhores e senhoras de estirpe superior que se aliviam atrás dos carros, senhoras e senhores, dilectos filhos de Ceausescu, para não lhes chamar outra coisa, que se empanzinam com cerveja e deixam as garrafas e as latas no chão quando a dois ou três metros tem contentores, o que mais haverá para dizer, somos um antro de javardos imundos.

A “Reciclagem” é uma patranha, aqui à volta temo bem que apenas uma em cada dez famílias tentem reciclar os lixos domésticos, porque uma inspecção rápida aos contentores revela que de novo estamos perante um povaréu de javardos, uma curta observação dos hábitos aqui dos indígenas revela que a “Reciclagem” é uma miragem, os contentores estão sempre cheios de tudo e mais alguma coisa, raros são os cidadãos conscientes que reciclam, sendo que o mais são javardos, de raças, cores e proveniências variadas, todos com a mania que são diferentes uns dos outros, todos clamando diferenças culturais e culturas próprias, sendo porém certo que os irmana um mesmo ponto comum, a porcalhice congénita que lhes vai no sangue, podem ate ser de cores e proveniências diferentes, mas são todos uns grandes, uns grandessíssimos javardos.

E é este género de bestas quadrúpedes, que todos os dias encaramos, que todos os dias toleramos, a quem pagamos subsídios, reformas, salários, gente javarda, rebotalho, escória das sociedades, esta ralé medíocre, que é o grosso da sociedade portuguesa actual. Longe vai o tempo em que se cuidavam das ruas, onde era raro encontrar papeis espalhados, existia então um brio, um gosto por cuidar do asseio e da limpeza que desapareceu, perdeu-se esse gosto pelo asseio, tempos antigos dirão uns, é o progresso dirão outros, ora se isto é o progresso, bardamerda o progresso e a modernidade.

Bem pode o faz de conta que é Ministro do Ambiente vir para aí arrotar postas de pescada, porque na verdade isto da “Reciclagem” é uma miragem, com gente desta, nunca passemos da cepa torta, seremos sempre um país medíocre um antro de javardos.

Francisco Pereira

 

 

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