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POR QUÉ NO TE CALLAS

24-08-2018 - Henrique Pratas

As declarações, do Presidente do Eurogrupo, ou não fosse ele português era melhor que não tivessem ocorrido e fez-me lembrar as palavras que dei o título a este texto, pronunciado pelo Rei de Espanha Juan Carlos numa Cimeira Ibérica ou Latina que farto de ouvir Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, não se conteve e pronunciou o que escrevi em título.

A mesma coisa se aplica ao Presidente do Eurogrupo, na comunicação que fez e fez a apologia à máquina do regime de propaganda norte-coreano, se foi com intenção ou não, não sabemos mas que que eu essa ideia deu.

De facto nós portugueses somos poucos que podemos chegar a lugares de Estado porque não sabemos estar e esta alocução é demonstrativa disso. Um rapaz vindo do Algarve, para estudar em Lisboa, mal sabia que iria chegar a Ministro das Finanças e ainda a Presidente do Eurogrupo, não por mérito mas por acasos do oculto, sai-se com a afirmação” a reconquista de autonomia financeira da Grécia traz-lhe maiores responsabilidades”, isto diz-se a um garoto, não a um País soberano.

Este dislate já era de esperar porque não é o 1.º algarvio que vindo lá das terras do Sul do País, já um outro, de má memória que chegou a Primeiro-Ministro e a presidente da República, sabe-se lá como, cometeu gafes, mas este último raramente se enganava e nunca tinha dúvidas. Afigura-se-me que o primeiro que mencionei vai pelo mesmo caminho, faz aquele cara de menino copo de leite, quando as coisas não lhe correm ao jeito e que nós na instrução primária apanhávamos um” nonhecas” deste tipo lhe dávamos umas boas galhetas para ele espertar.

O “rapaz” que não sabe como é que chegou àquela posição ou talvez saiba, fazendo os fretes todos que os alemães, franceses e restantes Países dominantes e que ao nível interno anunciou que o rendimento disponível das famílias iria aumentar, o que ele não disse é quais eram as famílias, porque em vez de impostos diretos, temos impostos indiretos em barda e a situação dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos precários não são resolvidas tal e qual como o partido que ele integra o Governo, Partido Socialista, anunciou em época de candidatura, o costume, prometem, prometem e nada cumprem, já não nos admiramos.

Do ponto de vista económico as medidas que foram implementadas, são apenas medidas de carácter curativo e não preventivo, explicando melhor, onde é que está a criação de emprego em sectores produtivos da nossa economia, onde é que o rendimento disponível das famílias foi aumentado, onde é que o Investimento Público e Privado foram realizados, para que a economia do nosso País daqui a 20 ou 30 anos estivesse perfeitamente alicerçada e suportada em pilares consistentes, ou fim e ao cabo o que é que se resolveu, com vista a ter um País melhor daqui a uns anos valentes? Nada acrescento eu, porque o que se fez e faz é só trafulhice atrás de trafulhice, varre-se o lixo para debaixo do tapete, alguém que vier atrás, varrerá certamente para outro lado se existir espaço.

Isto para nós que somos ribatejanos e gostamos de pegar o touro pelos cornos e não de cernelha causa-nos náuseas no mínimo.

Yannis Varoufakis, ex-Ministro das Finanças da Grécia e que nunca cedeu às imposições troikianas, apresentando mesmo a demissão de cargo que exercia no Governo grego porque do ponto de visto económico não estava de acordo com as medidas que queriam implementar.

A Economia é feita por pessoas, os modelos económicos também, sejam eles mais complexos ou menos, nunca são políticos a não ser que as classes dominantes o imponham. Os modelos económicos fazem-se para melhorar a economia de um País e de um Povo, se os políticos mexem as variáveis para o lá que lhes mais convém isso será problema deles não venham é com conversas de merda que não levam a lado nenhum, afirmando que é a conjuntura que criou a situação e quem é que deu aso a que a conjuntura fosse essencialmente especulativa, falsa, e sem consistência económica, julgo que não é preciso dar resposta a esta questão.

Este Governo e o anterior fizeram com que os funcionários do Estado não tenham aumentos salariais há mais de 10 anos, sim dez anos. Isto não justifica o desempenho dos seus trabalhadores, mas deixo à vossa consideração se isto acontecesse convosco como é que sentiriam, trabalhariam com gosto e de uma forma profissional? Existem pessoas que ainda o fazem e são essas que fazem andar o sistema, os restantes são mais comes e bebes.

Eles sabem com quem lidam, porque se este Povo não fosse tão abnegado, teriam uma resposta à medida, mas enquanto isso não acontece, esperemos por dias melhores que para piores já basta assim.

A Economia foi criada para melhorar as condições de vida da generalidade das pessoas, não para nos atormentar a vida.

E se o Presidente do Eurogrupo se calasse.

Henrique Pratas

 

 

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