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PSD

24-08-2018 - Joaquim Jorge

O PSD esteve a ferver mas não entrou em ebulição.

Ora vejamos:

1 - Pedro Santana Lopes formalizou a sua saída do PSD, todavia o enfant terrible já não é o que era. Se o tivesse feito, há uns anos atrás, depois do que se passou com o seu governo, teria feito enorme mossa no PSD e poder-se-ia ter partido ao meio. Actualmente, depois de ter tido 46% dos votos nas eleições internas e feito um acordo com Rui Rio não é perceptível aos seus militantes e ao comum do cidadão esta saída. Posso enganar-me, mas se o novo partido não apresentar nada de inovador, limitando-se a ser uma afirmação pessoal e de protagonismo não colherá nos portugueses.

2 - Pedro Duarte que apoiou Rui Rio diz-se disponível para ser líder. Tem todo o direito de marcar o seu espaço e se colocar na pole position, todavia peca por extemporânea. Recentemente houve um congresso e para se convocar um congresso extraordinário é preciso 3500 assinaturas de militantes. Acho que no PSD deve-se falar menos e fazer mais.

Nada disto vai afectar muito o PSD, uma coisa é o que querem determinadas figuras em cada momento, outra bem diferente é a realidade. A realidade é que Rui Rio é o líder e tem mandato para disputar eleições legislativas em 2019 . Se correr mal ao PSD nas eleições regionais na Madeira e nas europeias, e a seguir, perder as eleições legislativas Rui Rio terá guia de marcha.

Mais do que a saída de Santana Lopes e o desafio de Pedro Duarte, Rui Rio, anteriormente, ao ter a seu lado Elina Fraga na justiça, os sintéticos do Salvador Malheiro investigados pela justiça, o currículo de Feliciano Barreiras Duarte, recentemente, as declarações infelizes na Madeira, a aproximação dissimulada a António Costa, a dificuldade de articular uma estratégia relevante, tudo isto faz mais mossa do que se possa imaginar.

Um líder da oposição que aspira ao poder está sempre sujeito a muitas críticas e dissidências. O líder é Rui Rio, isso é insofismável e não vale a pena escamoteá-lo. O PSD sempre sofreu da patologia "síndrome do poder" e quando vê que não chega lá entra em convulsão. Este é um problema latente e preocupante, o PSD arredado do poder para lá de 2019. Aí sim, depois das legislativas de 2019, Rui Rio pode sair obrigado ou pelo próprio pé. Tentar isso, antes, é um suicídio político. Não se pode andar a brincar aos líderes no PSD, só porque não se gosta do actual líder (Rui Rio). E, muita atenção, por um golpe de mágica Rui Rio pode fazer uma coligação com António Costa e sobreviver, nós sabemos como o poder amacia tudo, até dos mais críticos.

Biólogo , fundador do Clube dos Pensadores

 

 

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