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DINHEIRO

17-08-2018 - HenriquePratas

Na nossa sociedade estamos a travessar uma fase em que o dinheiro é que vale tudo os valores e princípios nada. O dinheiro como poderão ler a seguir deveria única e exclusivamente para ser usado como meio de troca de bens, na forma de moedas ou notas (cédulas), usado na compra de bens, serviços, força de trabalho, divisas estrangeiras ou nas demais transações financeiras, emitido e controlado pelo governo de cada país, que é o único que tem essa atribuição. É também a unidade contábil, o seu uso pode ser implícito ou explícito, livre ou por coerção. Estamos em crer que a origem da palavra remete à moeda portuguesa de mesmo nome (o dinheiro).

A emergência do dinheiro não depende de uma autoridade central ou governo. É um fenómeno do mercado; na prática, entretanto, os tipos de moeda mais aceites atualmente são aquelas produzidas e sancionadas pelos governos. A maior parte dos países possuem um padrão monetário específico — um dinheiro reconhecido oficialmente, possuindo monopólio sobre sua emissão.

Algumas exceções são o euro (usado por diversos países europeus) e o dólar (utilizado em todo mundo).

O dinheiro em si é um bem escasso. Muitos itens podem ser usados como dinheiro, desde metais e conchas raras até cigarros ou coisas totalmente artificiais como notas bancárias. Em épocas de escassez de meio circulante, a sociedade procura formas de contornar o problema (dinheiro de emergência), o importante é não perder o poder de troca e compra. Podem substituir o dinheiro governamental: cupons, passes, recibos, cheques, vales, notas comerciais entre outros.

Na sociedade ocidental moderna o dinheiro é essencialmente um símbolo – uma abstração. Atualmente as notas são o tipo mais comum de dinheiro utilizado. No entanto bens como ouro e prata mantêm muitas das características essenciais do dinheiro.

Do que vos acabei de escrever não me recordo de utilizar a palavra afetos no meio desta pequena definição do que é o dinheiro e para que serve.

É certo que me dirão que sem ele não fazemos nada, perfeitamente de acordo, mas algumas pessoas com pouco farão muto e outras com muito farão muito pouco, é aqui que entram outros fatores que não o dinheiro puro e duro.

Nós em Portugal possuímos um salário médio muito baixo, o salário mínimo, considerado como de subsistência é ainda menor, tenho muitas dúvidas como é que as pessoas que o recebem conseguem viver com dignidade, mas os nossos Governantes, Patronato e a União Geral de Trabalhadores acham que sim quem sou eu para os contrariar.

A forma de distribuição da riqueza em Portugal está perfeitamente inquinada e desvirtuada, mas não fazemos nada para alterar as coisas temos que viver com o que temos e com as “migalhas” que nos querem dar. Entendo que esta distribuição deveria ser feita de acordo com o contributo de cada uma para a constituição de riqueza neste País. Sendo mais explicito um trabalhador que é mais profissional, que é mais eficiente e eficaz e que tem um desempenho mais consentâneo de acordo com os objetivos da organização para onde trabalha ou presta serviços deve ser remunerado de igual forma, esqueçam lá isso dos fatores compadrio, sobrinho, filho, enteado, afilhado ou outra figura qualquer que se recordem, cada um deveria ser avaliado única e exclusivamente pelo seu desempenho profissional.

Costuma-se dizer em Portugal que o dinheiro não dá felicidade mas que dá uma coisa tão parecida que nós não conseguimos distinguir. É certo que tem dinheiro pode fazer mais coisas para que seja feliz, mas será que essas mesmas pessoas conseguem a felicidade na sua plenitude, ou a mesma será momentânea?

Outros com uma perspetiva mais ampla e não tão egocentrista desenvolverão outros processos que envolverão toda a sociedade ou parte dela será que não se reconhecerão nestes uma felicidade e um exercício de cidadania mais amplo?

Deixo-vos estas questões por que certamente, elas já vos passaram pela cabeça muitas vezes e a que conclusões chegamos, provavelmente umas vezes a umas e outras vezes a outras, qual será a certa?

O que é facto é que vivemos numa sociedade em quem dinheiro é quem tem importância, consegue ter acesso à saúde e a outros bens mais primários que deveriam ser de acesso fácil a todos e não são, como podemos constatar todos os dias, independentemente dos políticos nos tentarem enganar todos os dias, com as patranhas e promessas usuais que nunca serão cumpridos ou que vão par o baú do esquecimento, até que alguém se lembre de as desenterrar novamente.

Henrique Pratas

 

 

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