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É FARTAR VILANAGEM…

01-06-2018 - José Janeiro

1 O ar ingénuo com que nos brindam quando apanhados em flagrante delito, aqueles que se intitulam governantes, só tem comparação com o “eu não fiz nada” que todos nós praticámos quando putos depois de sermos apanhados em falso pelos pais. Eles, ou nunca cresceram, ou optam pela burrice, ou julgam os demais uns imbecis.

O surpreendente da questão dos recentes acontecimentos com incompatibilidades de funções, é tanto mais grave quando os que foram apanhados em falso, são advogados! Deixando no ar a duvida que estamos perante uma chusma de incompetentes que afinal não sabem nada sobre a legislação vigente, ou fazem-se de burros para não serem intitulados de ímprobo (coloco palavra cara para ser mais fácil o entendimento pelos sotores da mula ruça).

Os casos repetem-se até à exaustão e ficam encobertos no encolher de ombros de todos, passando rapidamente à normalidade da vida. Estes tipos pensam em nós como uma rotunda, procurando “dar-nos a volta”, sobre os temas que são de uma vilanagem atroz.

Comparemos. Os tipos que deram uma surra aos jogadores foram encarcerados com uma rapidez estonteante por actos de terrorismo, os tipos que semeiam o terror nos Portugueses vêm os seus processos arrastados indefinidamente em sucessivos recursos, ambos são criminosos só que um de cachecol verde e outros de colarinho branco, apenas a indumentaria é diferente. A justiça é tanto mais anedota, quando um magistrado, Ivo Rosa, anula inquéritos à EDP, sabe-se lá com base em quê, e nada acontece, parecendo um acto de uma normalidade extrema, apesar dos emails ditarem o complot existente.

Assistimos então este fim-de-semana a um congresso do PS, que mais parecia um teatro de variedades, por, digo eu, não haver nada para discutir que interessasse ao povão. Mas a tirada mais hilariante foi a diarreia mental do tal que se caga para tudo, o inigualável Ferro Rodrigues, que disse e cito: “o combate à corrupção está no ADN do PS”, falta saber que ADN é esse, se é o Acido DesoxirriboNucleico, ou se é Adulteramos Definifivamente a Notação-das-coisas. Realmente não há ponta por onde se pegue.

Esta gente que nos (des)governa ultrapassa todos os limites da decência e da impunidade, não há aqui lugar para gente seria, a turba aproveita-se indecentemente dos buracos legislativos da legislação imperfeita que eles mesmo aprovam, estou em querer, que desta forma, para se conseguirem escudar no suposto “rigor” do uso da lei para justificarem os seus actos ignóbeis… e nada acontece tudo se esquece!

Sinto vontade em ser desonesto e mandá-los bugiar.

Sinto vontade de fazer greve aos impostos e mandá-los á merda.

Sinto vontade de fazer uma nova revolução e atirá-los aos tubarões.

Não podemos continuar a admitir com um sorriso nos lábios e um complacente encolher de ombros, este profundo desrespeito e acima de tudo, gozo com a minha cara, desta gentalha que escolhida pelos partidos nos é imposta como sendo gente de bem.

2 Um recente anuncio que pretende, num objectivo claro, sensibilizar as mulheres para os prejuízos do tabagismo (género que segundo estudos sofreu um aumento significativo em contraponto com o género masculino que se reduziu), provocou a ira das feministas e defensoras da igualdade de género por, imagine-se, apelar á redução de tabaco apenas nas mulheres e as ter chamado de “princesas”. Confesso que não sei como classificar a burrice! Mas o fundamentalismo com que estes casos são tratados só tem comparação com os actos de terror perpetrados por religiões que desrespeitam a vida e o ser humano.

Sim, são iguais na forma e nos objectivos: infernizar a vida das pessoas em nome de um qualquer ideal. Esta gente seguramente são umas mal-amadas e mal fo#$%das, não tenho outra imagem para os classificar.

3 E a votação decidiu: Não!

Assistimos por estes dias a um circo ideológico com laivos de desinformação e idiotice. A esquerda marxista e a direita conservadora conseguiram unir-se sob a capa do humanismo para limitarem liberdades individuais e legalizaram a DISTANASIA ( o prolongamento do processo da morte através de tratamentos extraordinários que visam apenas prolongar a vida biológica do doente), em suma o direito e o dever de sofrer, por uma causa anti-natural a que chamamos vida quando no estado crítico da morte inevitável.

Confunde-se vontade, com obrigação, confunde-se eutanásia, com “morte dos velhinhos”, conforme cartaz na manifestação contra, confunde-se direito sobre a sua própria vida, com propriedade da vida por outrém, confunde-se despenalização de um acto, com legalização da pena de morte, confunde-se bom senso, com parvoíce e estupidez, confunde-se cuidados paliativos, com inutilidade do sofrimento.

Sim, todos têm o direito á sua opinião, claro que sim, mas também todos têm o direito de opção quando o sofrimento não é desejado e isso NINGUÉM tem o direito de coartar ideologicamente. Paradoxalmente podemos desligar uma máquina deixando o curso do fim de vida acontecer, sem sabermos se com dor ou não, mas não podemos abreviar esse acto sem que haja sofrimento, seja a pedido do próprio, por assim o conseguir expressar, ou por ter expressado esse desejo anteriormente , via cuidador próximo que sabe qual a vontade daquele ser que ali luta para morrer sem dor. E NÃO , NÃO é um acto sujeito a qualquer pensamento de índole religiosa ou outra tolice pouco clara.

A minha mãe no fim da vida estava numa cama a tentar respirar de forma dolorosa e manteve-se assim sem consciência durante 3 longos e penosos dias… não aguentei mais e perguntei á médica que me ia dizendo que apenas restava esperar, se a minha mãe estaria em sofrimento e a resposta foi “não conseguimos saber”, disse-lhe então: “por favor na dúvida dê-lhe algo para as dores, não consigo conceber o sofrimento potencial” e a médica fez-me a vontade e administrou-lhe algo (não sei o quê) para a eventual dor que estivesse a passar pelo frágil corpo da minha mãe e passado algum tempo senti que morreu tranquila. Sim! É disto que se trata! MORRER em TRANQUILIDADE! Quero que façam o mesmo por mim quando estiver na fase final da minha vida, é o mínimo que se pede.

Não consigo entender qual a dúvida dos paladinos do NÃO, e apenas desejo que esses, que pensam dessa forma obtusa, tenham a morte com o maior sofrimento que a dor lhes possa entregar, para assim expiarem a ignobilidade do seu acto.

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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