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Saídas

09-05-2014 - Francisco Pereira

A Troika vai sair! Cheios da presunção própria dos pobres de espírito a tralha ministerial e os seus acólitos e respectiva camarilha partidária exulta o resultado, reclama os louros e anuncia o futuro paraíso terreal. Não querendo ficar fora da estúrdia patética, sua excelência o senhor presidente da república, apressou-se a proferir mais uma das suas infelizmente costumeiras bojardas, inquirindo os que desconfiavam do sucesso da aleivosa política de extermínio ideológico que o seu governo por si carregado ao colo colocou em prática. Perante isto confessamos a nossa mais profunda abjecção por esta gentalha.

Mas ao que parece a saída da Troika, não será bem como se diz, os tecnocratas troikianos ficaram de olho nos mentecaptos que que vão estando no poleiro desta gaiola de malucas chamada Portugal, porque não podem permitir a estes loucos ineptos que voltem a deixar descambar isto tudo e abrindo nova brecha no projecto do Euro.

Objectivamente e a bem da verdade, este “milagre”, tem vários protagonistas, o primeiro é o secretário americano John Kerry que há uns meses veio dizer à fraulein Merkel, que a coisa tinha que mudar, que não era sustentável e que se a Europa entrasse em colapso os EUA depressa entrariam em crise, os americanos perceberam a tempo que a crise do Euro e que a especulação que fazem as muitas instituições que compõem essa coisa tenebrosa chamadas “os mercados” estavam a arruinar a economia mundial, para além de factores não controláveis, como sejam os factores meteorológicos e os factores de instabilidade politica como a Venezuela, a Ucrânia e o Médio Oriente que com a síria vive uma espécie de paz podre que pode rebentar a todo o momento, por tudo o isso, Kerry veio dizer aos alemães que era tempo de se deixarem de tretas e fazerem algo.

Nem de propósito logo nessa semana, Mario Draghi vem dizer que fará tudo para apoiar os países em dificuldades, as taxas de juro baixam, e Merkel anuncia que o melhor é sempre as saídas limpas, não nos esqueçamos que as eleições europeias estão à porta e que a senhora chanceler precisa de fazer boa figura dado que os seus concidadãos, esquecidos que estão das dívidas que lhes foram perdoadas, não querem gastar mais um chavo a ajudar os molengões do sul da Europa.

Por último, o povo deste país, um povo cada vez mais acabrunhado, vergado às elites obscenas e corruptas que vão engordando cada vez mais, o mesmo povo analfabeto e asno que corre a votar nos mesmos espoliadores de sempre, que se mostra solidário para além de tudo o que seria de esperar, este é o último dos protagonistas, estes dez milhões de pobres diabos, que se arrastam sem a mínima noção do que se passa.

O Governo, infelizmente, tem pouco ou nenhuma glória no actual processo, limitou-se a aumentar preços, a lançar impostos e pouco mais. Onde está a economia? Onde está a reforma do Estado? Onde esta a reforma séria deste modelo político? Onde está a poupança com as obscenas rendas políticas? Onde está a verdadeira criação de um país moderno e realmente Democrático?

Não está! Nada disso fez parte das prioridades desta classe política que enche um parlamento de discussões inúteis que não levam a nada. Entretanto voltámos aos mercados, voltámos a emitir dívida, voltámos a endividarmo-nos, e de novo não estamos a criar um país sustentável, daqui a 5 a 10 ou menos anos, voltaremos a estar afundados em problemas, porque nestes últimos 3 anos destruímos quase tudo, agudizamos um problema demográfico preocupante e matámos a esperança para milhares de jovens que dificilmente retornarão ao seu país, perguntamos como há 40 anos “ E depois do Adeus?” Haverá saída?

Francisco Pereira

 

 

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