SENSAÇÕES
04-05-2018 - José Janeiro
Sabem aquela sensação de que o dedo está no lugar errado e ainda andam á volta pelo olho cego? Pois é assim que me sinto!
Pilha galinhas versus pilha milhões
Um bacano no Funchal terá desviado qualquer coisa como 2 milhões de euros ao erário publico via trafulhices na conservatória do registo automóvel, logo logo foi condenado a 7 anos de prisão e a devolver o guito de que se apropriou. Obvio que neste caso teremos que nos vangloriar com a rapidez da justiça, cujo julgamento começou em Setembro passado, mas olhando friamente e em perspetiva vemos os outros, aqueles a quem pagámos as trafulhices de cerca de 3% do PIB nacional que nem são condenados, ou se são, são-no com pena suspensa e nem têm que devolver o que roubaram, ou apenas andam livremente a passear-se nos centros comerciais como se nada fosse.
Mais uma vez, a justiça, simbolizada naquele “boneco”, não há outra expressão, com espada e olhos vendados, não passa disso mesmo, um boneco mal enjoncrado, que engana o pagode.
Aquela sensação de encavadela com vaselina com areia é uma sensação como que de violência anal não desejada, mas profundamente sentida por todos os cidadãos de bem.
Mas como já temos cá pouca gente com jogadas e jogatinas, mais uns roubos e roubinhos, esta semana temos mais dois casos: O Manuel Pinho que foi assalariado do antigo BES enquanto ministro e está a ser crucificado por falta de cartão partidário e o relatório demolidor de gajo da ADSE enquanto gestor na PT ACS. Se no primeiro caso temos um tipo entregue ás feras por ter cometido dois crimes, um efectivo e outro de lesa partidarite, no segundo temos um relatório confidencial em que apenas se branqueiam crimes cometidos, mantendo o relatório em banho de maria para, digo eu, servir de arma de arremesso mais tarde para obter vantagens.
É caso para perguntar: mas em 10 milhóes de pessoas, há alguém honesto? A quantidade por habitante de sacanaices é só comparável com o Brasil que aprendeu via genes as manhas e artimanhas.
Milhões que voam como andorinhas na Primavera
Finalmente alguém exige saber quais são os grandes devedores da banca intervencionada com ajudas do Estado, para finalmente apontarmos o dedo á bandidagem. Não sei se mais uma vez iremos ficar com aquela sensação de mistério devido ao segredo bancário, coisa que evita há muito que aqueles que pagaram buracos venham a saber em definitivo porquê.
Por aqui já escrevi em tempos idos que devemos conhece-los um a um, o que deu origem ao credito, que garantias há, e porque não há arrestos que protejam os créditos, mas isso demorou anos até que alguém acordasse e começasse a exigir o obvio.
Esperemos que finalmente se possa colocar ordem nesta gentalha que há muito anda em roda livre impunemente.
… mas se acham que viram tudo em termos de buracos e buraquinhos ficámos a saber que o actual Presidente da CGD e ex-ministro da saúde, decidiu que não gostava de uns tipos da equipa e decidiu-se por indeminizações principescas, assim como 1 qualquer coisa milhões de euros pela chatice de serem persona non grata.
E assim andam mais uns milhões á solta por aí por simpatia ou falta dela.
É caso para começarmos a ver quem será ou serão os próximos, mas que a vergonha na cara não existe isso não.
Até para a semana
José Janeiro
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