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PORTUGAL: UM PAÍS ANEDOTA!

02-03-2018 - Francisco Pereira

Dois casos singelos, que provam que Portugal, que dizem ser um país. É na verdade uma anedota, das melhores e das mais pitorescas, que faz rir a bandeiras pregadas, possivelmente candidata a um Óscar, caso concorra algum dia.

Caso primeiro. A semana passada, li num jornal diário, que, foram vítimas de agressões alguns enfermeiros e um segurança do Hospital de São João no Porto, porque uma família de DDT’s, não quis estar à espera para serem atendidos, como não estão habituados pareceu-lhes mal.

Entretanto o “Grande Chefe Feiticeiro” desse clã DDT, resolveu e bem, dar uma desanca, diz ele aos prevaricadores, vai daí puxou do manual da “tradição” dessa tribo e arranjou uma pena para os sevandijas.

Até aqui tudo bem, se estivéssemos numa qualquer selva, ora ao que parece, não estamos. Alegadamente, estamos num país civilizado, um Estado de Direito, uma Democracia com tudo o que isso possui de bom e de mau, sendo que esta agressão, parece provar que por cá habitam criaturas selvagens e reles, que ademais possuem, dizem eles, cultura, leis e tradições próprias.

Ora isso é excelente, possuírem cultura, leis e tradições próprias, é óptimo para começarem uma nação, ora querendo ou fazendo parte de uma Nação já existente, com uma Constituição, à qual ninguém liga, com Leis, às quais todos se esforçam por desobedecer, a tal cultura, leis e tradições próprias, tem de ficar só para casa, na rua as Leis são as que regem todos e tem de ser cumpridas.

Parece pois que em Portugal, existe uma outra Nação com cultura, leis e tradições próprias, que se está positivamente a cagar para o cumprimento da Lei e das regras da convivência social, a que todos os outros se encontram obrigados, estando tão somente interessados em estar neste país na imediata proporção daquilo que lhe possam sugar para viverem sem fazer nada. Parece então que existem portugueses de primeira e de segunda. Ora se isto não é uma anedota, não sei o que será.

Caso segundo. O futebol é a grande religião não oficial de Portugal. Milhares de horas se gastam a discutir o “sexo dos anjos” no futebol, com comentadores e comentadeiros, painéis e senhores que fazem parte do painel, dirigentes e presidentes, jogadores e contendores, adeptos, jornais, jornalistas e jornaleiros, pontua aqui um denominador comum, a absoluta grunhice desta gentalha, que com poucas excepções são um exemplo acabado do rebotalho medíocre que somos enquanto sociedade.

Ora acontece que figurinhas tão ocas e medíocres como seja um qualquer presidente de clube de empurra bolas, vem às televisões e debita impropérios, colocando em causa um Estado e um país, e nada se passa, porque Portugal é efectivamente uma anedota de país, porque num outro qualquer Estado onde a decência e as valores da honestidade e ética fossem valorados este tipo de criaturas era imediatamente detido, aqui na anedota chamada Portugal, “no pasa nada”

Daí eu acreditar que não precisamos de Assembleia da Republica, de Governos, centrais nem locais para nada, assim como assim, dá igual, assim como assim quem manda é o futebol, logo bastar-nos-ia uma espécie de Federação de clubes para governar isto tudo, provavelmente até fariam melhor figura que as actuais instituições.

Daí eu acreditar que somos um país de anedota, para o provar, enquanto escrevo isto acabo de saber que desapareceu um computador pertença de um inspector do Ambiente com dados sobre o caso obsceno da poluição do Tejo, ora se isto não mesmo uma anedota, não sei o que mais possa ser.

Francisco Pereira

 

 

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