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QUE DIZER DISTO?

16-02-2018 - José Janeiro

Quatro acontecimentos marcaram a sociedade de forma negativa esta semana:

1. A DISCUSSÃO SOBRE A EUTANASIA

Fiquei impressionado com o que li e ouvi. Entre eufemismos, apelos pungentes de organizações religiosas, gente mais ou menos supostamente informada e defensores do prolongamento da vida com cuidados paliativos, tudo valeu para limitar a vontade própria do ser humano em ser dono da sua vida e não outro qualquer estulto que acha que deve decidir sobre a vontade individual.

Gostaria que, definitivamente esses paladinos respondessem a uma pergunta simples: Mas a eutanásia ao ser descriminalizada, torna-se obrigatória? Será?

Quem ouvir esta turba intelectualoide falar, fica com a sensação que são os donos da verdade e que a legislação do acto passa a ser a abertura necessária para assassinatos em massa, mesmo contra vontade dos próprios. Ouvir estas “sentenças” que são uma reedição, do que foi dito na sequência da aprovação do aborto e da legalização do consumo de drogas, em que todos nos lembramos, que os mesmos paladinos de mente distorcida, argumentavam que a existência dessa despenalização, para os actos referidos, seria respectivamente uma forma de contracepção e uma desgraça porque todos iriamos ficar uns janados. Ora, esses mesmos estultos vêm agora ditar uns bitaites da maior abominação possível: devemos, segundo a teologia deles, respeitar a morte no mais profundo sentimento sacrificional de respeito por uma divindade louca, que nos deve ver sofrer para espiar uns pecados, que só eles, acreditam que o são.

E assim temos a discussão de um tema importante para a liberdade individual transformado nuns balbucios de inspiração religiosa, sendo que o acto de “boa morte” (eutanásia), fica apenas reservado a um deus qualquer supremo, que num acto de sadismo louco, decide que o sofrimento individual é libertador. O mais estranho no meio deste raciocínio, de elevada doutrina, é que o doutrinador nunca se pronunciou sobre bosta nenhuma, restando aos seus defensores o apontamento como verdade suprema.

O sádico que escreveu os cânones piedosos que regem a vida dos crentes tinha que ser forçosamente um mal-amado e frustrado, que se decidiu pela infernização da vida dos seus semelhantes, ao abrigo de uma inspiração excelsa vertida em paradigma existencial.

Haja pachorra para os aturar.

2. UMA IGREJA ASSEXSUADA

Sim, o Cardeal é um empata f$#das, dito isto vamos ao tema.

Não consigo entender o que a igreja tem contra o sexo, essas aberrações ainda não entenderam que foi fruto a ele que conseguem viver e entrar em delírio com esses disparates. O “crescei e multiplicai-vos” parece ter sido substituído pela “obra e graça do espirito santo”, para a existência de reprodução, num acto de encornamento divino.

A inspiração do JC para esta igreja, resume-se ao sexo e ao seu suposto nascimento divino de concepção virginal assexuada. Os tipos entraram numa espiral de loucura anti genitália, que os tem levado ao desvario por comprometimento de abstinência, que como bem sabemos, não é de todo verdade. Houve um Padre, que após apurado estudo, chegou á conclusão que a pivia degenera o cérebro e agora fica clara a razão do Cardeal perante a proposta de abstinência para os recasados: pivia a mais degradou-lhe o tino.

Mas como se não bastasse, em sua defesa vem o Padre Feytor Pinto com uma tirada brilhante, que o Cardeal apenas quereria “iluminar” os recasados, sou só eu que acho isto pornográfico? Imagino a cena iluminadora: um Padre com uma lamparina de azeite e pavio no quarto dos recasados a iluminar e controlar a situação, qual Carlão(*) religioso abanador de consciências.

No transe de controlar a vida das gentes, a “ciência” religiosa, dedica-se e delicia-se com o atormentar de consciências dos seus seguidores. Resta-nos a esperança de que o ridículo consiga mudar os que cegamente acham que um deus qualquer comanda a vida em todos os aspectos, mais bizarro e parvo do que isto não há.

Haja pachorra para os aturar.

3. LAGOSTINS POLUIDORES

Nunca um acto científico foi tão correcto e quem não percebe de ciência, não interfira. O Presidente da Camara de Vila Velha de Rodão, descobriu cientificamente que o responsável pela poluição no rio Tejo é a introdução do Lagostim.

O facto científico é fácil de explicar: As espécies autóctones como barbo, sável, siluro ou outros banqueteavam-se nas descargas poluidoras, inúmeras vezes presenciei os bicharocos de guardanapo preso no “pescoço” e faca e garfo em cada barbatana nos locais de descarga, todas as populações ribeirinhas o sabem. Entretanto, uns malandros, introduziram os Lagostins neste ecossistema equilibradíssimo e os bichinhos foram comendo as espécies autóctones e a desgraça aconteceu, não só desequilibrou este meio estável, como teve outro efeito colateral, o Presidente da Camara de Vila Velha de Rodão gosta de Lagostins ficou com merda na cabeça e perdeu o juízo, ou isso ou foi da pivia. Isto leva-me a pensar: será que o Cardeal também gostará de Lagostins…

Haja pachorra para os aturar.

4. PRIORIDADES

Estou feliz! Imaginem que posso levar o meu bichinho de estimação a jantar fora e em simultâneo posso abandonar os idosos nos hospitais ou na rua, sendo que a melhor altura para esse acto supremo é nas férias e no Natal, datas em que o idoso mais chateia por não ter ainda morrido.

Não consigo entender as prioridades. Outras escabrosas se perfilaram: foi criminalizado o abandono e maus tratos dos animais, mas os idosos, esses “animais” desprezíveis e inúteis podem ser abandonados e mal tratados porque não é crime, é apenas gestão de recursos.

Sinto-me assim feliz com estas prioridades dos modernaços intelectualoides que conseguem estes feitos supremos para bem da humanidade.

Haja pachorra para os aturar.

Nota final:

Mais um herói nacional apareceu renascido das cinzas, qual Fénix gay. Falo naturalmente do recém assumido Adolfo Mesquita Nunes do CDS, que sentiu a imensa necessidade de dizer, gritar, ao mundo que é PANELEIRO. Logo, logo os do costume vieram admirados e estasiados apoiar a coragem do acto, elevando o gajo ao panteão nacional dos maricas heróis.

Sinceramente não há mesmo pachorra para a estupidez.

(*) para quem não conhece a anedota do Carlão:

Um casal, legalmente casado, sob a égide da santa madre igreja, tinha na mulher um problema orgasmico quando praticava o acto “escabroso” sexual com o seu legal marido. Ora, ela sugeriu então, ao incompetente marido que contratassem o Carlão para os abanar com uma folha de palmeira enquanto se entretinham no pecado original. Mas também não funcionou e ela sugeriu que o marido abanasse enquanto o Carlão a montava e eis que o milagre aconteceu e ela gritava e ela gemia de prazer de forma desalmada. O marido vendo aquilo diz: «está a ver seu Carlão como se abana?».

Mantenham-se castos, se não estiverem legalmente casados sob a égide da igreja, ou preparem-se para arder no inferno. Em ultimo caso, e porque eu já tenho lugar cativo por lá, podem abusar da minha vontade em vos ajudar no acto pecaminoso, livrando-vos desse “malámen” e sacrificar-me-ei ao apoiar a vossa mulher tal como o Carlão.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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