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MEDÍOCRE menos

05-01-2018 - Henrique Pratas

Vou utilizar o esquema de classificação antiga para qualificar a maior parte dos portugueses e o clima que se apoderou deste País.

Como podem constatar são estes que ocupam os lugares de decisão neste País, porque os que são acima desta qualificação não se querem sujeitar a determinado tipo de submissões.

Os medíocres menos são aqueles que andam sempre abaixo do que designamos por positivo, numa escala de 0 a 20, seria o 10 e numa escala de 0 a 5 seria o 3, estes caracterizam-se por andar sempres atrás de alguém para que lhe façam os favores, o que lhes deem algumas migalhas, que se intrometem ou tentam formar partidos políticos, normalmente sem sucesso, ou ainda por aqueles que se aproximam dos candidatos que reúnem condições para ser eleitos e à posteriori lhes poder conferir um “lugarzinho”, no Governo, na Administração Pública ou em alguma parceria pública ou privada.

Depois de colocados alguns nunca mais se fazem ouvir ou se dá conta deles, porque estão a tratar da sua vidinha e a “ajudar” aqueles que os “ajudaram” a eles a alcançar o tão desejado lugar, e é assim que este País funciona, através de conhecidos e de subserviências.

Os cidadãos que têm a qualificação de bom ou mais têm que procurar no exterior lugares compatíveis com o seu conhecimento para não perturbarem a estabilidade interna e o dolce far niente que se instalou e vai perdurar por muitos anos, neste País.

Assistimos nos últimos tempos a erros, omissões e desconformidades perfeitamente inconcebíveis, uma vez são os erros de cálculo das pensões no ano de 2016, outra a substituição de umas taxas por um imposto que mais tarde veio a ser considerado inconstitucional com a obrigação do Município em causa ter que devolver o valor global que foi cobrado, entretanto são as cartas que não chegam aos cidadãos e a entidade que tem por função cumprir esta missão, de serviço público é multada por incumprimento do serviço a que se obrigou a prestar e entretanto já vai avisando que vai despedir umas largas centenas de trabalhadores, ficando nós comum dos cidadãos cientes de que o serviço de entrega de correio não vai funcionar de todo. A juntar temos os episódios, agora divulgados da adoção de crianças por parte da IURD, ou funcionado esta como intermediária, se adicionarmos a tudo isto o crescimento da insegurança no País, não entendo como é que alguém pode afirmar que estamos melhor, só gostava que me dissessem em quê, se nada funciona ou a meu ver funciona de forma deficiente, para não escrever incompetente. Entrámos no salve-se quem puder, vale tudo, não há princípios nem valores, os critérios de seleção ou de “escolha” dos dirigentes são falaciosos e pouco transparentes, os concursos públicos são viciados à partida e “isto” está melhor? Não sei onde, mas provavelmente o defeito é meu, porque não consigo ver, nem sinto onde é que as coisas estão melhores. Veio a lume o que ocorreu na IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) (Raríssimas) o desmando que por lá se passa e só a veio a cena esta falta verificar as outras, permitam-me que nesta matéria vá mais longe e vos escreva que estas entidades não estão obrigadas a estar registadas nas Finanças, já imaginam o “regabofe” que deve ir na maior parte delas, sim porque não quero crer que no meio destas não existam entidades que são idóneas, mas também existem aquelas que estão ligadas a sociedades secretas e a outro tipo de atividades menos claras que se verificam na nossa sociedade. Só vos posso escrever se fazem uma auditoria à séria nestas instituições, vai-se descobrir muita coisa que não convém. Uma outra chamada de atenção quanto aos peditórios que estas entidades normalmente fazem e que nós cidadãos solidários contribuímos, como é que são contabilizadas estas receitas, vocês sabem, eu não, alguma destas entidades demonstrou inequivocamente que recebeu um determinado montante, sejam eles provenientes de peditórios ou de verbas que o Estado lhes coloca à disposição para desempenhar o papel de utilidade pública que se propuseram em sede própria, se o fizeram foram poucas, porque no que toca a dinheiros não convém ser muito transparente, não vá surgir alguma “utilidade” menos cuidada dos referidos dinheiros.

Tudo isto está muito pouco transparente, a minha confiança nos números que são atirados todos os dias para os meios de comunicação social é muito pouca, provavelmente estou a ver mal as coisas e o defeito só pode ser meu com certeza, não encontro outro motivo, porque a generalidade dos meus concidadãos bate palmas, sou eu que estou a ver o filme errado, só pode ser.

O pior de tudo é quando estes medíocres menos chegam a um lugar de topo aí vem a demonstração inequívoca à saciedade da prepotência que são possuidores, da incompetência e de tudo o que é mau, incluindo o carácter, são mal formados, mal-educados e não olham a meios para alcançar os seus fins que não são os da sociedade. Os medíocres menos, tomaram conta do País e agora não há nada a fazer, há que ter paciência, demonstrar-mos que não somos iguais a eles e que um dia chegará em que vão ter que prestar contas a alguém e esse dia, como lhes escrevo mais cedo ou mais tarde, vai surgir e aí vão pagar todo o mal que fizeram às pessoas e à sociedade. Não será noutro local a não ser neste que todos habitamos que as contas vão ser acertadas e tantos, com tantos rabos-de-palha, vão ver o dito cujo a arder e provavelmente não se vão lembrar do mal que fizeram, mas fizeram-no e alguns foram de uma crueldade perfeitamente indiscritível, indigna da condição de seres humanos, que nunca o foram, mas que exerceram funções onde pregaram aos sete ventos, a igualdade de oportunidades, a igualdade de género e enfim uma série de boas práticas na área da gestão das pessoas que apenas não passaram disso mesmo, balelas, porque de medidas reais nada tiveram, foi tudo um faz de conta, para se conseguir promover nos meandros do poder e usufruírem de vantagens e benefícios que de outra forma nunca o conseguiriam, é triste mas é a sociedade em que vivemos e ou tentamos que ela mude, ou então temos que nos reduzir à nossa insignificância e sujeitar-nos ao que estes “prepotentes” fazem sentir nas pessoas.

A prepotência e a arrogância impera nos organismos públicos, isto é no Estado Português, porque as escolhas são feitas a dedo ou de acordo com o que vos escrevi anteriormente, pelo subjugação ao superior hierárquico, que na sua frente o bajulam, mas que por trás o criticam, são estes o tipo de homens que nos Governam e que são os acólitos dos membros do Governo.

Isto é tão ridículo quando a principal figura do Estado tem que ser operado a uma cirurgia com grau de risco mínimo e recorre a um Hospital público para ser intervencionado por um cirurgião que não deveria estar dedicado a estas intervenções cirúrgicas mas sim a outras de carácter mais complicado, porque foi para isso que o Estado investiu nesse médico e deixo a questão se fosse com outro cidadão comum como é que seria, provavelmente colocar-se-ia um jovem médico a fazer a mesma cirurgia para ganhar experiência e então eu questiono onde é que está a igualdade de oportunidades e o tratamento igual para todos os cidadãos deste País. Balelas meus amigos, o circo está montado, por falsos afetos, incompetências e incapacidades desmedidas, bem “regadas” pelos que seguem este “séquito” que se instalou. A propósito disso o salário mínimo em Espanha é de 850,00 €, cá o valor que vai vigorar é de 580,00 €. Eu sou do tempo em que 50 centavos correspondia a uma peseta, o que é que fizemos para que tivéssemos ficado para trás em todos os aspetos, tanto melhoria que é anunciada nos indicadores económicas e os resultados práticos quais são? Há já agora o IVA em Espanha é de 10% cá é de 23% para a generalidade dos produtos, porquê, questiono eu, para que se possam pagar os salários milionários a meia dúzia de CEO, terminologia muito utilizada e que eles bem gostam de ser considerados como tal em vez de Presidentes. Isto é muita mediocridade junta e nunca mais se vê formas de passarmos a sermos tratados com a dignidade que merecemos, havemos ser sempre tratados como os coitadinhos e através de atos de caridadezinha que muito é defendida e praticada por aqueles que elegemos, mas como já escrevi, várias vezes, a culpa é nossa, porque somos nós que os elegemos e participamos nestas pantominices de merda.

Será que estamos votados para viver sempre acanhados à espera que alguém nos dê qualquer migalha ou queremos ser de facto cidadãos tratados com a dignidade que nos é devida, decidam-se de uma vez por todas porque quanto mais tarde essa decisão for tomada pior será.

Henrique Pratas

 

 

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