"Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele"
22-12-2017 - Eduardo Milheiro
Vem isto a propósito dos comentários surgidos nos últimos dias sobre os políticos que vêem os seus nomes relacionados com o caso da “Raríssimas”. Gente que pertenceu aos órgãos sociais, que viajaram a convite etc. etc.
Nos partidos a começar no PS para a Direita, são frequente estes casos.
Os seus nomes aparecem porque têm instruções dos partidos para se enfiarem em tudo o que são organização de caracter social, clubes de futebol, associações humanitárias tipo bombeiros - isto dizia-me um amigo do PS já falecido. Os partidos fazem isto para conquistar simpatias e benesses, não só eleitorais.
Até em ministros se fala, um dos ministros de que já falaram viu um seu secretário de estado pedir a demissão por estar relacionado com o escândalo, mas com contornos de DonJuan.
Todos os ministérios que tinham relações com a instituição estão todos envolvidos inclusivamente deputados. Viajaram pelas Raríssimas, não foi a Raríssimas que pagou as despesas, foram os organizadores dos eventos, etc, etc, mas que viajaram e deram consultoria é verdade, o resto é só confusões e cortinas de fumo.
A Direita desesperada não perdoa, aproveita com unhas e dentes o assunto, mas só para tentar roubar o poder numas próximas eleições à Geringonça, porque à Direita não lhe importa mais nada, querem o poder a qualquer custo, mas já viram que também têm muitos barões e baronesas relacionados nos corpos dirigentes da associação.
Atenção, não cuspam para o ar porque vos pode cair em cima e tenham postura de mulheres e homens de Estado.
Eu sei que este escândalo é para a Direita atacar o PS e por simpatia a Esquerda, mas por favor, será que esta gente do PS não sabe ter maneiras e não colocar em lugares políticos fundamentais gente com rabos-de-palha enormes. Tem de haver muito cuidado, não podem ser as famílias a tomar conta do partido com estes resultados, não podem ter gente que antes de começar reuniões diz ”trazes aí alguma negócio para a gente”.
Também não sei como uma jornalista entra na vida privada das pessoas, falando em relacionamentos extras conjugais. As pessoas agora têm donos, não são livres, a sua vida sexual tem de ser controlada? É que a jornalista que investiga um grande caso, suja-o todo na ansia de querer mais e mais, sem se lembrar que a vida privada é privada.
Este País é o que temos e esta gente politiqueira que o fez não foi a pensar na Democracia, na Liberdade nem do bem do POVO, foi a pensar nos seus bolsos e em melhorar a vidinha triste que tinham antes de serem políticos.
Sendo assim, caros amigos, um Bom Natal para todos e atenção a esta rapaziada da política, estão todos gordos.
Eduardo Milheiro
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