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De Patinho Feio a Cisne Resplandecente

(Marcelo Rebelo de Sousa – PR)

08-12-2017 - José Janeiro

Decidi escrever uma fábula e como todas as fábulas o início começa por “Era uma vez”, isto aproveitando as sabias palavras do Presidente do reino encantado que se chama Portugal.

Era uma vez um quadradinho á beira-mar que se situa no cu da europa, que se chama reino do Absurdistão. Um reino, que começa com o que hoje chamaríamos de “violência doméstica”, dado existir por o filho ter batido na mãe, cresceu prospero, abriu o mundo e tudo perdeu por ofuscante e engenho de mentes que se dizem brilhantes.

É um reino pobre por ser desprovido de gente capaz, que em vez de ostentarem o “ter”, o deviam fazer pelo “ser”, não se preocupando com a indigência das suas gentes, apenas com o seu umbigo real.

Este é o reino que nasceu ao contrário, passou de cisne resplandecente a patinho feio por influxo de diabos, bruxas más e outros ineptos ao longo dos tempos.

Este é o reino, que pensa ter os maiores cérebros no mundo que dizem estar ali para o honrar, quando na verdade honram apenas o bolso e ego dos glorificados.

Este é o reino, que acha que 535 mil euros de ordenado por ano é pouco e 535 euros de salario mínimo por mês é muito, tudo porque acreditam que uns são produtivos e os outros mandriões.

Este é o reino, que julga ter 10 milhões de habitantes, mas apenas 0,0001% tem capacidade técnica para os tachos gerados.

Este é o reino, que para a alimentação das crianças disponibiliza 1,42 euros, para a de um bombeiro 21,22 euros, para um deputado 44,30 euros. Há assim estômagos diferentes conforme a qualidade individual das criaturas.

Este é o reino, em que não há dinheiro para o básico do Estado, mas mantêm-se as mordomias dos intervenientes.

Este é o reino, em que julga ser um animal, mais importante do que um ser humano.

Este é o reino, em que as vítimas são condenadas e os criminosos soltos e indemnizados.

Este é o reino, em que os pobres de espirito se julgam gente e se acham senhorios da nação.

Este é o reino, dos cobardes que se escudam sob o manto do anonimato para o seu arbítrio.

Este é o reino, das gentes passivas que se enervam com um desporto e apáticos com os seus interesses.

Pobre reino que continua patinho feio e acredita ter voltado a ser cisne resplandecente.

Até para a semana

José Janeiro

 

 

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