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Alunos estão a ler pior

08-12-2017 - Henrique Pratas

Apesar de este assunto já ter sido constatado por muitos de nós não resisti a escrever sobre o mesmo, porque entendo que se uma população não sabe ler e interpretar convenientemente é uma sociedade, pobre, inculta onde tudo se pode fazer e praticar, porque pura e simplesmente os seus cidadãos não sabem ler, a história repete-se, para quem se recorda dos tempos negros em que poucos aprendiam a ler e muitos não iam sequer à escola porque os pais precisavam deles para trabalhar e a mesma era coisa de gente rica, isto é o seu acesso não era universal.

Confrontado com esta situação o Ex-ministro Nuno Crato rejeita críticas e declina responsabilidades.

"É preciso olhar para os resultados, para os negativos e para os positivos, e pensar no que se pode melhorar e não destruir tudo”, defende o antigo ministro da Educação.

Os alunos portugueses estão a ler pior, mas o ex-ministro da Educação Nuno Crato rejeita as críticas pelos resultados do estudo internacional do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS).

A última grande avaliação internacional em Educação, divulgada em 05 de dezembro do corrente ano, revela uma descida dos resultados dos alunos portugueses do 4º ano na compreensão da leitura.

O atual secretário de Estado da Educação, João Costa, culpa as políticas seguidas pelo anterior ministro da Educação Nuno Crato, este último, admite que os resultados não são bons para Portugal, mas rejeita as críticas ao seu Governo.

“São resultados a ter em consideração, são resultados negativos para Portugal, para os estudantes portugueses. Temos que interpretar bem o que eles querem dizer. Agora, não podemos pensar que depois de uma série de resultados muito positivos, obtidos entre 2011 e 2015, que estes resultados que foram obtidos em 2016 têm o mesmo significado que os outros. Em 2015, situámo-nos acima da média da OCDE e, em Matemática do quarto ano, à frente da Finlândia. Houve um progresso muito importante e gostava de saber se esse progresso é aplaudido ou não pelo Governo e pelos críticos.”

Nuno Crato rejeita as críticas do Governo, mas também as da Associação de Professores de Português. O antigo ministro da Educação diz que o facilitismo não é o caminho.

“Estou em completo desacordo. Eu acho e não sou só eu, são os psicólogos cognitivos, os psicopedagogos, toda a gente que tem estudado a leitura de uma maneira moderna acha que é importante ter uma grande fluência de leitura para poder interpretar bem os textos. Há pessoas que não. Há pessoas que põem as duas coisas em oposição. Eu estou convencido – assim como a ciência moderna – de que a fluência da leitura é a base para uma boa interpretação dos textos”, argumentou.

Outra questão, para o antigo ministro, é o que apelida de “desvalorização da literatura portuguesa”.

“Insisti sempre muito que os clássicos da literatura portuguesa deveriam ser conhecidos dos nossos jovens”.

Nestas declarações, Nuno Crato diz ainda que o caminho a seguir perante estes resultados não deve ser o de mudar tudo o que foi feito pelo anterior Governo.

“O Governo não tem feito outra coisa senão dizer que vai inverter aquilo que foi feito pelos governos anteriores. Não estamos só a falar do Governo a que eu pertenci, o Governo atual está a recuar muito atrás disso. Não tem feito outra coisa senão dizer que quer reverter essas medidas e que a culpa é sempre dos outros, tudo o que corre mal foram os governos anteriores que fizeram. Era preciso um pouco mais de modéstia, é preciso olhar para os resultados, para os negativos e para os positivos e pensar no que se pode melhorar e não destruir tudo”, apelou Nuno Crato.

Pois é enquanto os políticos atiram balas uns aos outros e trocam gardalhetes, uns aos outros em vez de trabalharem em prol do desenvolvimento da Educação, os nossos filhos, netos e a generalidade das crianças desta geração vão crescendo sem se dar conta que não aprendem a ler, por agora não têm consciência do que lhes está a acontecer, mas vai chegar o dia em que vão ser confrontados com esta realidade e depois meus senhores o que é que se vai fazer, nada porque já não se pode fazer nada, quando não se aprende as coisas no tempo devido, mais tarde vai ser muito difícil, ou será que ainda haverá Fundos Comunitários para apoiar e colmatar estas lacunas, não acredito, ou então andamos sempre a fazer mais do mesmo.

Seria bom que os políticos que nos têm Des) Governado tivessem pensado em construir um País mais saudável, culto e emancipado com voz ativa na resolução dos seus problemas e dos problemas da sociedade, lamentavelmente o que aconteceu foi que tivemos políticos medíocres menos à frente dos desígnios do País que se limitaram a Governar apenas para 4 anos, apenas com a visão de ser eleitos em próximas eleições, quando assim é meus amigos os resultados estão há vista, só não vê quem não quer ou não pode, “O Rei vai Nu” e já não é de agora, há muito tempo que o vai mas ninguém se atreve a dizê-lo por este ou aquele motivo, mas ninguém tem a coragem de abordar esta realidade.

Henrique Pratas

 

 

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