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"Os Partidos e os Movimentos"

07-09-2013 - João Torres

O 25 de Abril, símbolo de esperança e liberdade, contribuiu para que os cidadãos se tornassem críticos e livres nas suas opiniões.

Louvável.

No pós 25 de Abril fomos, inevitavelmente, assistindo à constituição de partidos, uns já existentes e outros que anteriormente se encontravam na clandestinidade, passaram a ser "legais".

Pilar democrático da nossa sociedade, a pluralidade partidária trouxe-nos, sem dúvida, a capacidade de intervenção, de discussão de ideias, ideais e ideologias de uma forma livre de censura...Assim se deseja!

Tudo em prol de um País que durante 40 anos foi subjugado por um regime opressor, totalitário.

No entanto, e como os partidos são criados e feitos por homens, eles mesmos, não são perfeitos.

Durante anos, certos vícios foram-se instalando. E o maior deles, o vício do poder. Sim; essa sensação inebriante que faz de um simples cidadão, alguém que rapidamente se acha insubstituível e essencial para o bom funcionamento de uma qualquer instituição da sociedade.

Criaram-se assim, os chamados, ironicamente , "dinossauros" com a sua máxima representação no campo da política autárquica.

Estes "dinossauros" esqueceram-se do tempo e fundamentalmente do "seu" tempo que findou.

Temos assistido, ao longo dos últimos dias a um infindável número de autarcas "envelhecidos", desesperados com o facto desse mesmo tempo se encontrar a acabar. Autarcas que tudo têm feito para continuarem a manter-se no activo.

Vale tudo! Desde trocarem de Municípios, passarem a candidatos a outros órgãos autárquicos, até à criação, por vezes, ridícula, de Movimentos.

E o que são estes Movimentos? Nada mais, nada menos, na minha humilde opinião, do que Partidos com outra roupagem. E escusam, quanto a mim, de defender o inverso. Os objectivos são os mesmos. A disciplina é a mesma.

No entanto, os seus membros e mesmo colaboradores e/ou participantes de tais Movimentos, "encantados" com o princípio "da coisa" vivem num "limbo" que lhes permite afirmar que nada têm a ver com Partidos (referindo-se a eles de uma forma que reflecte até, alguma repulsa). Não pode ser, já que a maioria desses Movimentos são constituídos por indivíduos que saíram pelas mais variadas razões de certos Partidos.

A sede de poder é a mesma mas com outro figurino. Talvez para se enganarem a si próprios, os seus pares e os outros.

Os Movimentos e os Partidos e os movimentos para os Partidos e dos Partidos para os Movimentos. Tudo uma questão, na maioria, de conveniência.

25 de Abril, sempre!

João Torres

 

 

 

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