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NÃO TENHO NADA A VER COM ISTO…..

29-09-2017 - Henrique Pratas

Não é que queira pôr-me em bicos de pés ou que me julgue mais importante do que as outras pessoas, antes pelo contrário, sou cada vez mais humilde e não gosto do que vejo pura e simplesmente.

Não escreverei sobre política ou sobre os políticos porque cheguei à conclusão que eles não existem o que de facto pulula na nossa sociedade são oportunistas e “gentinha” muito reles, sem valores princípios ou qualquer espécie de escrúpulos.

O que vejo é muito triste, em termos humanos, considero que ocorreu uma inversão de todos os valores fundamentais que um cidadão de corpo inteiro deve possuir. Por mais que as empresas/organizações façam ações de formação para por exemplo dar conceitos de ética isto não vão lá assim as pessoas ou têm ou não têm ética, não é através de ações de formação que a ganham, mas está na moda e vá de dar este tipo de enlatado, com vista a que nas organizações passe a existir ética, rigor e outros valores que as pessoas não têm. Eu aqui interrogo-me sobre esta ação, não seria há priori antes de nomear ou escolher um gestor ou pessoa com funções de direção, verificável se essas pessoas são possuidoras dos valores sobre os quais muitos apregoam, fazem “doutrina”, folhetos, que às vezes são tratados, de boas práticas nas organizações? Ou eu estou a pensar muito mal ou afigura-se-me que andamos ao contrário e como diz a letra de uma canção, “….até parece que os rios nascem no mar” e “o Mundo gira ao contrário”. Vi um documento destes elaborado por uma organização a que deram o nome de “Código de Ética e Conduta”, onde constam, palavras como por exemplo, confiança, honestidade, cooperação, cidadania, deveres, legitimidade, moral, responsabilidade, disciplina, imparcialidade, sigilo, valores, carácter, integridade, zelo, lealdade, excelência, imparcialidade, consciência, discrição e transparência, entre muitas outras. Isto está escrito e constitui o documento a que me referi e que deveria ser aplicado em meu entender, mas estamos perante mais uma declaração de intenções como outras muitas, onde os princípios éticos e normas de conduta se encontram consignados.

Ponho em dúvida a minha análise sobre a realidade do País, falam de coisas que na realidade não existem na prática o que é isto, querem-nos por mais doidos. Isto é tudo mentira, agora em vésperas de eleições autárquicas vejo candidatos de todos os quadrantes políticos prometerem coisas que não podem cumprir, será que já vale tudo ou é apenas a luta pela sobrevivência. Tenho muitas dúvidas que os caminhos que estamos a trilhar sejam os mais corretos mas provavelmente sou eu que vejo as coisas mal, mas acho que não a avaliar pelos resultados verificados na Alemanha, estamos a dar uma volta de 360º, qualquer dia o holocausto não existiu e então meus amigos, andaram-nos a enganar estes anos todos ou querem empurrar-nos para o foço.

Os comentadores políticos nos dias de hoje são simultaneamente comentadores desportivos, entenda-se aqui desportivos apenas a modalidade futebolística, será que os dois poderes estão ligados, voltámos aos tempos da outra senhora em que o futebol era rei e senhor e as pessoas estão confinadas há obsessão clubística e prática de um negócio que considero mercado de escravos, onde os clubes, os agentes que se movimentam há volta deste mundo ganham rios de dinheiro e fazem o que muito bem querem e lhes apetece e ainda lhes sobra dinheiro e então a saúde, a educação, a habitação e o preço dos bens alimentares que estão pela hora da morte, quem é que se preocupa com isso, ninguém escrevo eu, prometem, prometem e não fazem nada, estamos bem entregues estamos. Apesar de ter ocorrido uma evolução tecnológica, o retrocesso civilizacional, em meu entender, foi muito grande e de difícil recuperação, tendo em consideração os danos que foram causados, perderam-se as referências, perdeu-se quase tudo ou melhor resta muito pouco e são muito poucos aqueles que se pautam por ser dignos e ter valores, até esses que quando acontece qualquer coisa menos correto já se questionam se estão a proceder bem ou mal. Ao que nós chegámos, escrevo-vos eu.

Hoje nas autárquicas assistimos a comentadores políticos, deputados e comentadores desportivos a candidatarem-se a Municípios e que já foram Presidentes de outros Municípios noutros tempos, será que estamos perante uma relação muito estreita entre o futebol e a política e começamos a não saber o que é que se sobrepõe a quem, afigura-se-me como um relação perigosa, mas eles é que sabem, para mim, tudo isto é demasiado promiscuo.

Um cidadão para, observa tudo isto que se passa à sua volta e as carências que ocorrem na nossa sociedade de toda a espécie e interroga-se mas o que é isto? Se tiver a veleidade de perguntar a alguém, ainda lhe respondem então não está a ver e arrisca-se a ficar na mesma.

Se não chegámos ao fim estamos muito perto disso, ainda ontem me disseram que os Bancos preferencialmente só emprestam dinheiro a quem já tenha solicitado empréstimos e de preferência a quem tenha entrado em insolvência, se não fosse a pessoa que me contam eu não queria acreditar. Então quem paga é desconsiderado a favor dos que entram em incumprimento e que não liquidam as obrigações. As influências e os “jeitinhos” para se obterem, boas habitações, carros e outros favores são mais do que muitos.

Ao lerem este meu texto vão provavelmente ficar como eu, confusos, mas é esta a realidade, é isto que está a acontecer no nosso País.

Isto não funciona de forma nenhuma, já pouco ou nada há a fazer, quiseram que as coisas fossem assim, não lutaram pelos seus ideais em tempo oportuno, agora “assobiem-lhe às botas”

Henrique Pratas

 

 

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