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HOJE VOU ARMAR-ME AO PINGARELHO

21-07-2017 - José Janeiro

Está a começar a campanha para as próximas eleições e os candidatos já preparam a cartucheira de disparates, para dispararem em todas as direcções, decidi começar a analisar os nossos ilustres candidatos agrupando-os conforme a especialidade tecnocrata.

Os da camisola às riscas : são vários e muito profícuos na sua qualidade de ex presidiários ou somente condenados com penas suspensas (vulgo candidato DALTON os criminosos do Lucky Luke). O engraçado no meio disto é que elege-los será assim como que por o lobo a guardar o galinheiro, porque a condenação foi sempre com base em irregularidades no exercício de cargos políticos. Tudo não passa de falta de vergonha e ainda mais grave, diria mesmo absurdo, serão as pessoas que neles votarem e se forem eleitos aí teremos o cúmulo do disparate. “Rouba mas faz”, parece ser agora a máxima à semelhança do Brasil, mas afinal fomos nós que os ensinámos não eles, mas como achamos o máximo importar coisas boas e inovadoras (e não me refiro ás Brasileiras), também aqui fomos imitar os outros os irmãos que falam com sotaque giro.

Os transversais : candidatos mais conhecidos por vira-casaca. Naquelas freguesias mais pequenas a movimentação de candidatos nas listas são incríveis, ora são de um partido, ora são independentes, ora são de outro partido e assim se vai vivendo, o que importa é estar no cartaz e nem se dão ao trabalho de mudar a fotografia, fazem uma reciclagem. Até os entendo a quantidade de gente capaz é tão pouca que vão buscar sempre os mesmos porque nem envelhecem nem nada ao longo do tempo, a foto é sempre a mesma.

Os verbos de encher : candidatos que dizem que vão ganhar mas… São aqueles que ali se candidatam para encherem o espaço em branco. Prometem tudo e mais alguma coisa, até mesmo o que por lei não podem fazer, vão-se pondo em bicos de pés para aparecer. Tudo vale para tentar ganhar pontos, digo, votos. No final e depois de perderem mantêm o tacho que têm, normalmente no Parlamento, apesar de dizerem na campanha que iriam assumir um cargo qualquer na vereação.

Os desbocados : com o argumento do desprezar o politicamente correcto abrem a boca e aí vai disto. Reflectindo, acho que aprenderam com o Trump. Na verdade todos estamos cansados do politicamente correcto é uma realidade. Outra realidade, é que hoje ser preto, gay, cigano, transgénico, criminoso ou mulher é que está a dar, porque os do costume saltam logo em cima escandalizados quando se fala dessas coisas proibidas, mas se querem ser desbocados primeiro de tudo vejam as estatísticas e a realidade e apontem o dedo ao sítio certo, mas sem medos, não atirando bitaites. Todos sabemos que os bairros sociais são um gueto pouco recomendável, mas quando falarem tragam as provas que são mais do que muitas e sejam então desbocados á vontade.

Os cornos mansos : são tantos que aquele ditado italiano “ si tutti cornuti portace lampiones qui bela iluminacione”, tem total sentido. Estes cornos mansos são mansos porque sendo preteridos nos seus partidos acham que eles valem mais sozinhos que integrados na sua antiga força politica. Gosto sobretudo, quando esses se trasvestem como independentes e os papalvos lá vão votando acreditando no renascimento de um homem (não importa o género) novo.

Os imortais : aqueles que se não fosse a lei limitadora de mandatos não largavam o poleiro. Há quem lhe chame os dinossáurios, e muitos estão aí de novo após um interregno legal. Tenho reflectido sobre esta gentinha e tenho um profundo e estranho dilema: não sei se será por não haver gente capaz lá na região, ou se é porque os eleitores são mesmo imbecis para continuarem a acreditar que aqueles são a melhor e única opção. Vá-se lá entender esta gente! Será que quando morrerem (o inevitável) serão canonizados?

Os iluminados : aqueles que pensam que resolvem tudo, bastando dizer que assim é. Esta raça além poder ser transversal a todas as sub categorias, também os há como categoria independente. Normalmente são indivíduos que unem os dedos das mãos em “ponte” e falam de cátedra, contudo, são candidatos “barilabia” ou seja, que falam, falam e nada dizem, quanto a fazer, aí a situação é pior, é de um vazio extremo, ou quando fazem pensam apenas em “dar nas vistas”.

E pronto, vão entendo lá na santa terrinha com quem lidam e votem bem, sendo que votar bem é escolher o menos mau, naturalmente.

Até para a semana.

José Janeiro

 

 

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