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Chefe do Exército sente-se "humilhado" e fala de "erros inadmissíveis" em Tancos

14-07-2017 - Henrique Pratas

No dia de hoje deparei-me com a notícia que partilho convosco. “O General Rovisco Duarte prestou esclarecimentos aos deputados da comissão de Defesa.

O chefe de Estado Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, aponta “erros estruturais inadmissíveis” no comando da base de Tancos, que levaram ao furto de material de guerra, avança o jornal “Público”.

O general falava numa audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa, que decorreu na passada quinta-feira, dia 06 de julho.

Rovisco Duarte assumiu perante os deputados que se sente “ humilhado” com o caso e frisou que os “erros” só podem ser apontados ao comando da base, refere o jornal.

O CEME afastou os cinco comandantes da base militar de Tancos até que o inquérito esteja concluído.

O chefe de Estado Maior do Exército não compreende como é que as rondas na zona dos paióis eram feitas com um intervalo de 20 horas.

O chefe de Estado Maior do Exército confirmou ainda que a quantidade de material de guerra furtado é a avançada pelo jornal “El Español”, que incluiu granadas de mão, granadas anticarro, munições e explosivos, entre outros.

No final da audição, que durou duas horas e meia, o presidente da comissão de Defesa, Marco António Costa, disse aos jornalistas que o CEME prestou todos os esclarecimentos aos deputados .

Quero agradecer ao senhor general o facto de ter usado de total franqueza e liberdade de expressão nas explicações que nos deu e de nos ter prestado todos os esclarecimentos que solicitámos e que estavam ao seu alcance, disse o deputado do PSD ”.

Lendo esta notícia com atenção, ou eu estou completamente parvo ou o senhor general não tem competência para o exercício do cargo de chefe de Estado Maior do Exército, então ele como superior hierárquico vem dizer que se sente humilhado pelas ocorrências que se deram em Tancos, quem é o responsável máximo pelo Exército Português não é ele, não foi ele que nomeou os comandantes das unidades atingidas, se não os nomeou reconheceu neles a competência para o exercício das funções, então agora o máximo superior da hierarquia vem dizer na praça pública que se sente humilhado, se de facto sente demita-se imediatamente porque o chefe de Estado Maior do Exército é ele, a responsabilidade em primeira instância do facto que ocorreu é dele e depois convém saber onde é que ocorreram falhas na segurança que deveria ser feita aos paióis.

Não gosto nada que as pessoas se pronunciem sem se saber as causas, os motivos pelos quais se deram as ocorrências verificadas, então ele afastou os cinco comandantes da base militar de Tancos até que o inquérito esteja concluído e não se afasta a ele também, é estranho não é ou será que a desculpa é aquela a que já nos habituaram, não tinha conhecimento das carências quer em termos humanos, quer em termos materiais pelo que as Forças Armadas, estão a passar e que já vêm do anterior Governo que realizou cortes orçamentais às cegas.

Não gosto da atitude do senhor general, espero sempre mais de um militar que chegou a este nível de responsabilidade, a invocação do desconhecimento não é aceitável, muito menos pelo chefe máximo do exército português. Aliás aproveito o ensejo para vos escrever que não gostei nada das declarações que o mesmo fez aos órgãos de comunicação social, “afirmando que tinha suspeitas que havia conivência com alguém de dentro do quartel, logo de um militar, que presta serviço lá dentro”.

Isto pode-se pensar, mas na minha opinião não se deve afirmar na comunicação social como ele o fez, porque gera um clima de desconfiança perfeitamente indescritível e que eu acho que não se deve fazer foi o que ele fez, a meu ver esteve muito mal, porque ou se diz tudo e estamos seguros daquilo que afirmamos, ou até estarem apurados todos os factos ficamos calados para não gerar entropia ou dar aso a especulações desnecessárias.

Apurem-se os factos e tomem-se as medidas entendidas por convenientes, até lá silêncio.

O senhor general e chefe de Estado Maior do Exército esteve muito mal a meu ver, o seu comportamento não dignifica em nada a instituição militar, antes pelo contrário.

A par deste comportamento o senhor general Garcia Leandro, vem também junto dos órgãos de comunicação social afirmar que: “ No tempo de Salazar, os Ministros mandavam nos Ministérios”, não entendo de todo o que é que o senhor quis dizer com afirmação que produziu, será que ele sabe que as Províncias Ultramarinas acabaram e que não estamos no tempo de Salazar, será que os defensores do regime vigente ao tempo ressuscitaram e querem voltar ao antigamente?

Fico com muitas dúvidas e de alguma forma incomodado com o comportamento destes militares, provavelmente eu tenho uma personalidade muito rígida, mas não considero dignas este tipo de atitudes, a não ser que existam outros objetivos por trás que desconheço completamente.

Henrique Pratas

 

 

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