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Pouca-vergonha e um Peido

30-06-2017 - Francisco Pereira

Portugal é um Estado de Direito e uma Democracia, ouvimos isto até à exaustão, “que belas patranhas”, digo eu. Somos um Estado de Direito enviesado, só funciona para alguns, com uma Justiça cega mas de olho vivo, que também só funciona e só condena alguns, quanto à Democracia, sim somos relativamente democráticos, tem dias, mas sempre com respeitinho.

Em Portugal a “pouco vergonha” depende muito do contexto, um dia é noutro já não. Somos indubitavelmente um país de impunidade, de perdões disto e daquilo, de indultos, de irresponsabilidade e de muita mas mesmo muita estupidez colectiva, para além de sermos um país de cobardes, um país de chás de caridade, todos muito solidários, em especial quando é para fazer de conta, para apaziguar a consciência dos poltrões.

Neste rectângulo irregular, vivem pretos, brancos, castanhos, azuis e por aí adiante, todos se queixam de racismo, os racistas inclusive, todos podem ter raça menos os brancos, porque para esses ter raça é ser racista, vamos lá perceber isto, quanto aos outros a coberta dessa coisa de terem raça, lá vão levando a sua vidinha, de racistas arrogantes, avante sem mais aquela, pagamos nós os racistas claro está.

Portugal tudo perdoa, aos poderosos então é um fartote, já a quem trabalha e cumpre escrupulosamente todos os seus direitos e deveres, aí a história é outra, a impunidade mais o laxismo conjuntural de um país cobarde punem, não os prevaricadores, mas antes os cumpridores, Portugal é infelizmente um país onde melhor vive um ladrão, um pulha, um biltre e um parasita, que alguém honesto, probo e cumpridor.

Portugal é um Estado de Direito e uma Democracia, ouvimos isto até à exaustão, um Estado de Direito torto, ajudado por uma Justiça coxa, que pouco vê, servida por uns senhores meritíssimos que se julgam o supra sumo da humanidade, daí resultando uma caldeirada com sabor de mixórdia, daquelas que o terrífico bósnio da televisão, manda deitar aos caixotes, diria eu que a Justiça nacional, cheira mal e se não deveria servir aos clientes.

Em Portugal é o deixa arder, o deixa andar e o deixa fazer, não interessa, não importa sequer a culpa é do cão, do outro do anterior daquele que estava ali, e é vê-los como putas virgens ofendidas de dedo no ar, naquele antro chamado Parlamento a acusarem-se uns aos outros, bem aos estilo do “diz o roto ao nu”.

Portugal é um país de amiguismos, clientes e compinchas, cunhas e alavancas, um antro de nomeações e caldeiradas, com petiscos vários, sendo que é tal o escabeche que ficamos sempre sem saber a que sabe esta salada, salgalhada é o que mais parece, ora se isto não é falta de vergonha, não sei o que tal coisa será.

Em suma Portugal é um peido!

Francisco Pereira

 

 

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