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O REINO DOS EUNUCOS

02-06-2017 - Francisco Pereira

Muito tempo se passa, cá pelo paraíso da eterna bebedeira e gajedo, nas palavras daquele senhor holandês de nome esquisito, a apontar a dedo aos malandros deste mundo, o Trump, o dos Santos, o Putin, o Temer, a Merkel, o Maduro, o Erdogan e o Kim qualquer coisa de penteado ridículo, entre outros, não que não seja verdade, não que a maioria destas personagens não sejam efectivamente casos psiquiátricos, uns de esquerda outros de direita e uns ainda, sem sítio definido, quase todos dedicados à estúrdia e ao disparate.

Mas teremos nós, portugueses, moral alguma, para apontar o dedo a alguma destas infelizes criaturas? Um país que produziu uma verdadeira enxurrada de bandalhos, de biltres ligados à banca, aos bancos bem como às negociatas afins, recordemos o caso dos submarinos, «face oculta», «operação marquês», viaturas Pandur, acções da SLN, helicópteros Kamov, sobreiros do caso Portucale e o mais que se queira de trafulhices várias, tudo isto levado a investigação por procuradores e juízes hiper mega dotados, com processos que gastam milhares de toneladas de papel e outros tantos milhões de Euros, cujos resultados, para não ser demasiado caustico, são patéticos e miseráveis.

Qualquer das trafulhices acima mencionadas despertaria a resistência e ira dos povos, nos países com alguma decência democrática, excepto naqueles exemplos de Democracia que são a Coreia do Norte, a Turquia, a Venezuela e Angola, mesmo aí onde as coisas são resolvidas a tiro, os povos reclamam e tentam resistir.

Ao contrário, por cá, a mansidão do povinho, faz com o mesmo, pareça sempre alheado, pior a cada malfeitoria, a bovina mansidão lusa, faz com uns olhem para o lado e outros aplaudam, o português adora que lhe enfiem sempre mais um pouco do grosso pau da trafulhice pelo esfíncter, gosta de ter o rabinho bem preenchido digamos acomodado, gosta da mansidão, da pacatez e dos brandos costumes. Em suma somos um povinho de capados.

Sem moral nenhuma andamos por aí a apontar o dedo aos outros quando em casa somos isto, uma patética maralha de rebotalho, uma súcia pateta e patética de monos, demasiado ocupados a zurzir uns e outros pelas redes sociais, onde expõem a vida quase toda, numa coisa canalha de baixa moral, predicados que parecem nortear a actual vivência do povaréu, isso ou agitar bandeirinhas e berrar desalmadamente em orgias alcoólicas por causa de futebóis e festivais de cançonetas.

Dados ao misticismo religioso, realizam prodígios de fé, verdade seja dita há que enaltecer essa nossa faceta de ser capaz de fazer muito para nada, preferindo colocar o seu destino e vidas nas mãos de alucinações colectivas, ao invés de exigirem direitos e já agora lutarem por eles, preferem acender velinhas e andar a pé em verdadeiros rebanhos pelas estradas, um delírio esta gente.

Sem moral, apontam o dedo, sem moral, esperam que os outros façam aquilo que deveria ser eles a fazer, somos verdadeiramente um povinho reles desenxabido e patético e não temos moral nenhuma para apontar o dedo a quem quer que seja.

Já fomos um país de heróis, de “fera gente” como dizia o grande Camões, hoje somos um país de medíocres, de merdas, de capados, basta olhar para uma recente investigação, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto sobre maus tratos aos velhos, basta ver as estatísticas sobre a violência contra mulheres e crianças, para perceber que somos um povo reles, uma sociedade medíocre e patética, sem moral!

Francisco Pereira

 

 

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