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EDUCAÇÃO CIVICA OU FALTA DELA

26-05-2017 - Henrique Pratas

O motivo que me leva a escrever este texto tem por base a falta de educação cívica que grassa na nossa sociedade e que em meu entender é um forte contributo para que os valores mais elementares que um cidadão de plenos direitos não os possuam.

Há muito que reparo numa coisa muito simples que acontece nas grandes e pequenas cidades e que se relacionam com o trânsito automóvel.

Se estiverem atentos reparam com as maiores das facilidades o que lhes vou escrever.

Como devem ter dado conta nas cidades, nas vilas e aldeias existem estadas que se cruzam com outras e em que algumas situações o tráfego é regulado através de semáforos, noutras situações não o são mas é como se fossem, e então o que é que acontece. Os automobilistas encartados, não sei por quem, avança ao sinal verde como é natural, mas o aberrante surge quando o sinal apesar de estar verde estes continuam a avançar sem que possam progredir no seu trajeto, ora este tipo de comportamento ligado ao facto de existirem cruzamentos quer do lado direi ou esquerdo, vai originar a maior das confusões porque os se encontram do lado direito ou esquerdo também querem percorrer o seu trajeto e como os outros que avançaram sem ter espaço para progredir avançassem, a única coisa que fizeram foi contribuir para a confusão, criando engarrafamentos sem necessidade nenhuma, se os mais elementares valos cívicos existissem. Depois gera-se o caos nem andam uns nem andam outros, os sinais vermelhos surgem e os que se encontram no meio dos cruzamentos forçam a passagem apesar do sinal estar vermelho e os que têm o sinal verde teimam em avançar à viva força, está instalado a caos e engarrafamentos de tráfego perfeitamente desnecessários se existisse civismo.

Escrevo-lhes sobre uma situação muito simples mas é às vezes nas situações simples que vemos o comportamento dos cidadãos deste País e o que eu vejo é que ninguém salvo honrosas exceções que as há, não avançam para um cruzamento que já está superlotado, apesar do semáforo lhe indicar que pode avançar e prosseguir o seu caminho, mas a mais elementar visão traduz uma realidade bem diferente que é verificar que o cruzamento está cheio de viaturas e se alguém avançar só vai agravar a situação e criar mais problemas na circulação automóvel e dos transportes públicos é aqui que se perde tempo mas também podemos avaliar a qualidade dos cidadãos que temos, e que é muito baixa, porque todos querem passar à viva força e para isso cada um deles dentro do seu automóvel julga-se mais forte e mais mal-educado, acrescento eu do que os outros.

Pela observação deste simples comportamento do exercício de cidadania constato diariamente que cada vez mais temos pessoas que não deviam ter carta de condução, como muitas outras coisas porque não reúnem as condições mínimas de civismo, de educação, do que quer que seja. A acrescentar a tudo isto resta-nos assistir a um outro facto, onde deveriam estar os agentes da autoridade para solucionar esta situação através do desenvolvimento de uma ação pedagógica e simultaneamente reguladora, não encontramos policias nenhuns porque estes se encontram a desenvolver atividades da caça à multa ou como assistimos nesta semana a prender cidadãos de plenos direitos que manifestam a sua indignação quanto à realização de determinadas obras como aconteceu em Cascais, onde como sabem um vereador do Município foi preso em plena via pública, em conjunto com outros cidadãos manifestarem o seu desacordo quanto à construção de mais uma parque de estacionamento cravado de parquímetros, para sacarem dinheiro aos munícipes. Temo pelo respeito e cumprimento das mais regras elementares da democracia consagradas na Constituição da República Portuguesa e se não bastasse isto surge um Presidente de um Clube de Futebol com ideias de calar todos os comentadores desportivos. A ideia é peregrina e revela uma falta de senso de conhecimento muito grande, sobre os direitos de liberdade de expressão consagrados na Constituição da República Portuguesa. Este dirigente quer impor a lei da rolha, como no tempo do fascismo, não é este o caminho mais correto para combater a violência gratuita que se passa no futebol português, este combate passa muito pela educação dos adeptos dos clubes quaisquer que eles sejam e convençam-se um jogo de futebol não é mais do que uma partida de uma prática desportiva, ou um espetáculo onde todos deveríamos poder ir como vamos ao cinema em paz e sossego como é desejável.

Mas sobre este lamentável “anúncio” por uma pessoa que supostamente deveria ser responsável, não teço qualquer tipo de comentário porque entendo não ser merecedor de qualquer tipo de comentário, é este tipo de gente que gera ódios de estimação e atiram gasolina para a fogueira em vez de ter um outro tipo de postura que lamentavelmente escasseia no País, criaram-se os Chicos-espertos que teimam em assumir lugares de responsabilidade, para os quais não reúnem as condições mínimas, nem pessoais, nem profissionais.

Henrique Pratas

 

 

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