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NÃO ME “ALEMBRA” NADA!

07-04-2017 - José Janeiro

Os medicamentos para a memória têm por cá um mercado promissor. Todos nós já assistimos às amnésias mais incríveis e invulgares.

CANELADAS

Não sou adepto de futebol, aliás esse desporto nada me diz e muito menos o fanatismo acessório que considero uma das maiores parvoíces desse desporto, a par das fortunas que movimenta de forma improdutiva. Mas a equipa sensação do momento tem um nome interessante “Canelas”, que tem vindo a acumular incidentes, até se entendia se fossem caneladas, mas joelhadas a coisa sai fora do âmbito do nome daquela chusma de morcões.

A selvageria que foi sendo absorvida pela impunidade elevou a outro nível a estupidez daqueles tipos… e a falha de memória imediata diz tudo sobre quem o praticou.

Até compreendo a falha de memoria do indígena, por ter um cérebro igual ao tamanho do joelho com que partiu o nariz ao arbitro, mas adoptar a formula politica do “não me “alembro” de nada”, a coisa já fede.

VARADAS

Foram só uns “roubalos”, nada mais me “alembra” ter recebido do sucateiro.

Foi confirmada esta semana a pena de prisão efectiva ao grande decisor competente da Caixa Geral de Depósitos, que foi contribuindo para o buraquito, coisa pouca, do banco publico, aonde houve de tudo até empréstimos a entidades inexistentes, ou “doações de dinheiro” com garantias balofas. O milagre da multiplicação dos euros foi estrondoso para os felizes contemplados e finalmente temos uma decisão ao fim de uns anitos para o poder judicial arrecadar mais uns milhares com o novo recurso que por certo o Armandito vai interpor para evitar a choldra, não vá sair de lá com um andar novo. Quanto a ser condenado a pagar o buraco, isso já são outros quinhentos… não há tradição jurídica que produza tal jurisprudência!

MILAGRE

Já não bastava a santa trepar às Oliveiras que agora também trepa a Loureiros e produz o milagre da absolvição.

A historia tem 8 anos e decorre do buraco do BPN, quando parece, tenho que dizer parece senão os intervenientes ainda me acusam de uma coisa qualquer e depois não posso dizer que não me “alembra” porque fica escrito, ora parece dizia eu, que apesar da convicção da procuradora de que o negocio ruinoso da compra de uma empresa desmantelada de um peruano “recomendável” e amigalhaço, se produziu, afinal arquiva-se o processo por não haver provas e haver duvidas! UAU fantástico! Quiçá porque os ditos intervenientes não se “alembram” do negocio.

Mas um dos intervenientes ficou a modos que zangadito com a forma como o arquivamento foi produzido e declarou que se “havia duvidas a senhora Procuradora deveria perguntar”, isso mesmo, foi mais ou menos isso que o indígena disse. Pois! E se perguntasse, vocês diriam o quê? Que não se “alembravam” ou confessavam a verdade? Fica a dúvida que nunca será esclarecida.

OUTRAS AMNESIAS I

Nem dei pelo movimento desses trocos nas minhas contas! Esta podia ser a frase lapidar dos esquecidos gestores que produziram o buraco do BES/PT, mas em vez disso a formula politiqueira venceu: “não me “alembro” disso”.

Invariavelmente a amnesia tomou conta daquela gente e ainda vamos ver a absolvição dos “pecados” desses tipos, sei lá, por incompatibilidade mental para a função, ou algo assim. Na verdade o buraco existente foi produzido por obra e graça do espirito santo e amén!

OUTRAS AMNESIAS II

Não podia faltar a amnesia Coelhal da Segurança Social e tantas e tantas promessas e frases de campanha para se esquecer e fazer o contrario, para depois “não se “alembrar” nada disso”.

Agora pediu explicações sobre o processo do novo banco, não se “alembrando” que foi ele quem iniciou o processo e garantiu não haver custos para os contribuintes… não se “alembrou” disso, ainda que o mesmo indígena use agora expressões mais sofisticadas e menos batidas “não tenho ideia disso”, engraçado o gajo.

Mas uma grande amnesia é a novel candidata á CM de Lisboa do PSD, aquela coisa a que chamam partido, que não se “alembra” de ir às reuniões da Camara nem tão pouco se “alembrou” de ir a uma conferencia sobre poder autárquico já sendo candidata!

Mas a frase lapidar a Coelho numero 2, sim ela também se chama Coelho, foi que as faltas às reuniões não significavam falta de produtividade, mais ou menos isto, ora bem meus caros leitores se quer ser produtivo falte ao trabalho, afinal o problema da produtividade nacional que o Coelho e Troika apregoaram foi porque muita gente comparecia ao trabalho! Esclarecidos?

Todos sabemos a anedota do bêbado que diz beber para se esquecer e quando lhe perguntam o que quer esquecer diz que “não se “alembra””, assim estão os nossos compadres que bebem em demasia… para esquecer!

NOTA FINAL: finalmente alguém reagiu! Os moradores de Carnide arrancaram os parquímetros da EMEL e querem entrega-los á Camara. Um bom exemplo de cidadania protestativa que todos devíamos seguir em todas as circunstâncias consideradas abusivas e desrespeitosas, há muito que defendo acções concretas.

Até para a semana e mantenham-se lúcidos.

José Janeiro

 

 

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