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AS SOCIEDADES SECRETAS DO PAIS DAS MARAVILHAS

24-02-2017 - Pedro Pereira

As sociedades secretas no País das Maravilhas são uma verdadeira praga, um flagelo dos deuses. Controlam todos os sectores de atividade profissional e política e os seus membros são transversais aos estratos sociais e filiações partidárias.

Para ilustração dos leitores passamos a escalpelizá-las sumariamente, para que fiquem sabedores do seu «conteúdo» e de quem tem exercido e continua a exercer um poder tentacular nos mais diversos sectores da sociedade do referido país.

As atividades que estas agremiações desenvolvem têm contribuído fortemente para o empobrecimento, a miséria crescente e o embrutecimento das massas amorfas, acéfalas e canhestras do País das Maravilhas, consumidoras aditas de Fátima, futebol, telechachadas e estórias das casas de putedos televisivas.

Aqui vos damos como exemplos algumas delas: 

GLCDM –  Grande Loja do Conselho de Ministros :

– O povo é desconhecedor, não sabe o que se passa nas reuniões semanais e secretas desta sociedade iniciática, dona e senhora do País das Maravilhas em versão revista e aumentada, desde abril de 1974. O que se sabe é que o povo sente na pele como vergastadas após cada sessão realizada pelos membros desta agremiação, sendo os seus resultados «cozinhados» no mais absoluto segredo. Normalmente antes de se reunirem nos seus conciliábulos às sete trancas fechados, prometem publicamente irem tomar decisões para bem do povo e depois dessas sessões satânicas (ou lá que demo são elas!) proclamam medidas precisamente ao contrário, agredindo os cidadãos com decisões em tudo semelhantes a assaltos à mão desarmado aos bolsos dos cidadãos honestos e trabalhadores.
A GLCDM é composta por uma única loja que se situa nos esconsos de um cano de esgoto desativado, de proporções gigantescas.
Os «irmãos» desta seita (quando nela são admitidos) maioritariamente vivem do rendimento do trabalho que exercem e por isso possuem pouco dinheiro em depósitos bancários e outros bens que se conheça. Quando deixam a organização (normalmente «empurrados» para fora pelos votos dos cidadãos ingratos) mesmo que por poucos anos tenham assumido tarefas, verifica-se, publicamente, que no decorrer desse tempo aumentaram exponencialmente o seu pecúlio. Entrevistado por nós, Romualdo Pancrácio, ex-membro desta organização, responsável pela pasta da Agricultura do País das Maravilhas, confidenciou-nos que depois de ter sido expulso da mesma, começaram a «chover» os convites para ser consultor, administrador e outros «dor» mais de grandes empresas. - Quase que ia morrendo afogado!... - Salientou, rindo-se alarvemente como um jumento. A partir de então tem engordado os seus cabedais a olhos vistos e… não vistos. Concluiu, dizendo-nos que mais importante que ser «irmão» da seita, é ser «ex-irmão».

GLECAEM – Grande Loja Esotérica dos Conselhos de Administração das Empresas Municipais e Correlativas :

- Esta sociedade secreta é das mais temíveis, assim a modos como a Formiga-Branca ou a Legião-Vermelha, que foram organizações iniciáticas terroristas ao serviço de partidos políticos em tempos de antanho da estória do País das Maravilhas. Esta Grande Loja também o é.

As suas lojas encontram-se espalhadas como carraças ao longo do corpo deste país como uma doença venérea e a sua sede acoita-se numa antiga ETAR situada algures na região da Alcagoita.

Os seus membros, invariavelmente são cooptados entre os indivíduos de segunda linha de entre os mais imbecis, os mais néscios e lambedores de pés dos chefes, no seio dos partidos do Centrão. 

Uma das condições fundamentais para serem iniciados é possuírem um coeficiente de inteligência ao nível dos orangotangos, a outra é serem subservientes, profissionalmente e socialmente inadaptados, corruptos até à medula e incompetentes.

Reúnem onde calha, longe da indiscrição dos profanos, em dias e horas desconhecidas do comum dos mortais. 

Dadas as fugas de informação obtidas por nós junto de dois «ex-irmãos» dissidentes que vivem a monte com nomes falsos, com a promessa de os ajudarmos a fugirem para a Real República da Cagalhota, ficámos conhecedores de alguns dos rituais das suas sessões, que passam sempre pela ingestão de grandes comezainas regadas com vinhos brancos e tintos especiais de reserva, acamadas com whiskies velhos de mais de trinta anos, acompanhados por muitos e sonoros peidos e arrotos.

Os «irmãos» desta seita secreta, depois de nelas serem admitidos, ocupam-se afanosamente da angariação de dinheiro em grandes quantidades, «sem dó nem piedade» para com qualquer mortal incauto ou empresa, recorrendo a inimagináveis eventos e outros expedientes escabrosos, a fim de proverem ao seu sustento e ao de outros «irmãos» que tem várias mulas ataviadas de ouro cada um deles para sustentar, iates para manter, casas de praia e de campo para desfrutar e viagens para gozar pelo mundo fora, mais as suas ridentes proles oficiais (as esposas e os rebentos).

É claro que a «angariação» dos dinheiros é feita primariamente dentro das instituições públicas do País das Maravilhas, começando pela banca pública da nação, através de manhas, artimanhas e outras manigâncias de semelhante jaez.

GLSV – Grande Loja do Salto à Vara :

- Sociedade secreta que se encontra sediada num paraíso offshore algures nas ilhas Caimão ou coisa que valha. É eclética. Os seus membros são provenientes de todos os estratos da sociedade, como por exemplo, dos balcões de Bancos de terreolas situadas nos cús de Judas, que ascenderam de um dia para o outro, quase à velocidade da luz, a banqueiros de bancos do povo, ou ainda, prósperos sucateiros que enfadados de ser milionários se tornaram mecenas, dedicando-se à oferta de robalos, alheiras, Mercedes topo de gama e outras prebendas a pessoas financeiramente débeis e carenciadas, em particular a administradores e governantes de empresas públicas do País das Maravilhas.

Até ao momento não conseguimos obter informações sobre os rituais das suas sessões (aliás, secretíssimas) sabendo-se, no entanto, que utilizam basicamente os telemóveis para comunicarem em código frequentemente entre si, numa demonstração clara das afinidades, das relações fraternas e do amor filial que os une.

GPAABPB – Grão-Priorado dos Autarcas, Artistas da Bola, Patos Bravos e Alminhas que se Dedicam à Caridadezinha :

- Esta sociedade secreta nasceu no País das Maravilhas pouco tempo passado de abril de 1974. Os «irmãos» desta benemérita agremiação são maioritariamente oriundos das classes mais desfavorecidas da sociedade, que com o tempo enricaram à bruta depois de milhentas almoçaradas e noitadas em buates e discotecas na companhia de filhas de boas famílias e rapazes honestíssimos. Praticam rituais que são um misto de patuscadas com putas e putas com árbitros; dinheiro com betão e betão com lavandarias de dinheiro. É evidente que, como sociedade secreta que são, guardam rigoroso silêncio sobre os temas abordados nas suas sessões e fora delas, claro.

Em paralelo, a maior parte deles milita nos partidos políticos do Centrão, apoiando financeiramente os mesmos, porque a argamassa que os coesiona é o dinheiro, que como todos sabemos não tem pátria nem fronteiras e usa uma linguagem universal. 

A sede desta sociedade secreta encontra-se localizada na região da Naçôm, e as suas imensas lojas encontram-se ramificadas por todo o território do País das Maravilhas.

GLRBA - Grande Loja Regular dos Banqueiros Mancomunados : - Associação de carácter iniciático, profundamente elitista e, portanto, rigorosamente seletiva em termos de admissão de profanos.
Esta sociedade secreta é tão antiga quanto a atividade das meretrizes. Aliás, há quem acredite piamente que estes «irmãos» são todos filhos de prostitutas. Não conseguimos provas de tal, mas, em boa verdade nada nos indicia o contrário daquilo que a sabedoria popular afirma.

Dominam com mão de ferro todos os sectores de atividade económica e laboral do País das Maravilhas, incluindo o seu governo. Quase que podemos dizer que são donos de corpos, almas e bens dos cidadãos.

Propositadamente deixámos para o fim a referência a esta sinistra associação que é de entre as restantes, a primeira, a mais perigosa e da qual dependem as atividades das demais. A sua sede é itinerante, uma vez que não tem pátria nem se regem pelas leis dos comuns mortais. A única lei a que se encontram submetidos é a Lei do Mercado.

Reúnem-se em salões de solo coberto por tapeçarias orientais de elevados custos, com portas fechadas por fechaduras de código e paredes insonorizadas. Faz parte dos seus rituais despejarem cada um deles pelas goelas baixo, em cada sessão, pelo menos uma dúzia de garrafas de whisky de malte com mais de sessenta anos.

A cooptação dos profanos para serem iniciados na sua organização é feita no seio da família alargada dos seus membros, os quais se reproduzem entre si como os coelhos. Salvo seja os coelhos… coitadinhos!...

Outras das características fundamentais dos «irmãos» desta seita, é não possuírem alma e não conhecerem as palavras «pudor» ou «honestidade», por exemplo.

Tal como os vampiros, alimentam-se do sangue das suas vítimas, que são todos aqueles que não pertencem à sua agremiação, incluindo os membros das outras sociedades secretas.

Esta é uma seita tentacular, implantada em todo o planeta.

Pedro Pereira

 

 

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