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Cultura e Desenvolvimento.
O Forno da Alorna.

27-09-2013 - Eurico Henriques

Neste momento tive a oportunidade de confirmar a existência da Estação Arqueológica da Eira da Alorna. À semelhança de outras esta também foi destruída pela ação da lavoura. No entanto foi possível recolher informações sobre o espaço e as culturas que ali tiveram lugar.

A riqueza arqueológica do concelho de Almeirim mostra-nos a importância que esta região teve ao longo dos milénios.

Pudemos identificar objetos que percorrem os períodos históricos desde o paleolítico ao islâmico. Neste momento os materiais estão em fase de estudo e desenho. À semelhança do que fizemos para o Alto dos Cacos iremos proceder à publicação dos resultados conseguidos.

Nas proximidades da Eira da Alorna, mais próximo das instalações da Quinta, há um lugar onde se localizou o Forno do Tijolo. Já na escritura de compra do casal, feita pelo então Conde de Assumar – mais tarde Marquês da Alorna – se regista esta designação “o conde de Assumar D. Pedro de Almeida compra a Francisco Soares de Aragão, morador em Santarém, um casal em Val de Nabais a que chamam de Forno do Tijolo, constituído por casas e arneiros. Era foreiro aos Religiosos de Malta em 85 alqueires de cevada e 85 alqueires de trigo, um porco e uma marram”.

Esta designação confirma a importância do Forno que resulta do facto de, nesta margem do Tejo, não haver materiais sólidos de construção.

A construção do Palácio chamado da Alorna terá começado em 1734. Há uma escritura que regista em Almeirim, neste ano, um pedreiro de Mação que diz que estava a trabalhar nas obras do Conde Assumar.

Este Forno ainda lá está. Enterrado e protegido. Uma vez que a Alorna pretende construir um conjunto de painéis solares na sua área, fui contactado pelos arqueólogos responsáveis pelo parecer técnico para dar informações.

Das observações feitas ficou a deliberação de se exigir a cobertura da área com uma camada de terra compactada e sobre ela fazer-se a instalação dos ditos painéis.

O Forno lá continuará, para de futuro, se realizarem os estudos que forem necessários.

Na minha opinião seria mais lógico fazer-se o seu levantamento e apresenta-lo como uma riqueza arqueológica do concelho.

 

Eurico Henriques – Prof. Apos. Da Escola Febo Moniz. Lic.º em Hist-ª – Mestre em Ciências da Educação e da Comunicação

 

 

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