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INCERTEZAS

27-01-2017 - Francisco Pereira

Vivemos tempos de incerteza. Nas chancelarias do mundo, os diplomatas arrepelam os cabelos. Nunca como hoje o Mundo viu, sentados em lugares de poder, uma tão bela colecção de medíocres, de psicopatas e de gente absolutamente abominável.

Rasgam-se acordos, proferem-se barbaridades e estultices, vende-se uma realidade que ao invés de congregar vontades, antes nos aparta. Reina a incerteza, reina o despautério, num Mundo que vive à velocidade estonteante dos megabites, nada parece mais veloz que esta nossa mui humana necessidade de autodestruição.

O polícia do mundo, caduco, com a capacidade quase esgotada, falho de ideias revitalizadoras que lhe renovassem os objectivos, virou às antigas propostas isolacionistas, falhará redondamente, no entanto a eleição do seu novo líder, prova que essa perda de importância alterou o sentimento das suas gentes e de alguns grupos que promoveram essa eleição, preferiu-se a incerteza da mediocridade, preferiu-se uma velha receita que nunca deu bons resultados, no próximo ano veremos os resultados, que acredito serem catastróficos, quer em termos económicos quer sociais.

A velha Albion, emaranhada nas consequências do sonho vitoriano, retira-se da concertação da Europa, li no outro dia, as declarações da primeira-ministra, que quer, em relação à Europa, um pé dentro outro fora, mais uns a querem o melhor dos dois mundos, tal como a “frau” Chanceler, uma e outra parecem não perceber que essa opção, para além de inexequível, de geradora de conflitos é em parte culpada do descalabro do projecto europeu, aguardemos por novas.

O czar da nova ordem de leste, esforça-se por em bicos de pés, ficar à tona de um Mundo novo, onde o celeste Império, vai cada vez mais ditando as regras, o continente asiático perfila-se aliás como o novo centro do Mundo, veremos o que dali sai, sendo certo que com loucos como o chefe do bando psicopata para lá do paralelo 38, detentor de poder nuclear, ou o igualmente psicopata senhor do arquipélago das sete mil ilhas, que ao declarar guerra ao tráfico e ao crime, espoletou um verdadeiro massacre.

É pois com a incerteza que viveremos, sendo certo que nada disto é novo, que já vimos tudo isto, a História e o seu conhecimento por vezes ajudam-nos, a ver os sinais, porque pouco muda no comportamento humano, que parece nunca querer aprender com os erros do passado.

Em Janeiro de 1914, ninguém acreditava num estado de guerra generalizado, como aquele que meses depois em Junho, conduziria a Europa a um dos mais negros quadros da sua existência. Ninguém intelectualmente honesto poderá afirmar certezas, nas secretas conferências da diplomacia mundial os planeadores e os estrategas, estão como nós, esperam para ver.

Esperemos, como sempre fomos acreditando, estando em paz, relativa, há tanto tempo, que as chancelarias tenham bom senso, no entanto com tanto demente a mandar, temo bem que um destes dias as paredes do manicómio caiam, com a agravante de que só temos este manicómio (planeta), para vivermos.

Francisco Pereira

 

 

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