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ARRE QUE É BURRO!...

20-01-2017 - José Janeiro

Possivelmente tenho alguma dificuldade de entendimento ou talvez não consiga decifrar linguagem de burro. Na minha aldeia diziam que “vozes de burro não chegam aos céus”, mas o problema é que fere os tímpanos de quem ouve por cá na terra.

Começo por dizer que também não concordo com o que se passou no acordo de concertação social, na troca para aumentar o salario mínimo, não pelas razões invocadas pelos demais, mas porque entendo que não deve haver contrapartidas pelo aumento do salario mínimo dada a filosofia subjacente à sua existência.

… ou seja, o salario mínimo foi criado para garantir que as pessoas recebem um valor que lhes permita viver acima da situação de pobreza, acrescento, extrema.

Na verdade este valor serve de referencial para varias coisas sendo a mais evidente no que concerne a prestações sociais que a ele são indexadas.

Sendo assim, servir o salario mínimo como arma de arremesso, seja pelo patronato na concertação social, seja agora pelo inarrável Passos Coelho, é errado e demonstra bem o cariz de filha putice que populam por aí nos centros de decisão.

Tenho assim dificuldade, muita dificuldade, em aceitar sejam que argumentos sejam para que o salario mínimo não cresça para níveis muito acima dos valores actuais e sem contrapartidas algumas.

AS MINHAS RAZÕES

A questão mais corrente tem um nome: Produtividade. Nada mais errado! A produtividade depende de vários factores e refiro alguns: motivação, organização das empresas, presença das entidades nos mercados de forma directa, tudo isto por forma a acrescentar valor. Enquanto estes 3 principais vectores não estiverem resolvidos, esqueçam qualquer discussão, porque a grande maioria das empresas da forma como estão têm os seus níveis de produtividade no máximo. Quem quer discutir esta falacia, quer colocar o ónus da culpa em quem não a tem e está a discutir o sexo dos anjos.

Outra questão prende-se com o Consumo. Sabemos que 60% do PIB está dependente do consumo interno e assim sendo o salario mínimo vai dar uma ajuda ao aumento do PIB num círculo virtuoso evidente: mais dinheiro disponível-mais consumo-mais produção-mais emprego-mais impostos-mais receitas do estado-redução do deficit via PIB.

Outra questão é o Bem-estar social. Maior satisfação social, provoca gente menos amarga e mais motivada. A população que sinta que a riqueza gerada é melhor distribuída, obvio que se sente confortável no local aonde vive e por aí podemos melhorar o deficit social existente e assegurarmos o futuro das populações.

Numa análise simplista podemos então entender que defendo acerrimamente o aumento do salario mínimo para níveis muito superiores ao actual e é uma perfeita imbecilidade e burrice estar com discussões estéreis.

UM BURRO QUE QUER SER CAVALGADURA

Chegamos á TSU e a sua redução. Já fui claro ao dizer que não concordo com a sua redução por contrapartida do aumento do salário mínimo e expliquei porquê.

Aqui chegados assistimos a um debate carregado de azia por parte de gente daquela coisa que quer ser oposição e que utilizando uma política de terra queimada, renega os seus ideais. Sim, aquela coisa abjeta defendia e praticou a mesmíssima solução quando estava no governo.

A questão coloca-se: afinal o quer tal gentalha? Parece-me evidente que estando a meio da legislatura e com resultados positivos aonde não havia antes outra solução, nas palavras dessa corja, pretendem gerar um diabo para criar um caso. Feio muito feio.

Gente desta pobre de espirito pretende apenas, o não porque não, e acordar para uma oposição aberrante, tentando a todo o custo justificar o injustificável, ou mais grave ainda, será se estão apenas contra o aumento do salario mínimo nacional? Tudo leva a pensar que a agenda escondida é mesmo essa.

Se o ridículo matasse seria uma maravilha para que desaparecessem de vez de um mundo que não é o deles.

Por hoje fico por aqui.

Até para a semana
José Janeiro

 

 

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