Doentes estiveram dois dias sem comer ou receber medicamentos em hospital público
16-12-2016 - Henrique Pratas
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros denuncia uma situação que aconteceu no Serviço Nacional de Saúde sem revelar qual a entidade.
Há um hospital do Serviço de Nacional de Saúde em que os doentes estiveram dois dias sem alimentos e sem medicação .
A situação é consequência do escasso número de profissionais face à elevada afluência de utentes, acusa. Mas, a responsável não revela qual a unidade em causa, acrescentando que a situação tende a agravar-se nos meses de Inverno.
“Isto é uma denúncia concreta que recebemos dos profissionais que querem manter a segurança dos seus doentes. É uma grande preocupação dos enfermeiros que trabalham no terreno, sobretudo nas urgências dos hospitais, numa altura de grande afluência por causa do Inverno e da gripe”.
A bastonária fala de espaços sobrelotados. “Se tenho um espaço vocacionado para 10 ou 12 doentes e ponho lá 40, 50 ou 60 pessoas, não tenho condições”, sublinha.
A bastonária diz que os doentes não comeram durante dois dias “porque não havia recursos, e também não havia pessoas: as macas e as paredes não lhes dão de comer”. Na mesma altura, estes doentes também não receberam a medicação devida.
Este é o estado a que a Saúde chegou, o ex-ministro Paulo Macedo, que alguns defendem que fez um bom trabalho enquanto Ministro da Saúde prepara-se agora para fazer igual trabalho na Caixa Geral de depósitos, sugiro-lhes que quem tenha conta lá na Caixa ponha as mãos nos bolsos e por qualquer motivo as retire de lá.
O que se passa na Saúde são o resultado das medidas economicistas que implementaram por sugestão da Troika, mas como nós, gostamos de ser bons alunos ainda implementámos medidas que foram além das exigidas e o resultado está à vista, mas existem muitas mais que nem se quer vos passa pela cabeça, a mim só me ocorre questionar como é que isto é possível, com a nossa complacência, um ou outro lá vão questionando e reclamando o resto da carneirada não tuge nem muge.
Para mim isto que ocorreu e outras situações que ocorrem hoje, nomeadamente nos Centros de Saúde, onde o papel para fazer as impressões das marcações e do receituário falta, estou a referir-me ao papel A4, caramba isto é mau de mais para ser verdade.
Partilho convosco a situação que acompanhei de perto, um sénior como agora somos designados após uma intervenção cirúrgica num Hospital Central, penso que Santa Maria, teve alta mas foi algaliado, na condição de passadas duas semanas deslocar-se ao Centro de Saúde para lhe tirarem a algália, o que fez, chegado lá perto da hora de saída das senhoras enfermeiras, olharam para aquilo viram e como estavam com a pressa para sair, disseram ao senhor, um doente cancerígeno, que aquilo ainda estava bom e que não fazia diferença nenhuma andar mais uma semana e que voltasse lá nessa altura.
Apeteceu-se dar cabo daquilo tudo partir completamente tudo, mas retrai-me porque poderia estar a prejudicar o doente, que não tinha ninguém a acompanhá-lo, a administrativa pessoa consciente ainda lhe disse então senhor Manuel, já mais aliviado, ele disse-lhe que não, que o tinham mandado ir lá para a semana e encolheu os ombros, a funcionária baixou a cabeça pois não podia fazer mais nada, depois quando o homem saiu, desabafou, não há frente dos utentes mas na retaguarda, chamou-lhes tudo filhas da p…. e todo o vocabulário que vocês tão bem conhecem. Isto aconteceu porque as senhoras enfermeiras estavam na sua hora de saída que é sagrada e eu não sei porque motivo é que todas entram à mesma hora e saem à mesma hora porque têm jornada continua, quando algumas já tem filhos maiores que não lhes confere o usufruto deste tipo de jornada, pura e simplesmente não entendo este tipo de atitude, porque me coloco sempre do outro lado, nem que tivesse uma coisa muito urgente para fazer ligaria a dizer que estava atrasado e não saia do Centro de Saúde sem tirar a algália ao senhor, isto sim seria profissionalismo o que elas fizeram não consigo adjetivar, qualificar ou o que quer que seja, mas o que me admira muito mais é o que o Diretor Clinico não tenha tomado nenhuma medida.
Henrique Pratas
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