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Economistas alemães olham para Portugal como um país “falido”

02-12-2016 - Henrique Pratas

Thomas Mayer lamenta corte com as políticas do anterior Governo. Daniel Stelter defende reestruturação da dívida portuguesa.

É preciso pôr os pés na realidade e deixar de ter ilusões. O crescimento económico de 1,5% previsto pelo Governo de António Costa para 2017 está longe de ser suficiente, dizem dois economistas alemães.

Portugal está “falido”, diz Thomas Mayer. Segundo o ex-economista chefe do Deutsche Bank, é preciso chamar os “bois pelos nomes”. Basta olhar para a dívida pública portuguesa, superior a 130% do Produto Interno Bruto (PIB).

Se não fosse o rating acima de “lixo” de uma agência de notação financeira, a DBRS, Portugal estaria em maus lençóis, constata Mayer.

“Assim que a DBRS reduzir o rating, Portugal deixa de se conseguir financiar no mercado”, sublinha.

O crescimento económico previsto no Orçamento do Estado é baixo, afirma Thomas Mayer, que não é o único a dizê-lo. O Conselho das Finanças Públicas defendeu, em meados de Novembro, que o crescimento “não pode resultar apenas de estímulos à procura interna”. Mais do que medidas pontuais, será preciso uma “mudança de comportamentos”.

O ex-economista chefe do Deutsche Bank concorda. Afirma que, para Portugal ser mais competitivo, teria de prosseguir as reformas do anterior Governo de Pedro Passos Coelho, como também já disse publicamente o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.

“Mais horas de trabalho, mercados de trabalho mais flexíveis, talvez uma taxa de desemprego mais alta temporariamente. Coisas que o Executivo anterior fez, mas não tiveram continuação. Resta então uma única alternativa, sair do euro”, defende.

Mas, para outro economista alemão, Daniel Stelter, diminuir salários e aumentar horas de trabalho está fora de questão.

“Se se reduzisse os salários, a crise agravaria e seria mais difícil pagar as dívidas. Imagine que compra uma casa em Lisboa. Antes ganhava 5.000 euros, mas passa a ganhar 3.000. Ia ter problemas”, argumenta.

Por isso, este ex-consultor do Boston Consulting Group propõe assumir a falência e reestruturar a dívida.

“O racional seria sentarmo-nos, reestruturar a dívida, fazer reformas. E olharmo-nos olhos nos olhos e perguntar: quem consegue aguentar o espartilho do euro e quem não consegue”, defende.

Para alguns, isso significaria sair do euro. Mas Stelter duvida muito que isso aconteça: Os governantes europeus vêem que o “rei vai nu”, mas ninguém o diz.

“Imagine que Angela Merkel se recandidata a chanceler e diz: ‘a propósito, o resgate do euro vai custar-nos 1 bilião’. Isso não seria muito popular”, conclui o economista.

São dois argumentos de 2 economistas alemães eu concordo mais com Daniel Stelter pelas razões que aponta, já quanto Thomas Mayer entendo que a sua opinião tem pouco rigor e mais dado que foi Administrador do Deusche Bank devia estar calado que nem um rato, penso que ele se preocupa mais em encher os “bolsos” da Alemanha à custa dos Países periféricos como sempre fizeram, na Alemanha não há deficit? Respeitaram o que foi estabelecido no pacto de estabilidade e crescimento na zona euro? Não.

Então não se ponham em bicos de pés e sejam humildes, tratem dos problemas internos deles da maneira que achem mais conveniente não imponham aos outros Países as suas receitas, que estão provadas cientifica e tecnicamente que não dão resultado, o tempo de Adolf Hitler já foi, se querem aplicar as medidas que aplicaram na altura que as apliquem internamente e deixem os outros Países que integram a União Europeia tomar os caminhos que entendem por mais corretos para alcançar os objetivos a que se obrigaram.

Eu não quero polémicas mas também não fujo a elas e que tal os Países que contribuíram financeiramente para a recuperação da Alemanha e lhes permitiu recuperar da miséria em que ficaram seria bom não era, convém não ter memória curta.

Henrique Pratas

 

 

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