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Manuel Alegre, Condecorações e Medalhas, o que Faltou?

14-10-2016 - Eduardo Milheiro

No dia em que se comemorou o 106.º aniversário da Implantação da República, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa agraciou, em cerimónia no Palácio de Belém, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de San’tiago de Espada, Manuel Alegre, pelo seu contributo para a língua e cultura portuguesas.

Enumero as c ondecorações que já lhe tinham sido concedidas:

  • Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, Portugal;
  • Orden Jugoslovenske Zvesde sa Zlatnim Vencem,  Jugoslávia;
  • Condecoração atribuída pelo Reino de Marrocos;
  • Comenda da Ordem de Isabel, a Católica,  Espanha;
  • Grande Oficial da Ordem de Bernardo O’Higgins, Chile;
  • Ordem de Mérito Nacional da Argélia, "DJADIR", atribuída pelo Presidente Bouteflika em 31.05.2005, Argélia;
  • Grande Oficial da Ordem "Stella Della Solidarietá" Italiana, atribuída pelo Presidente de Itália em 2.06.2008,  Itália;
  • 1º Grau da Ordem Amílcar Cabral, Cabo Verde;
  • Grã-Cruz da Ordem Militar de San’tiago de Espada,  Portugal, atribuída em 5.10.2016.

Medalhas:

  • Medalha de Mérito do Conselho da Europa, de que é Membro Honorário;
  • Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores em 21.05.2008;
  • Medalha da Cidade de Veneza,   por ocasião do Convénio Internacional "La Porta d’Oriente -Viaggi e Poesia", Novembro de 1999;
  • Medalha de Ouro da Cidade de Águeda,  sua terra natal;
  • "Il sigillo di Padova", Chaves da Cidade de Pádua,   atribuídas a 19 de Abril de 2010, tendo sido agraciado com o título de cidadão honorário;
  • Medalha de ouro da Cidade de Coimbra,   pelos 50 anos da Praça da Canção, Abril de 2015;
  • Medalha de honra da Cidade de Lisboa,  atribuída em 13 de abril de 2016 e entregue em 2 de Maio de 2016.

O que faltou a Manuel Alegre nesta sua vida cheia de emoções, resistência, de escrita, de luta pela liberdade e de condecorações? Para mim, foi sem dúvida ser Presidente da República.

Estupidamente o povo trocou-o pela figura sinistra, inculta, prepotente e antipática de Cavaco Silva.

Tive a honra e o prazer de, juntamente com o meu amigo Dr. Alexandre Zagalo do Entroncamento, lançar a candidatura de Manuel Alegre realizando um jantar com gente de todo o País para as Presidenciais de 2011, vindo eu a fazer parte da Comissão Política e Comissão de Honra da candidatura.

Serve esta introdução para publicar a minha intervenção nessa cerimónia, tendo em conta o que agora Marcelo Rebelo de Sousa disse quando homenageou Cavaco Silva. Exponho-a agora, por razão nenhuma em especial, pois a opinião que hoje tenho dele já a tinha há dezenas de anos.

Caros amigos e amigas,

É com alegria que vejo o facto de continuarmos unidos nesta viagem que iniciámos há quatro anos. Já tinha saudades de nos reunirmos com o homem que muitos portugueses quiseram e querem que seja o nosso futur o Presidente da República: Manuel Alegre.

Penso que é muito difícil encontrarmos no Portugal de hoje alguém com a dimensão moral, política e cultural como Manuel Alegre. Um homem fiel aos seus princípios políticos e ideológicos, um verdadeiro homem de esquerda, um homem da cultura com uma dimensão enorme. É um poeta e escritor lido e traduzido nos quatro cantos do mundo, um rebelde por natureza que ninguém cala; um homem com fundo e com a dignidade para completar o verdadeiro perfil de um grande Presidente da República.

Sabendo que só a ele compete esta decisão e a mais ninguém, não posso deixar aqui de fazer este apelo: Manuel Alegre, muitos independentes de esquerda, como eu, acreditam que só a sua candidatura pode ser a candidatura que juntará as forças de esquerda do nosso País. Pode e será a forma de termos um Presidente que nos garanta um País com alguém que não fala á segunda porque tem de falar á terça, que não fala á terça porque pode prejudicar o que falou no domingo.

Um Presidente da República apesar de não ser o actor político predominante, tem uma coisa que a Constituição da República nos garante, será sempre ele a tomar atitudes que preservem a democracia, que ponha travão aos exageros e afrontas, a actos que mancham o bom nome de Portugal e que lançam o País no “atoleiro” da desconfiança, da dúvida, e nos deixa bem classificados pela negativa nos índices internacionais da corrupção.


Eu não quero ver este meu País no estado em que está, nem quero o Presidente da República que tenho.

Quero um Presidente como o Manuel Alegre e é nesse sentido que deixo aqui o meu apelo: candidate-se porque pode contar com os Portugueses que o apoiaram em 2006 e mais os que chegaram à conclusão que a sua eleição é a melhor escolha e desta vez convictos de que ganharemos, porque acreditamos que consigo a Presidente, teremos um homem no mais alto cargo do nosso País, com a dimensão que Portugal não só precisa, mas merece, pelo seu passado, pela sua história e pela nossa cultura.

Manuel, sabemos que a decisão de avançar é só sua, mas tenha presente a força de vontade de quem o apoia.
 

Contamos consigo!
Eduardo Milheiro

 

 

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