JUSTIÇA………
01-07-2016 - Henrique Pratas
Justiça é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social. Trata-se de um conceito presente no estudo do direito, filosofia, ética, moral e religião. Suas conceções e aplicações práticas variam de acordo com o contexto social e sua perspetiva interpretativa, sendo comumente alvo de controvérsias entre pensadores e estudiosos.
Em um sentido mais amplo, pode ser considerado como um termo abstrato que designa o respeito pelo direito de terceiros, a aplicação ou reposição do seu direito por ser maior em virtude moral ou material. A justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais, através do Poder Judiciário.
Na Roma Antiga, a justiça era representada por uma estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos onde "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm direitos iguais". A justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos.
Justiça também "é uma das quatro virtudes cardinais", e ela, segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido".
Este breve e amplo conceito de Justiça esbarra na nossa prática diária de atos que caracterizamos da mais infâmia injustiça, são muitos os casos que ocorrem na nossa “praça”, ressalto apenas os ligados aos bancos e um caso de pequeno delito comum, para vos demonstrar inequivocamente se é tinhas dúvidas sobre isso que existem dois pesos e duas medidas.
Por exemplo no caso do BES, não se prendeu ninguém, não foram feitas até à presente data quaisquer tipo de acusações formais, só que muito recentemente alguém se lembrou de arrestar os bens de um dos principais acusados, para que se possa fazer face aos desmandos praticados pela sua gestão danosa e desta forma ressarcir aqueles que inusitadamente confiaram em produtos que pouco ou nenhuma lhe foram oferecidos como sendo aplicações garantidas e fidedignas para as suas poupanças, então não se lembrarem disto há muito mais tempo porquê? Esqueceram-se que este poderia ser um meio expedito para ressarcir os danos causados aos Particulares e ao Estado, isto deve ser considerado como um erro crasso, porque se a medida fosse tomada na altura certa, isto é, logo ao princípio, o património disponível seria muito mais vasto do que nesta altura.
Em contraponto a esta situação existem, como outras que se arrastam na Justiça durante anos e anos, através de processos dilatórios, legais, e utilizados habilmente por sociedades de advogados do nosso burgo, na defesa dos seus clientes, com proveitos para as próprias, arrastam-se até ao seu arquivamento ou prescrição, os prejuízos daqui resultantes são incomensuráveis, situações que têm resolução de um dia para o outro, escrevo-vos sobre um caso em que uma homem foi apanhado em flagrante a roubar em produtos alimentares, no valor de 80,00 €, que rapidamente foi preso e julgado a pena de cadeia, será que é esta a justiça que queremos ver a funcionar, já falam em termos Europa a duas ou três velocidades será que em cada Instituição este principio vai vingar? Onde fica o princípio da igualdade de tratamento e de oportunidades, onde os mais carenciados devem ser mais confortados e bafejados? Chega de palavras ocas há que dar sentido às coisas, convençam-se que as pessoas não são burras e que este processo criado de disparidades e de desigualdades só pode redundar numa tremenda crise do sistema político, económico e social.
Dei-lhes apenas dois exemplos que demonstram que algo vai mal no Reino da Dinamarca, já pensarem que podem estar a fazer orelhas moucas aos tão apregoados afetos Presidenciais e novas respostas sociais Governamentais, governam para e com as PESSOAS e deixem-se de conversas pequeninas e espalhafatos desnecessários e inconvenientes, já sabemos distinguir o que é marketing politico e medidas sérias que são tomadas para resolver os problemas da nossa sociedade, para mim há muito tempo que coloquei estes devaneios praticados pela classe politica, provavelmente desde que me lembro de ser gente e de me terem responsabilizado pelos meus atos, coisa que aconteceu muito cedo, sempre assim os meus erros, os meus méritos ao longo da minha vida apenas foram reconhecidas por poucos, mas é assim a nossa maneira de ser damos mais importância àquilo que os outros podem fazer de errado do que o podem fazer certo e temos particular aptidão para envergonhar quando algo de errado quem se engana.
Nós ao longo da nossa vida, se vivida praticamos atos certos e errados mas o que temos que aprender e apreender é que tanto aprendemos com uns como com os outros e é desta dicotomia que se constrói um Povo com alicerces capazes, sustentáveis e dinâmico, que permita ao País seguir o caminho da prosperidade coletiva, igualitária e societária.
Henrique Pratas
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