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Ainda o BREXIT

01-07-2016 - Henrique Pratas

Como o bom senso nos avisa sobre a prudência de nos pronunciarmos sobre um qualquer acontecimento deixei passar tempo, talvez não o suficiente para me pronunciar sobre tal acontecimento.

Assim como é que aparece a palavra BREXIT, resulta como é do vosso conhecimento da “mistura” das palavras British’s (ingleses) Exit (saída), nisto os anglo saxões são exímios exprimiram numa só palavra sem mais explicações adicionais o objetivo a que se propunham e que nós portugueses temos uma grande dificuldade em exprimir, isto seria em português corrente, “ Ingleses fora da União Europeia”, bem mais complicado e abstrato do que a frase que os homens do marketing engendraram para promover aquilo que alguns políticos pensaram ser o mais correto para o Reino Unido e com esta frase curta, cheia de conteúdo e nublada, deram continuidade a um processo que, na minha opinião não mediram bem as consequências ou foram influenciados a tomar não esperando os resultados daí inerentes, é nesta pequena frase que aparentemente surge do nada “BREXIT” que tudo surge e se inicia um processo onde o poder da comunicação social assume o seu papel de movimentação de opiniões e de opções sem consistência. Trabalharam os “homens” da comunicação politica como vos escrevi, mas para podermos analisar este resultado ou intenção como queiram, teremos que na, minha opinião recuarmos mais no tempo.

Não me irei perder em explicações da formação da EU e dos diferentes avanços e recuos desde que a mesma se iniciou no juntando a Sociedade do Carvão e do Aço, ao qual pertenciam os Países que foram os principais motores, Reino Unido, Alemanha, Bélgica e França, da nova entidade União Europeia, tentando englobar o maior número de Países Europeus, só que a realidade é dinâmica e como inicialmente foi concebida e tendo em consideração o número de Países Europeus à data os objetivos traçados faziam sentido e eram atingíveis. Mas há sempre um mas que por vezes nos esquecemos, é que a realidade política internacional alterou-se substantivamente na Europa e está demonstrado à saciedade o que inicialmente foi concebido para uma dimensão de Países diminuta não foi capaz de acompanhar as alterações, políticas e geográficos que ocorreram na velha europa.

Pensando e trazendo à liça a principal essência da formação da União Europeia, ela em síntese pretendia construir um federação de estados dentro de uma União de Países, com realidades produtivas, económicas e sociais muito diferentes, para fazer face aos Estados Unidos da América, que como é do vosso conhecimento é uma Confederação de Estados dentro de uma própria Nação, o que é substancialmente diferente, porque são todos americanos, falam a mesma língua e os seus interesses económicos são um só.

Como nós sabemos uma ação provoca uma reação e eu que não sou de teorias de conspiração, permite-me escrever que o processo da União Europeia a ser levado a bom porto poderia constituir uma ameaça económica, politica e geoestratégica significativa e aqui entra mais um conceito que é quem é que é o detentor do PODER, em termos absolutos, isto é uma coisa que incomoda e ninguém quer perder hegemonia é tramada esta ganância e insaciedade.

Vou focar-me num acontecimento que para mim não está, nem sei se estará algum dia bem explicado trata-se do 11 de março que ocorreu em plena cidade de Nova Iorque e que de uma forma, escrevo eu, lenta e sem grandes convulsões ou manifestações que pudessem indiciar o que quer que fosse aviões que sobrevoavam a referida capital começaram a derrubar as Torres Gémeas, com baralhos de cartas pouco sustentáveis. Aqui começo a ter muitas dúvidas sobre o que de facto de passou, uma operação deste calibre não se prepara de uma hora para a outra, isto deve levar meses a pensar e a operacionalizar e então num País que tem um dos maiores níveis de Segurança, de Inteligência, de militares altamente especializados em armamento e estratégica politica ou militares, apoiados em tecnologia da maior atualidade, não se aperceberam de nada, no mínimo é muito estranho, mas não consigo avançar mais porque não estou na plenitude de informação que me permita tirar mais conclusões, mas que é muito estranho é e ainda não vi nenhum documento que me demonstrasse racionalmente o que é que se passou. Gostaria de todo o modo que pensassem neste e noutros acontecimentos que ocorreram, como por exemplo, os bombardeamentos desencadeados na Líbia, no Líbano, no Afeganistão, na Síria, em Países Africanos, promovidos com a intenção de banir o terrorismo, sob uma capa pouco transparente de criar melhores condições de vida aos povos desses mesmos Países.

Ao longo da nossa história são conhecidos estes objetivos pouco claros que vão num sentido em que que não perguntam aos Povos passiveis de ter melhores condições de vida de como é que pretendem viver da forma como vivem ou da maneira que lhes querem vender ou impor, é que normalmente os principais interessados nestas mudanças não são vistos nem assados, pura e simplesmente a sua opinião não conta, mas tudo isto é feito em nome da democracia, que belo exercício de cinismo e hipocrisia.

Irei estabelecer um paralelismo que me é muito caro mas que ajuda a explicar de uma forma mais clara toda esta situação, pensemos num jogo de xadrez que como sabem tem várias peças, peões, cavalos, bispos, torres, rei e rainha e cada uma delas é disposta em cada uma das posições e movimentam-se da forma que sabem e dentro das regras que lhe são impostas, agora façam o favor de imaginar o número de tabuleiros necessários e suficientes para que sejam replicadas automaticamente todas as jogadas que são feitas no primeiro tabuleiro, pensem também que os movimentos se dão no primeiro tabuleiro, que tem uma realidade diferente, é completamente diferente da realidade dos outros, que representam diferentes Países ou grupo de Países, até uma certa altura os movimentos por quem dá inicio à primeira jogada é acompanhada automaticamente pelos outros, só que é chegado o momento de quem tem o PODER e vamos considerar este conceito como um conceito central, porque dentro deste grande PODER existem outros, poderzinhos, como o politico, burocrático, militar, judicial, económico, social e muitos mais que não enumerei mas que vocês sentem na pele e sabem muito bem o que escrevo. Em síntese vivemos numa grande quinta que é repartida em diferentes courelas ou talhões onde todos querem mandar a seu belo prazer e quem cuida dos mesmos se vê afastado de o fazer como entende que se deve fazer, porque conhece de facto a realidade.

Mas voltando ao nosso jogo de xadrez ele é movimentado porque tem PODER e faz jogadas no sentido de alcançar os objetivos melhores para o seu País, sem deixar de perder a sua hegemonia ou de deixar beliscar a sua imagem enquanto potência económica, como vos escrevi, são vários os atores que até a um certo ponto acompanham ou se conseguem movimentar dentro dos espaço que lhes é dado, mas a partir de um certo momento, quem pensou e iniciou o jogo começa a obter usufruto das suas jogadas e dos seus objetivos traçados e pensados milimetricamente, nada acontece por acaso e chegamos a um estado tal em que a réplica nos tabuleiros secundários, não conseguem acompanhar o inicial e começam a abrir brechas ou se quiserem como não lhes explicaram muito bem o que é que estava a acontecer, neste caso o que era de facto a União Europeia, as pessoas que são fatores essenciais a toda esta construção concebida por cúpulas de dirigentes de nomeada, não são devidamente informadas e envolvidas neste processo, logicamente que isto não dará bons frutos. Sempre o disse e o escrevi o processo de construção da União Europeia, tem muitos escolhos, era preciso conduzi-lo de forma a demonstrar inequivocamente às populações dos diferentes Países envolvidas os prós e os contras, ora como sabem isto não foi feito e paulatinamente se desviaram dos objetivos iniciais, desviando-as para a primazia do económico sobre o social e de todas as negociatas que foram feitas há pala da União Europeia para contentar os mais afirmativos e sintoma disto é o que se está a passar neste momento fizeram Leis, Tratados, criaram restrições e condições para a saída dos País que compõem a União Europeia e agora como fazer, será que ninguém pensou nisto, ou será que os estados Unidos da América conseguiram finalmente alcançar um dos seus objetivos que foi fazer tremer por hora uma União de Países que lhes podia fazer frente e concorrência?

Do que tem vindo a ume e como é do vosso conhecimento o processo de desvinculação não está a ser consensual, uns querem-no rápido outros caso dos Escoceses e Irlandeses, já apresentaram um abaixo-assinado com mais de 10.000.000 de assinaturas para que esta questão seja de novo debatida e vão mesmo ao ponto de exigir a realização de referendo para que quer a Escócia e a Irlanda se tornem Países autónomos. Estes acontecimentos acompanhados de outros movimentos de outros Países onde as regiões autónomas têm um peso significativo e elevado dentro das estruturas políticas e geográficas dentro dos Países que as acolheram, podem de facto criar e estimular o novo desenvolvimento de uma nova ordem internacional, mas quero deixar-vos a mensagem que nada acontece por acaso, que os atores que desempenham os principais papeis não deixam de estar ligados e completamente envolvidos nestas “tramoias” todas, a troco do seu bem-estar, opulência, riqueza e desrespeito sobre a generalidade dos Povos e neste processo não me digam que não existem “culpados”, claro que os há mas a velocidade a que estes acontecimentos se processam é de tal maneira rápida que nós somos completamente esmagados pelo tempo e pelo avanço tecnológico que em vez de ter um controlo subordinado ao ser humano, dentro de uma utilização racional, criteriosa e com vista à satisfação das necessidades mais básicas e necessárias das populações, são orientadas para outros objetivos que apenas abrangem um número reduzido de pessoas.

Face ao exposto, termino, sugerindo-lhes que estejam bem atentos com que se passa à vossa volta, não comprem gato por lebre e imaginem um puzzle gigante e tentem encaixar as peças todas que o compõem com o vosso poder critico, com as vossas opções e vão com certeza aperceber-se que existem determinadas peças por menor dimensão que tenham não encaixam umas nas outras, importa saber porquê, entendê-lo e questionar sempre que não se consiga obter uma resposta que nos satisfaça.

Henrique Pratas

 

 

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